Plano de aula não presencial EE Rodrigues Alves |
|
Professor: José Augusto |
Disciplina: História |
Classes: 7ºC e 7ºD |
Data: 10/03/2021 |
Objetivo da aula: Compreender os fatores que acarretaram o fim da Idade Média e
identificar rupturas e permanências desse período na Idade Moderna. |
|
Habilidade da aula: Habilidade trabalhada (EF07HI01) Explicar o significado de
“modernidade” e suas lógicas de inclusão e exclusão, com base em uma
concepção europeia. |
|
Conteúdo da aula: BAIXA IDADE MÉDIA E
INÍCIO DA MODERNIDADE |
|
Fonte: site Brasil-escola |
|
Roteiro da atividade: Ler com
atenção o texto abaixo: Leia com atenção o texto abaixo para responder as questões propostas! TEXTO COMPLEMENTAR DE LEITURA: (ATIVIDADE 2) 1- Baixa Idade Média foi um período específico da Idade Média que se estendeu do século
XI ao século XV. Nele, a Europa Ocidental presenciou o auge do feudalismo,
mas também a sua decadência e o surgimento de uma nova ordem. A Baixa Idade
Média é conhecida como um século de crise que delimitou o fim da Europa
medieval — embora muitas características do medievo tenham persistido nos
séculos seguintes. Periodização Importante falar que a definição de uma
Baixa Idade Média é uma criação dos historiadores modernos, que convencionaram
dividi-la em dois grandes períodos, que são:
Características A Baixa Idade Média é considerada o período do auge
do feudalismo no medievo. Esse ápice deu-se entre os séculos XI e XIII,
sendo o período anterior a isso de formação, e o posterior, de decadência e
formatação de uma nova organização política, econômica e social na Europa
Ocidental. O feudalismo é,
portanto, o conceito base para entendermos o funcionamento da sociedade
europeia na Baixa Idade Média. Esse conceito não se refere apenas ao seu
sentido econômico de exploração da terra pelos camponeses e servos, presos a
ela pela relação existente entre eles e o senhor feudal. O feudalismo envolve aspectos muito além do econômico, que são:
político, social e ideológico. Dentro dessa estrutura, os feudos são o lugar de maior importância. Em um mundo ruralizado, no qual a
exploração da terra era a principal forma de sobrevivência, a concentração
populacional dava-se neles. Os feudos
eram terras dos nobres oriundas da riqueza familiar ou da relação de
fidelidade com o rei. Assim, os principais locais da Baixa Idade Média eram: o feudo,
que incluía castelo, terras e instalações, e a floresta, da qual se
retirava a lenha e caçavam-se animais, por exemplo. Nesse período dois locais
comuns, além dos citados, eram: as aldeias (formadas ao longo da Alta
Idade Média) e a Igreja. O camponês estabelecido no feudo tinha uma relação de servidão com o
senhor feudal e não poderia abandonar a terra. A posição do senhor feudal era hereditária,
portanto, transmitida aos filhos, e o camponês tinha de ressarci-lo pelo
direito de usar a terra e as instalações nela. O direito do senhor feudal de
possuir e explorar a terra e de cobrar os impostos dos camponeses instalados
lá era oriundo da relação de vassalagem que ele tinha com o rei. A relação de vassalagem do rei com
seus nobres surgiu no século VIII, no Império Carolíngio. Nela o rei cedia
parte de seu território para os nobres e, em troca, recebia a fidelidade
deles, que garantiam auxiliá-lo na administração do império. Nos momentos de
guerra, esses nobres disponibilizavam suas tropas para defender o reino. No âmbito social, esse período não
foi muito diferente da Alta Idade Média, pois os três grandes grupos sociais
eram a nobreza, formada pelos reis e nobres; o clero, formado por
representantes da Igreja; e os camponeses, em sua grande maioria, servos que
trabalhavam nas terras que pertenciam à nobreza. Tratava-se de uma sociedade
estamental, isto é, marcada por pouca ascensão social. A
Baixa Idade Média, por sua vez, passou a presenciar significativas mudanças
sociais, sobretudo a partir do século XII, quando a população urbana começou a crescer. Gradativamente, as cidades
voltaram-se contra o processo de feudalização e geraram a possibilidade de
surgimento de novos grupos sociais, como a burguesia. Esse
foi um período de grandes mudanças, e essas transformações foram responsáveis
por abrirem o caminho para o fim do período medievo. A Baixa Idade Média foi uma época de crescimento urbano e comercial,
de consolidação do poder dos reis, de formação de Estados Nacionais, de
surgimento de línguas nacionais etc. 2- Grandes transformações A
Baixa Idade Média teve grandes transformações. Vamos entender algumas delas:
É
bem verdade que, desde o século VIII, a Europa estava em recuperação
demográfica, mas esse crescimento populacional acentuou-se a partir da Baixa
Idade Média. O
historiador Hilário Franco Júnior considera quatro fatores para explicar o aumento populacional no período.
Primeiro, a pouca atuação de epidemias
de doenças; segundo, o caráter
concentrado das guerras; terceiro, o
fato do clima, durante a Baixa Idade Média, ter sido mais ameno em relação ao
da Alta Idade Média; e quarto, as
inovações técnicas que garantiram um aumento da produtividade. O
resultado disso foi que, no final do século XIII, a população na Europa
Ocidental era de mais de 50 milhões de pessoas, enquanto que, no final do
século (ou da Alta Idade Média), ela era de mais de 22 milhões de pessoas.
Esse aumento também foi o pontapé para uma série de mudanças no continente.
O
aumento populacional é também explicado pelo citado aumento da produtividade
agrícola. O uso de melhores técnicas para a produção agrícola ajuda-nos a
entender por que isso aconteceu. Os destaques vão para o uso da charrua de
metal e de animais de tração, que faziam uma melhor preparação do solo, e a
implantação do sistema de rotação trienal, que garantia a fertilidade do solo
a longo prazo. Outro
ponto importante é que as mudanças climáticas permitiram a utilização de solo
que antes era impossível de ser cultivado, como o de regiões pantanosas.
Muitas delas secaram com o aumento da temperatura média na Europa. A melhoria
na produção garantiu o aumento populacional, que, por sua vez, permitiu que
mais mão de obra pudesse dedicar-se à agricultura.
O
aumento da produtividade garantiu a existência de um excedente que pôde ser
comercializado, e isso permitiu o renascimento do comércio na Europa. Pouco a
pouco, essa atividade consolidou-se por meio da formação de feiras, e, à
medida que avançava, foram sendo criadas rotas comerciais no norte da Europa
e nas regiões mediterrânicas. O
renascimento comercial esteve diretamente relacionado com o renascimento
urbano. Isso aconteceu porque muitos camponeses começaram a mudar-se para as
cidades a fim de fugir dos laços de servidão que existiam nos feudos. À
medida que o comércio desenvolvia-se, comerciantes instalavam-se nos
arredores das cidades, inicialmente com feiras temporárias, que, depois,
tornaram-se fixas e viraram um anexo das cidades — os burgos. O
comércio na Europa ganhou o incentivo definitivo com o início das Cruzadas no
final do século XI. O envio de soldados para o Oriente e a migração de
milhares de pessoas desejosas de estabelecer-se na “Terra Santa” abriram todo
o mercado oriental, cujas mercadorias eram consideradas luxuosas pela Europa
Ocidental. Importante
considerar também que o crescimento urbano garantiu o surgimento de uma nova
classe social: o burguês, habitante do burgo — anexo da cidade consolidado
como parte dela pela fixação dos comerciantes. Novos ofícios surgiram e
consolidaram-se em corporações de ofício, organizações que reuniam pessoas
que praticavam a mesma atividade.
Uma
das mudanças mais significativas do período foi à centralização do poder, e
isso entendemos como o fortalecimento da posição do rei e a formação dos
Estados Nacionais, governados por monarquias. O fortalecimento da posição do
rei aconteceu à medida que as relações feudais e de vassalagem
enfraqueciam-se. Nesse
processo, os reis combateram e puniram os senhores que desobedeciam as suas
ordens ou que não cumpriam suas obrigações enquanto vassalos. Esse
fortalecimento garantiu a existência de dinastias reais e resultou na
consolidação dos territórios dessas dinastias, dando origem ao que conhecemos
como Estado Nacional. No
caso da consolidação do poder do rei, podemos usar como exemplos os casos da
Inglaterra e França. No caso francês, no final do século X, consolidou-se no
poder a dinastia dos Capetos, que, pouco a pouco, combateram os senhores
feudais, tomando as terras deles para si e realizando a unificação jurídica
da França. Isso transformou o poder do rei em força de lei em todo o
território. No
caso da Inglaterra, o ponto de partida foi à conquista da região pelos
normandos, em 1066. Por meio de uma estrutura administrativa formada por
burocratas, o rei inglês conseguiu ampliar o seu controle sobre todos os
territórios do país. Uma crise política no século XIII, no entanto, criou
algumas barreiras para a centralização completa do poder real. À
medida que os reis fortaleciam sua posição e suas monarquias eram consolidadas,
o território nacional foi sendo estabelecido. Com isso, surgiram estruturas
burocráticas para governar esses reinos, e, assim, especialistas foram
nomeados para cuidar de assuntos relativos às finanças, à cobrança de
impostos, à formação de tropas nacionais etc. Criou-se, desse modo, a
estrutura de um Estado moderno. 3- Crise do século XIV Todas
essas transformações levaram a Idade Média para o seu auge, mas também
preconizaram o seu fim. O século XIV é marcado por inúmeras crises que
reforçaram a decadência do feudalismo e possibilitaram o surgimento de novas
estruturas para a sociedade, economia e política europeias. Primeiramente,
o aumento da temperatura (presente em boa parte da Baixa Idade Média) deu
lugar a um resfriamento que afetou a produtividade como um todo. Isso
resultou em ciclos de colheitas ruins que geraram altas no preço da comida e
milhares de pessoas morrendo de fome. A
fome, aliada à desigualdade social, motivou rebeliões de trabalhadores pobres
em todas as partes. Tanto no campo, quanto nas cidades, os pobres
rebelaram-se. Os casos mais significativos deram-se nas cidades por conta da
estagnação delas causada pelo grande número de desempregados e pelos altos
preços. Isso levou a revoltas em grandes cidades de diferentes partes da
Europa. Paris, Londres e Florença, três das maiores cidades europeias,
presenciaram grandes revoltas populares. Pequenas e médias cidades também
tiveram rebeliões, e locais como Bélgica, França, Itália e Alemanha sofreram
com elas. A
crise do século XIV ainda foi atingida pela catástrofe que foi a Peste Negra.
Nesse século, um surto de peste bubônica trazida da Ásia Central atingiu a
Europa de maneira pandêmica. O surto nesse último continente iniciou-se em
1348 e retornou, de anos em anos, atuando de maneira fulminante. Estima-se
que a queda populacional na Europa foi de 1/3, e o historiador Jacques Le
Goff estimou que, na Inglaterra, 70% da população morreu em decorrência dessa
doença. O
século XIV também ficou conhecido por guerras que contribuíram para o
agravamento da situação do continente. Essas guerras trouxeram o aumento do
número de mortos, o que reduziu mais ainda a produção agrícola e contribuiu
para a difusão da peste. Elas foram tanto externas, como a Guerra dos Cem
Anos, como internas, principalmente por conta da disputa pelo poder dos
reinos. QUESTÕES: 1- Como se caracterizou
a Baixa Idade Média? 2- Quais eram no mundo
feudal os principais locais da Baixa Idade Média? 3- Qual era a relação
do camponês com o senhor feudal? E qual relação do Rei com os seus nobres no
período medieval? 4- Na questão social
como podemos caracterizar a sociedade na Alta e Baixa Idade Média? 5- Aconteceram na
Europa grandes transformações na Baixa Idade Média e podemos destacar o
aumento populacional e das atividades comerciais. Com o revigoramento do
comércio e das cidades qual classe social surgiu nesse período? 6- Em relação às
transformações ocorridas na Baixa Idade Média, a centralização política foi
muito significativa para a Europa. Explique! Fazer essa atividade no caderno (não
precisa copiar o texto) apenas copiar as questões e responder no caderno.
Enviar a atividade para o email indicado abaixo. |
|
Informações adicionais sobre a
elaboração e entrega das atividades: Colocar o nome e a série na atividade! Leia com atenção o texto acima para responder as questões dirigidas. Não precisa copiar o texto! Para ter um melhor estudo o aluno pode
colocar no caderno alguns pontos importantes do texto (resumo). No caderno copiar e responder as questões no caderno e enviar para o
email indicado abaixo. |
|
Data da entrega: 15/03/2021 |
|
E mail onde o aluno deverá
entregar a atividade: ENVIAR PARA O EMAIL: josefonseca@prof.educacao.sp.gov.br |
Nenhum comentário:
Postar um comentário