Plano
de aula não presencial EE
Rodrigues Alves |
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Professor: Cláudio |
Disciplina: Geografia |
Classes: 8º s A/B |
Data: 07 a 11 de dezembro |
Objetivo da aula: Analisar as características do Nafta e
do Mercosul. |
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Habilidade da aula: (EF08GE12) Analisar a importância
dos principais organismos de integração do território americano, identificar
as origens da formação de blocos regionais e comparar as características
desses blocos, especial na América Latina |
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Conteúdo da aula: Blocos Econômicos
da América Latina (recuperação de conteúdo)
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Roteiro da atividade: A partir da leitura do texto, faça uma
comparação entre os blocos econômicos da América levando em consideração suas
semelhanças e diferenças. |
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Informações adicionais sobre a elaboração e entrega das
atividades: Se possível, pesquisar mais sobre o assunto na internet. Vídeos complementares na página do facebook Virtua professor
Claudio - @claudioteacher |
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Data da entrega:14 de dezembro |
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E-mail onde o aluno deverá entregar a atividade: claudiogoncalves@professor.educacao.sp.gov.br |
Blocos Econômicos da América Latina
Caracterização de dois blocos
efetivos (MERCOSUL e ALBA) e um bloco apenas projetado (ALCA), destacando suas
características principais e enfrentamentos.
Os blocos econômicos são
instituições supranacionais, ou seja, que ultrapassam os limites de uma nação,
formados pelo agrupamento de países que possuem como objetivo principal a
organização de acordos comerciais, para isso, implementando uma redução
gradual das tarifas alfandegárias a fim de potencializar o fluxo de mercadorias
entre os países-membros e estimular a concorrência em determinados setores de
suas economias.
A partir da década de 1950, as empresas
transnacionais começaram a direcionar suas filiais para os mais diferentes
países e, em pouco tempo, passaram a dominar o comércio internacional. Nessa
perspectiva, os blocos econômicos se tornaram necessários, para estabelecer
algumas normas e gerenciar os fluxos comerciais, pois em uma economia de
mercado, os governos não têm poder para controlar as decisões tomadas por essas
empresas. A América Latina possui diferentes níveis de
subdesenvolvimento, herança de seu passado colonial e de diversas práticas
políticas internas e externas. Os blocos econômicos que existem na região
expõem a fragilidade de suas economias e as dificuldades em promover uma
integração econômica e política mais completa e abrangente.
Alguns dos Blocos Econômicos ou
projetos presentes no continente latino-americano são:
ALBA (Aliança
Bolivariana para as Américas)
Em 2004, os líderes de Cuba e Venezuela
apresentaram a proposta da Alba, bloco que tem a pretensão de integrar a região
do Caribe e o restante da América Latina a partir de propostas de incentivo à
solidariedade mútua, projetos sociais e econômicos. Efetivamente, o bloco tem
realizado intercâmbio de médicos cubanos para a Venezuela em troca de petróleo
e acordos comerciais nos setores de energia e mineração dominados por
Venezuela, Bolívia e Equador. São membros: Antígua e Barbuda, Bolívia, Cuba,
Dominica, Equador, Nicarágua, São Vicente e Granadinas e Venezuela. Honduras
retirou-se em 2010 alegando um suposto tratamento desrespeitoso em relação ao
país, o que diz respeito à reação contrária dos principais membros do grupo ao
golpe militar que destituiu o presidente Manuel Zelaya no ano de 2009.
ALCA (Área
de Livre Comércio das Américas)
Iniciativa dos Estados Unidos, propõe a
formação de uma área de livre comércio em todo o continente americano, com
exceção a Cuba. O acordo deveria ter entrado em vigor no ano de 2005, mas após
os atentados de 11 de setembro de 2001 ocorreu uma mudança de foco da política
externa dos Estados Unidos adotada pelo então presidente George W. Bush, que
priorizou a ofensiva contra os países que representassem ameaça à segurança do
país. As negociações relacionadas à Alca acabaram relegadas a segundo plano, ao
mesmo tempo em que diversos países latino-americanos tiveram transformações
políticas consideráveis, com a ascensão de governos de orientação esquerdista,
principalmente na América do Sul, que se posicionaram contrários à
concretização do bloco. Um dos maiores questionamentos com relação à Alca
corresponde a sua estruturação, que nitidamente privilegia o domínio econômico
dos Estados Unidos em detrimento da produção industrial e agrícola dos outros
países da região, que não estariam preparados para uma abertura rápida e
profunda de suas economias. Outro ponto discutível é a manutenção dos subsídios
oferecidos a determinados setores da economia norte-americana, o que tornaria o
bloco descomprometido com o desenvolvimento da região. Logo em seu primeiro
mandato, o presidente estadunidense Barack Obama apresentou em seu plano de
metas para a América Latina a retomada das negociações da Alca, mas a política
externa dos Estados Unidos esteve nos últimos anos mais concentrada em questões
como Oriente Médio (Irã, Síria, Afeganistão) e China, enquanto no plano interno
a Crise Econômica Mundial e a recuperação da economia do país ainda denotam
maior preocupação do que as relações com a América Latina. O segundo mandato de
Obama pode apresentar novidades quanto a acordos bilaterais com os países da
América Latina em temas como combate ao narcotráfico e migrações.
MERCOSUL (Mercado Comum do Sul)
O bloco foi criado em 1991 após a
assinatura do Tratado de Assunção por Brasil,
Argentina, Uruguai e Paraguai,
os chamados membros plenos ou efetivos. Em 2012, a Venezuela assumiu uma
posição como membro efetivo após a suspensão temporária do Paraguai, cujo Congresso
se colocava contrário ao ingresso da Venezuela em razão de divergências
político-ideológicas com o então presidente venezuelano Hugo Chávez. Após o
processo de impeachment que depôs o presidente paraguaio Fernando
Lugo, os governos de Brasil, Argentina e Uruguai puniram o Paraguai com a
suspensão do bloco econômico, o que abriu a lacuna necessária para a entrada da
Venezuela* no Mercosul. Os países plenos ou efetivos têm direito a voto em
decisões que direcionam o bloco. Bolívia, Chile, Peru, Colômbia, Equador,
Guiana e Suriname são membros associados, apenas participando das trocas
comerciais. Entre os objetivos gerais do bloco estão a criação de uma área de
livre comércio e de uma união
aduaneira. Entre tantas ambições, o Mercosul também
busca a uniformização das taxas de juros, criação de uma moeda única e
estabelecimento de livre circulação de pessoas. Atualmente, a formação de uma
União Aduaneira está avançada em determinados segmentos. Uma União Aduaneira é
quando, além do livre comércio, ocorre o estabelecimento de tarifas iguais
entre os países-membros com relação aos produtos comercializados com países que
não pertencem ao bloco. Vários enfrentamentos têm comprometido o MERCOSUL, como
a instabilidade política e econômica de alguns dos países-membros. Além disso,
as divergências com relação ao direcionamento do bloco e os acordos bilaterais
ferem as premissas da organização, que teoricamente prioriza a integração
econômica da região e não apenas o favorecimento dos setores econômicos mais fortes
dos países envolvidos. Tal fato tem se tornado muito comum devido ao lobby exercido
por empresários, grandes agricultores e até mesmo políticos. Essa pressão acaba
induzindo os governos a protegerem determinados setores, minando as tentativas
de incentivo à competitividade a partir da entrada de produtos estrangeiros.
* A Venezuela foi suspensa do Mercosul,
por tempo indeterminado, em dezembro de 2016.
Atividade
A partir da leitura do texto, faça uma
comparação entre os blocos econômicos da América levando em consideração suas
semelhanças e diferenças.
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