Plano
de aula não presencial EE
Rodrigues Alves |
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Professor: Cláudio |
Disciplina: Eletiva – Geografia da Música |
Classes: 8º B |
Data: 14 a 18 de setembro. |
Objetivo da aula: Compreender como a música pode ser
utilizada como tratamento de problemas físicos e emocionais, levando em
consideração o atual contexto da pandemia. |
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Habilidade da aula: Compreender que a musicoterapia é muito
importante no tratamento de doenças que afetam o emocional e as atitudes
comportamentais. |
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Conteúdo da aula: O que é Musicoterapia e qual o seu potencial?
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Roteiro da atividade: Leia o texto com atenção e responda: qual a importância da
musicoterapia na manutenção da saúde física e mental? |
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Informações adicionais sobre a elaboração e entrega das
atividades: Vídeos complementares na página do facebook Virtua professor
Claudio - @claudioteacher |
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Data da entrega: 21 de setembro. |
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E mail onde o aluno deverá entregar a atividade: claudiogoncalves@professor.educacao.sp.gov.br |
O que é a
musicoterapia e qual o seu potencial?
A música
está ganhando poder de remédio para silenciar males tão distintos quanto dor e
depressão. Entenda como ela afeta a cabeça e o corpo.
Antes de falar da musicoterapia, cabe pensar no efeito da
música. Veja só: a cacatua Snowball virou febre no YouTube. Seus vídeos chegam
a 7 milhões de visualizações. Neles, a
ave dança e chacoalha a cabeça ao som de hits do cantor Michael Jackson e da banda
Queen. Esse requebrado todo chamou a atenção de cientistas das universidades
americanas Tufts e Harvard, que resolveram investigar a fundo essa habilidade
única. Eles descobriram que o pássaro, morador de um santuário na cidade de
Duncan, na Carolina do Sul (EUA), é capaz de realizar 14 movimentos, que variam
conforme a batida das canções. O bailado de Snowball pode até parecer inusitado
e arrebatar milhões de espectadores. Mas você já parou pra pensar sobre a
influência que a música tem sobre nós, seres humanos? Afinal, ela está presente
em todas as fases da vida e dita o ritmo das mais variadas situações e
momentos. Pode reparar: até mesmo os
bebês recém-nascidos fazem sons com a boca e são atraídos por barulhos muito
antes de dizerem as primeiras palavras. Para a ciência, não há dúvidas de que a
música tem um impacto nas emoções, no comportamento e, em última análise, até
na saúde de cada um de nós. Quando
tocamos um instrumento ou ouvimos alguma gravação, diversas áreas do cérebro
são instigadas — poucas atividades intelectuais têm um efeito tão amplo.
“Regiões responsáveis por atividade motora, memória, linguagem e sentimentos
são recrutadas para interpretar os estímulos sonoros”, destrincha a enfermeira
Eliseth Leão, pesquisadora do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert
Einstein, na capital paulista. Mas essas reações não se limitam à massa
cinzenta. Experimentos mundo afora vêm testando e reconhecendo o poder
terapêutico das melodias para enfrentar os males que abalam a mente e também o
corpo. Tanto é que estudiosos já ousam encará-las como um remédio de verdade,
com prescrição de dose e esquema de uso.
Os trabalhos pioneiros nessa área foram iniciados na
psiquiatria e mostraram que as composições têm um papel a cumprir em doenças
como a ansiedade e a depressão. “Elas também são capazes de reduzir o nível de
estresse durante um procedimento cirúrgico, baixam a pressão arterial e a
frequência cardíaca e até aceleram a recuperação após uma sessão de exercícios
físicos”, lista o fisiologista Vitor Engrácia Valenti, da Universidade Estadual
Paulista, em Marília, que publicou uma série de pesquisas que investigam essas
questões. Mas será que todos os estilos musicais têm o mesmo efeito?
Os efeitos de cada estilo musical na saúde
Intuitivamente, nós sabemos selecionar o melhor tipo de som
para cada ocasião. Na academia de ginástica, por exemplo, preferimos ritmos
mais acelerados, que ajudam a dar aquele gás extra para o esforço físico. Já
durante a meditação ou a leitura, apostamos em composições mais calmas, que
auxiliam a focar e relaxar. Mas é
preciso considerar que isso muda de acordo com o lugar onde você nasceu. “Na
cultura ocidental, batidas mais rápidas e progressivas são sinal de alegria,
enquanto um compasso lento denota certa tristeza”, ensina o neurocientista
Raphael Bender, do Centro Estadual de Educação Profissional Professora
Lourdinha Guerra, em Parnamirim, no Rio Grande do Norte. Em alguns países
orientais, essa lógica se inverte. Com base nessas observações, cientistas
começaram a questionar se havia um estilo musical que fosse mais vantajoso que
os outros. A escolha natural na maioria das pesquisas são as músicas clássicas
compostas por Mozart, Bach ou Vivaldi. “É impressionante como elas continuam a
transmitir uma mensagem mesmo após três ou quatro séculos de seu lançamento”,
observa Eliseth. Porém, não dá pra cravar que esse seja o estilo mais saudável
de todos. Ora, se você não curte a Nona Sinfonia de Beethoven, escutá-la
repetidamente só vai deixá-lo mais incomodado. Por isso, nesse processo é
essencial botar na balança os gostos pessoais de cada um.
Como funciona a musicoterapia
É justamente aí que entra a figura do musicoterapeuta,
profissional que faz uma graduação ou uma pós-graduação com o objetivo de
aplicar a música como um tratamento complementar às mais diversas condições.
“Lançamos mão de técnicas que envolvem a audição, a recriação
de sons, a composição e o ato de tocar um instrumento para alcançar um objetivo
terapêutico, sempre levando em consideração o histórico e as preferências do
paciente”, explica o musicoterapeuta José Davison da Silva Junior, professor da
Universidade Federal de Minas Gerais. Essa profissão, que começa a ganhar mais
força e destaque no Brasil, tem atuação garantida em diversas áreas da saúde.
Pode aprimorar, por exemplo, o aprendizado na infância ou até mesmo dar suporte
para que crianças autistas interajam melhor com amigos e familiares. “Por meio
dos sons, trabalhamos habilidades importantes, como os movimentos corporais, a
memória e o raciocínio, além da percepção auditiva e espacial”, lista o
psicopedagogo Junior Cadima, do Instituto Brasileiro de Formação de Educadores,
em São Paulo. A musicoterapia ganha espaço em outras fases da vida. Ela vem se mostrando um recurso
importante após um acidente vascular cerebral (AVC), especialmente nos casos em
que o indivíduo desenvolve uma sequela chamada afasia. Nessas situações, há uma
dificuldade em encontrar as palavras para descrever as coisas e se comunicar
com os outros. Por meio das canções, essa recuperação se torna mais suave e
natural. O mesmo princípio se encaixa em
outras doenças, como o Alzheimer e o Parkinson.
Há tentativas ainda mais sofisticadas que envolvem criar
melodias específicas voltadas para tratar determinadas condições, como o
zumbido ou o excesso de estresse. É o que faz o maestro Marcelo Fagundes, de
São Paulo, que desenvolveu um aplicativo com as chamadas músicas binaurais.
“Por meio de fones, nós mandamos frequências de sons
diferentes para os ouvidos direito e esquerdo, o que traz um ganho ao cérebro”,
conta Fagundes. Pesquisas estão em curso para mensurar a eficácia dessa
estratégia.
De maneira geral, a ciência precisa evoluir bastante antes de
realmente entendermos todas as potencialidades da música em nossa saúde e a
prescrição delas como um medicamento. Enquanto esse dia não chega, nos resta
botar o fone de ouvido (em um volume não tão alto, por favor), relaxar e curtir
os cantores e instrumentistas que deixam a mente leve e feliz — quem sabe até
remexendo o corpo feito a cacatua Snowball.
As aplicações terapêuticas da música com maior número de
evidências científicas
Estresse: tons calmos e alegres aliviam a tensão do dia a dia
e aplacam o nervosismo acumulado.
Hipertensão: o coração tende a acompanhar as batidas da
música. Se o ritmo for mais lento, a tendência é a pressão cair.
Parkinson: percussões bem demarcadas ajudam no tremor e na
marcha. A musicoterapia é uma boa pedida aqui.
Autismo: brincar com instrumentos é uma forma de interagir
com os outros e estabelecer laços sociais fortes.
AVC: as letras e composições são uma tática para recordar
palavras perdidas após um derrame.
Dor: experimentos viram que a quantidade de analgésicos
usados após a cirurgia era menor em quem escutava música.
Aprendizado: canções e paródias são um recurso usado por
professores para ajudar os alunos a memorizar certos conteúdos.
Atividade
Leia o texto com
atenção e responda: qual a importância da musicoterapia na manutenção da saúde
física e mental?
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