Plano
de aula não presencial EE
Rodrigues Alves |
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Professor: Cláudio |
Disciplina: Geografia |
Classes: 8º s A/B |
Data: 14 a 18 de setembro. |
Objetivo da aula: Analisar os fluxos populacionais e as
migrações levando em consideração a realidade de diferentes países. |
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Habilidade da aula: EF08GE26*)
Analisar a dinâmica populacional e relacionar com as transformações
tecnológicas, indicadores de qualidade de vida e nível de desenvolvimento
socioeconômico e ambiental, de países distintos, em diferentes regiões do
mundo. |
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Conteúdo da aula: Movimentos
Migratórios (recuperação de conteúdo)
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Roteiro da atividade: A partir da leitura do texto, aponte as
principais causas das migrações na atualidade e dê sua opinião sobre o que
deveria ser feito para esse problema diminuir no mundo. |
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Informações adicionais sobre a elaboração e entrega das
atividades: Se possível, pesquisar mais sobre o assunto na internet. Vídeos complementares na página do facebook Virtua professor
Claudio - @claudioteacher |
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Data da entrega:28 de setembro |
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E mail onde o aluno deverá entregar a atividade: claudiogoncalves@professor.educacao.sp.gov.br |
Movimentos Migratórios
Impulsionados por motivos
diversos, como a fome, a conquista territorial, a fuga a perseguições políticas
e religiosas, as crises econômicas, entre outros, os movimentos
migratórios têm se realizado ao longo da história de forma contínua. Cada
época marca seu motivo. A verdade é que os movimentos de população permitiram
o povoamento do mundo e significaram a expansão de etnias, línguas, religiões e
conhecimento, num emaranhado processo que dá ao mundo atual os traços de grande
diversidade e riqueza cultural que observamos. As chamadas Grandes
Navegações ou “grandes invasões”, por exemplo, foram responsáveis pela
colonização do continente americano a partir do século XVI; e significaram a
difusão da cultura dos europeus, a qual entrou em choque com as culturas das
comunidades indígenas que já habitavam o território. Esse deslocamento
populacional foi estimulado pelo expansionismo territorial das potências
europeias da época, que buscavam fontes de matérias-primas e novos mercados
para seus produtos, portanto, tinha motivação geopolítica e econômica. Essa
migração aumentou maciçamente no século XIX e começo do XX. Paralelamente,
perseguições políticas e religiosas, guerras e crises econômicas foram
responsáveis por grandes deslocamentos humanos da Europa e Ásia para as
Américas. Outras partes do mundo sofreram estimulação migratória mais
localizada, como é o caso da Austrália e Nova Zelândia, onde a perspectiva de
melhoria de condições de vida, com a possibilidade de mobilidade social
(ascensão econômica), incentivou especialmente parte da população da Grã-Bretanha
a emigrar.
Causas das migrações atuais
Os
movimentos migratórios atuais relacionam-se, principalmente, a duas causas:
• A busca por melhores
condições de vida – caracteriza os deslocamentos
populacionais provocados pela miséria que se concentra em algumas partes do
mundo. Portanto, têm caráter econômico, constituindo fluxos ou correntes
migratórias de países pobres para países ricos. Exemplos: pós-década de 60
(século XX), da Europa Mediterrânea para a Europa Ocidental; na atualidade, do
norte da África para países europeus, de regiões da América Latina para os EUA
e Canadá, do extremo oriente para as Américas. Essas migrações são vistas como
o efeito colateral mais perverso da globalização.
• A fuga de regiões
em conflito – trata-se de migrações provocadas por guerras locais,
portanto, têm motivação político-bélica, constituindo um verdadeiro êxodo para
os países que recebem os refugiados.
Esses deslocamentos ocorrem por uma questão de sobrevivência às perseguições
motivadas por conflitos étnicos e às atrocidades cometidas contra as populações
civis. Os exemplos mais recentes foram os que ocorreram na Bósnia-Herzegovina
e Kosovo.
• Mas é no continente
africano que se desencadeia a maior
quantidade de movimentos migratórios: são legiões de refugiados vagando pelo
espaço local, à procura de abrigo, fugindo de guerras tribais, instabilidades
políticas, questões raciais e religiosas e golpes militares.
Áreas de repulsão e atração
Hoje, no mundo, podemos
identificar algumas áreas com características de repulsão (países emissores)
e de atração (países receptores) no espaço terrestre, que levam milhares de
pessoas a se deslocar.
Como áreas de repulsão, podemos identificar:
a) América Latina (México,
América Central e América do Sul) – com seus históricos problemas de
desequilíbrio econômico, provocados por endividamentos e mau gerenciamento do
dinheiro público, gerando enormes bolsões de pobreza.
b) África –
onde, além da pobreza crônica da população, ocorrem conflitos raciais de
extrema violência dentro dos países artificialmente criados pelos colonizadores
europeus.
c) Ásia –
o continente que concentra o maior contingente absoluto de pobres do mundo onde
as estruturas sociais são profundamente injustas, muitas vezes exacerbadas
pelos sistemas
de castas e pelo comportamento religioso.
d) Leste Europeu –
onde o fim do socialismo gerou enorme desorganização econômica, com a eliminação
de empregos e benefícios estatais, expondo diferenças antes controladas pela
ideologia política comum, provocando conflitos étnicos e religiosos.
O desenvolvimento do
capitalismo internacional concentrou, particularmente, a riqueza em algumas
regiões do globo, atraindo as populações empobrecidas que têm grande desejo de
participar dos benefícios decorrentes desse poder.
Como exemplos dessas áreas de atração,
podemos identificar:
a) América
Anglo-Saxônica – os
EUA e, em menor escala, o Canadá, com suas ricas economias, são atrativos para
as populações latino-americanas, principalmente mexicanos e centro-americanos
que veem na poderosa nação (EUA) a solução para seus problemas. Veja mais
em Imigração
Ilegal ao EUA.
b) Europa Ocidental –
essa região concentra as principais economias do continente: Alemanha, França,
Itália e Reino Unido, além da Holanda, Suécia e Suíça. A Europa é circundada
por várias regiões com economias problemáticas, como a África, Oriente Médio,
Europa Oriental e, mais distante, o Sul e Sudeste Asiático.
Quando, nos anos 60 (século
XX), os países acima citados começaram a apresentar um desenvolvimento mais acelerado,
libertando-se dos problemas gerados pela Segunda Guerra Mundial, teve início a
imigração. Em princípio, ela ocorreu na própria Europa (migração
intracontinental), dos países mais pobres, como Portugal, Irlanda, Grécia,
Espanha, e Turquia em direção aos países centrais. Mais tarde, também começaram
a chegar os imigrantes de outros continentes (migração intercontinental’), os
quais eram bem-vindos à medida que forneciam mão-de-obra barata, substituindo
os trabalhadores locais em serviços geralmente braçais.O mais típico exemplo
foram os turcos migrando principalmente para a então Alemanha Ocidental.
Entretanto, as crises
econômicas e as transformações na estrutura de trabalho, com a automação,
reduziram os empregos. Surgiram, então, as sombras da xenofobia. A
situação ficou pior com o fim do sistema socialista e o surgimento de grupos
europeus orientais desempregados e empobrecidos. A partir daí, o imigrante
estrangeiro passou a ser visto como um intruso ou concorrente indesejado, levando
muitos países a adotar medidas restritivas.
c) Japão –
relativamente recentes nos processos migratórios, os países começaram a se
tornar um polo de atração a partir de seu acelerado crescimento econômico dos
anos 70. Inicialmente os imigrantes provinham das cercanias de China, Taiwan e Coreia
do Sul. O envelhecimento precoce da população, entretanto, serviu de
maior atrativo, levando a um aumento da imigração, com destaque para o
brasileiro, (dekassegui), trabalhador não-qualificado, aproveitado para as
tarefas braçais. Milhares de famílias brasileiras mudaram para o Japão em
busca de dólares.
Por: Renan
Bardine
Atividade
A partir da leitura do texto, aponte as
principais causas das migrações na atualidade e dê sua opinião sobre o que
deveria ser feito para esse problema diminuir no mundo.
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