Plano
de aula não presencial EE
Rodrigues Alves |
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Professor: Cláudio |
Disciplina: Eletiva – Geografia do Futebol |
Classes:6º B |
Data: 14 a 18 de setembro |
Objetivo da aula: Pensar o futebol em sua dimensão
econômica, humana e social. |
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Habilidade da aula: Compreender o porquê
de os garotos sem muitas perspectivas de futuro tendem à procurar o futebol
como forma de melhoria das condições de vida. |
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Conteúdo
da aula: O menino pobre e a lógica do futebol.
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Roteiro da
atividade: Leia o texto com atenção e responda: qual a relação dos
meninos de famílias de baixa renda com o futebol? |
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Informações adicionais sobre a elaboração e entrega das
atividades: Vídeos complementares na página do facebook Virtua
professor Claudio - @claudioteacher |
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Data da entrega: 21 de setembro |
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E mail onde o aluno deverá entregar a atividade: claudiogoncalves@professor.educacao.sp.gov.br |
O MENINO POBRE E A LÓGICA DO FUTEBOL
“Lógica do
futebol e o menino pobre”. Pensemos no futebol, não apenas como um esporte mas
também em sua dimensão econômica, humana e social.
Ainda vivendo a atmosfera da
Copa do Mundo, momento oportuno para que pensemos no futebol, não apenas como
um esporte, mas também em sua dimensão econômica, humana e social.
A imprensa em geral divulga e
com uma certa frequência a renda e os bens materiais dos astros do futebol:
apartamentos adquiridos em diversas partes do mundo, automóveis luxuosos,
coleção de relógios, roupas compradas em grifes renomadas, sapatos e assim por
diante. O menino amante do futebol e que mora em um local de baixa / baixíssima
renda e os respectivos familiares, tendem a internalizar que o melhor e talvez
o único caminho para se progredir na vida e ser feliz, é sair da condição de
pobreza para a de milionário. Por exemplo, e pela lógica do futebol, não
bastaria ir morar em um bairro com saneamento básico e de bom padrão, onde as
moradias tivessem um espaço razoável para se viver com dignidade, área de
lazer, ruas asfaltadas, alimentação saudável, uma renda mensal que também desse
condições de acesso ao cinema, teatro, eventos esportivos, entre outros. Na
lógica do futebol e por consequência a do menino pobre, não existe meio termo,
não exite classe média. De pobre, miserável, o único caminho aceitável é o de
tornar-se um novo milionário.
Todavia, o que é muito pouco
divulgado pelos meios de comunicação é que uma pequeníssima parcela daqueles
meninos que almejam se tornar milionários por meio do futebol, de fato irão
chegar a sê-lo. Além do imprescindível talento individual, as oportunidades são
poucas e o “funil é bem estreito”. Não tenciono aqui acabar com o sonho de quem
quer que seja, em se tornar um grande craque do futebol e adquirir uma fabulosa
conta bancária; cada um que faça as próprias escolhas pela vida afora. Desejo
somente deixar esta realidade mais evidente, para uma melhor reflexão a
respeito desta “lógica do futebol e o menino pobre”. Evidentemente, caberá ao menino e seus familiares a decisão
de tentarem ou não concretizar o sonho milionário do futebol. Por outro
lado, observamos igualmente que os países com os melhores “Índices de
Desenvolvimento Humano” (IDH), que avalia o nível educacional, acesso à saúde e
renda per capta, concentram seus esforços na formação de uma robusta classe
média, característica dos países mais equilibrados em termos de distribuição de
renda e com uma melhor harmonia social. É muito menor nestes países, esta
apologia ao craque de futebol e o desejo de vir a ter, como ele, uma vida
baseada na suntuosidade.
Nestes países de elevado IDH, a pirâmide social é
mais concentrada no meio e mais afilada tanto na base, onde concentram-se os
mais pobres, quanto no topo, os mais ricos. Para as crianças e jovens destes
países existe um leque de opções bem maior, que permite um crescimento educacional,
econômico e social da grande maioria da população. Esta ênfase exacerbada em
“tornar-se um milionário” por meio do futebol, como acontece aqui em nosso
país, tem bem menos acolhida nas nações de elevado IDH, pelo fato do horizonte
de progresso social ser bem mais amplo nestes países comparativamente ao
Brasil. Portanto, ao invés deste culto aos “astros de futebol”, com seus
respectivos carrões, mansões,...,onde pouquíssimos meninos pobres conseguirão
na realidade atingir, seria bem mais razoável por parte dos meios de
comunicação, dos governos e da sociedade, uma ênfase maior na valorização da
educação, cultura, moradia e saúde de qualidade, ou seja, um caminho factível
de promoção social para estes meninos de baixa renda, do que este estímulo constante
presente em nossa sociedade de vir a ser um milionário via futebol, mas que
raríssimos realmente conseguirão. Tenho ciência que existe um interesse
econômico muito forte por trás desta “lógica do futebol e o menino pobre”, que
com frequência, infelizmente, sobrepõe-se ao aspecto humano e ao razoável. De
qualquer forma, espero que este artigo venha a ser útil de alguma maneira.
Publicado por: José Roberto Calçada Carvalho
Atividade
Leia
o texto com atenção e responda: qual a relação dos meninos de famílias de baixa
renda com o futebol?
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