Plano
de aula não presencial EE
Rodrigues Alves |
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Professor: Cláudio |
Disciplina: Geografia |
Classes: 8º s A/B |
Data: 21 a 25 de setembro |
Objetivo da aula: Analisar o posicionamento do BRICs em
relação a economia mundial e a política dos EUA. |
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Habilidade da aula: (EF08GE07)
Analisar os impactos geoeconômicos, geoestratégicos e geopolíticos da
ascensão dos Estados Unidos da América no cenário internacional e discutir a
sua posição de liderança global e a relação com os países que integram o
BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, em especial com o
Brasil e a China. |
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Conteúdo da aula: BRICS: o
que você precisa saber sobre esse mecanismo de cooperação? (Recuperação de conteúdo)
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Roteiro da atividade: Leia o texto com atenção e responda: o que
são os BRICs, quais os principais resultados obtidos por esse grupo de países
em diferentes áreas de atuação e suas principais dificuldades? |
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Informações adicionais sobre a elaboração e entrega das
atividades: Se possível, pesquisar mais sobre o assunto na internet. Vídeos complementares na página do facebook Virtua professor
Claudio - @claudioteacher |
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Data da entrega:28 de agosto |
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E mail onde o aluno deverá entregar a atividade: claudiogoncalves@professor.educacao.sp.gov.br |
BRICS: o que você precisa saber
sobre esse mecanismo de cooperação?
Você sabe o que é o BRICS?
No diálogo sobre a Política
Externa Brasileira, o BRICS se tornou ao longo dos anos um importante elemento de
relacionamento do Brasil com outros países de economias emergentes.
Neste post, você poderá
entender como esse termo foi criado e o que ele representa para as políticas de
cooperação do Brasil.
O que é o BRICS?
BRICS é o termo
utilizado para a tradição de coordenação política entre Brasil, Rússia, Índia, China e
África do Sul. Como você já deve ter percebido, o nome é referência as
iniciais dos países envolvidos – vale lembrar que o S diz respeito à África do
Sul em inglês (South Africa).
Mas atenção: apesar de o
BRICS ser um mecanismo oficial de cooperação entre os países integrantes, ele não é considerado um bloco
econômico.
Qual a diferença?
Diferentemente de blocos econômicos como a União
Europeia e o Mercosul, o BRICS não possui um
estatuto formal de regras ou uma carta de princípios. E também não possui um
secretariado fixo e nem tem fundo próprio para financiar qualquer uma das suas
atividades.
Segundo os países
integrantes, a intenção do grupo é manter uma aliança que ajude a alavancar a influência geopolítica destes países
no mundo.
A origem do grupo
O termo BRIC surgiu pela
primeira vez em 2001, em um artigo publicado pelo economista do Goldman Sachs –
Jim O’Neil – que defendeu a ideia de que Brasil, Rússia, Índia e
China seriam as economias do futuro.
Por que economias do futuro? Sobretudo
por conta do acelerado crescimento econômico que estavam experimentando na
época, e por suas grandes populações, que com crescente poder aquisitivo,
dinamizavam os respectivos mercados internos.
Assim, em 2006, os
chanceleres dos quatro países deram início aos diálogos com uma reunião informal à margem da Assembleia
Geral das Nações Unidos.
E como essa reunião
informal evoluiu para a cooperação de fato?
Evolução para o BRICS
Bom, em 2009 – na Rússia
– pela primeira vez os chefes de Estado de Brasil, Rússia, Índia e China
se reuniram e realizaram a chamada Primeira Reunião de Cúpula dos BRIC.
Desde então, essas
reuniões são realizadas anualmente e são sediadas em algum dos países
integrantes. Além deste formato de Cúpula, acontecem também todos os anos
reuniões informais dos membros à margem dos encontros do G20.
Entre 2009 e 2018, já ocorreram
10 reuniões de Cúpula.
Como você deve ter percebido, a
África do Sul não participou da Primeira Reunião de Cúpula. Isso porque o país
passou a ser membro do grupo somente em 2010. Consequentemente, a partir de
então, o nome oficial passaria a ser BRICS.
Como menciona o Itamaraty, ao longo da sua
primeira década, o BRICS desenvolveu cooperação setorial em diferentes
áreas como: ciência e tecnologia, promoção comercial, energia, saúde, educação,
inovação e combate a crimes transnacionais. Hoje, a cooperação já abrange mais
de 30 setores.
Portanto, houve uma
considerável evolução e não se trata mais apenas de um acrônimo, mas
de um relevante ator internacional.
Qual o escopo da agenda?
De forma geral, o BRICS possui
uma agenda interna e uma agenda externa.
Na agenda interna, os países
buscam estreitar a cooperação e os negócios entre si, criando elementos que preservem
seu crescimento
econômico e desenvolvimento social.
Na agenda externa,
buscam se posicionar a respeito de diferentes temas, como meio ambiente, pobreza, comércio, e segurança.
Mas, quais foram as
principais iniciativas até o momento?
Principais resultados da cooperação
Os resultados dos anos
de cooperação entre os cinco países pode ser visto principalmente nas seguintes
áreas:
1. Econômica-Financeira
Destaca-se nessa área, a
criação do Novo Banco de Desenvolvimento
do Brics (NDB) – ideia proposta na Cúpula de Fortaleza em 2014. O objetivo do
Banco é mobilizar recursos para o investimento em infraestrutura e desenvolvimento sustentável, tanto dos países
membros quanto de outros países emergentes.
De tal forma, a ideia
pode ser vista como uma proposta de fornecer uma alternativa para os países
emergentes ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional. Historicamente,
as condições impostas por essas organizações internacionais financeiras são
fortemente criticadas pelos países em desenvolvimento.
2. Saúde
Essa área de cooperação
tem atuado principalmente na identificação de problemas de saúde comum aos
países BRICS. Na prática, significa esforços de pesquisa como no caso da Rede de Pesquisa em Tuberculose e a coordenação de
esforços em acordos de Saúde Pública nas organizações multilaterais.
3. Ciência, Tecnologia e inovação
Trata-se principalmente
do fomento da pesquisa para o desenvolvimento de bens de alto valor tecnológico agregado. Como
também no intercâmbio de conhecimento entre os países.
4. Segurança
Nessa questão, os
diálogos sobre segurança visam aprofundar questões sobre segurança internacional e manifestar
medidas a crimes transnacionais como trafico de drogas, ataques
cibernéticos, lavagem de dinheiro, entre outros.
5. Empresarial
Foi estabelecido em
2013, na Cúpula de Durban, o Conselho Empresarial do BRICS (CEBRICS). São nove grupos de
trabalho nas áreas de infraestrutura, agronegócio, energia, manufatura,
finanças, aviação regional e desenvolvimento de capacidades.
As dificuldades
Apesar dos cinco países
convergirem em diversos temas, nem sempre há consenso entre as partes.
No campo político, os desafios bilaterais
entre China e Índia por disputas territoriais históricas são um dos pontos de
tensão no grupo. Além disso, o atual posicionamento do Presidente Bolsonaro em
torno da crise
venezuelana está também sendo fonte de divergências com a Rússia.
No campo econômico, a situação vista é de
um desequilíbrio entre os desempenhos nacionais dos cinco países nos últimos
anos. Enquanto a Índia continua a crescer, e a China ainda mantem uma taxa de
crescimento maior que a média mundial. Brasil e Rússia não acompanham os
desempenhos econômicos positivos.
Além disso, em termos
globais, especialistas sugerem que o principal
desafio do grupo é reduzir barreiras econômicas e tentar aumentar o
comércio internacional. Isso porque ainda é necessário fortalecer a posição do BRICS no
sistema econômico internacional.
O que esperar do futuro?
A participação dos
cincos países na economia mundial continua a crescer. Segundo o IPEA, entre 2010 e 2017, os
BRICS -Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – saltaram de 7,7% para 18%
na soma das exportações mundiais.
Assim, com mais de 30
áreas setoriais de cooperação, o esperado agora é que o grupo avance nas
relações multilaterais com outros países e organizações. Para tanto, espera-se
uma agenda coordenada para atentar aos temas de desigualdade entre nações, reforma de cotas e governança
do FMI, e da reformulação da Organização Mundial do Comércio.
Em relação ao Brasil? O
Presidente Bolsonaro, ao abrir a reunião informal do BRICS no Japão
(2019), declarou que seu governo
trabalhará ativamente para fortalecer a cooperação entre o BRICS.
Além disso, já foi anunciado que o Brasil
receberá US$ 621 milhões do Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS. O motivo?
Foram aprovados quatro projetos brasileiros nas áreas de energia renovável,
construção de estradas e reconstrução de ferrovias, telecomunicações e
saneamento.
E existe a possibilidade
de uma ampliação
do bloco? De certa forma, sim! Desde 2015, a Rússia e a China já pediram
pela ampliação do bloco – o chamado formato “BRICS+”. Entretanto, nada de
concreto avançou sobre o tema ainda.
Atividade
Leia o texto com atenção e responda: o que são
os BRICs, quais os principais resultados obtidos por esse grupo de países em
diferentes áreas de atuação e suas principais dificuldades?
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