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sexta-feira, 6 de novembro de 2020

 

Plano de aula não presencial

EE Rodrigues Alves

Professor: Cláudio

Disciplina: Geografia

Classes: 8º s A/B

Data: 09 a 13 de novembro

Objetivo da aula: Compreender a questão da gestão, distribuição e utilização dos recursos hídricos na América Latina relacionada ao desenvolvimento dos solos agrícolas.

Habilidade da aula:  

(EF08GE15) Analisar a importância dos principais recursos hídricos da América Latina e discutir os desafios relacionados à gestão e comercialização da água.

 Conteúdo da aula: A preservação do solo e da água na América Latina e no Caribe

Roteiro da atividade:

A partir da leitura do texto responda: como a agricultura e as mudanças climáticas afetam os recursos hídricos e os solos na América Latina?

Informações adicionais sobre a elaboração e entrega das atividades: Se possível, pesquisar mais sobre o assunto na internet.

Vídeos complementares na página do facebook Virtua professor Claudio - @claudioteacher

Data da entrega:16 de novembro

E-mail onde o aluno deverá entregar a atividade:

claudiogoncalves@professor.educacao.sp.gov.br

 

A preservação do solo e da água na América Latina e no Caribe

Recursos básicos de segurança alimentar e serviços ecossistêmicos

O solo e a água são recursos estratégicos que contribuem para a segurança alimentar e a geração de serviços ecossistêmicos. A Assembleia Geral das Nações Unidas declarou 2015 como o Ano Internacional de Solos, para destacar a importância deste recurso.

O solo é a camada superior da terra, fina e vulnerável. É composto por partículas minerais, matéria orgânica, microrganismos, água e ar. Os processos de formação do solo são muito lentos e necessitam de longos períodos. Em planícies de climas temperados são necessários 100 anos para formar 1-2 cm do solo. Como a regeneração do solo é um processo lento, deve-se considerar o solo como um recurso não renovável. Na América Latina e no Caribe (ALC) há uma grande variedade de solos, desde os muito produtivos até os pouco férteis.

A América Latina e o Caribe dispõem de muitos recursos hídricos. As duas regiões englobam 15% do território do planeta e 10% da população mundial. Essa parcela da população recebe 29% da precipitação do mundo. Porém, a distribuição espacial e temporal das chuvas é desigual: tanto os lugares mais secos, quanto os mais úmidos do planeta estão na região, por isso a disponibilidade de água para os vários usos pode variar consideravelmente entre os países e em regiões distintas do mesmo país.

Solos e águas em risco

O uso da terra

A América Latina e o Caribe têm as maiores reservas de terras cultiváveis no mundo. Cerca de 47% da região ainda estão cobertos de florestas, mas esse número diminui rapidamente por conta da expansão das terras agrícolas. Ao longo dos últimos 50 anos (1961-2011), a área agrícola na região aumentou significativamente: de 561 milhões para 741 milhões de hectares. A maior expansão ocorreu na América do Sul: de 441 milhões para 607 milhões de hectares.

Mas esse aumento de produção trouxe também a degradação do solo e das águas, a redução da biodiversidade e o desmatamento, seguindo uma lógica de mercado que ameaça não só a qualidade e a disponibilidade dos recursos naturais, mas também os meios de subsistência dos mais vulneráveis.

O uso da água

O manejo do solo pode impactar significativamente a quantidade e a qualidade da água disponível em uma bacia hidrográfica. As alterações no equilíbrio hidrológico são frutos do desmatamento, das mudanças no uso do solo e da cobertura vegetal, da exploração excessiva dos aquíferos e da drenagem dos corpos d'água naturais. Nas últimas três décadas, a extração de água foi duplicada na ALC, em um ritmo bem acima da média mundial. Nesta região, a agricultura e em particular a agricultura irrigada usa mais água, respondendo por 70% da extração desse recurso, seguida de 20% de uso doméstico e 10% usados pelo setor industrial. Vale a pena mencionar aqui que o solo é um excelente reservatório de água, o que confirma a importância do manejo integral do solo e da água.

Degradação e poluição do solo e da água

A degradação (física, química e biológica) do solo fica evidenciada pela redução da cobertura vegetal, diminuição da fertilidade e poluição do solo e da água. Como consequência há um empobrecimento das culturas. No mundo, 14% da degradação ocorre na ALC, sendo mais grave na Mesoamérica onde afeta 26% das terras. Na América do Sul a degradação afeta 14% das terras. As principais causas da degradação são a erosão pela água, o uso intensivo de agrotóxicos e o desmatamento. Na ALC quatro países têm mais de 40% de seu território degradado e 14 países têm entre 20% e 40 % do território nacional degradado.

Na região os dois problemas básicos associados aos recursos hídricos são: diminuição da disponibilidade da água e perda de qualidade. A diminuição da quantidade de água (degradação quantitativa) ocorre quando há alterações no equilíbrio hídrico e usa-se mais água do que há disponível. A perda de qualidade (poluição) acontece quando as propriedades da água são prejudicadas pelo entorno e microrganismos. A perda ocorre pela falta de tratamento de águas residuais, uso excessivo de fertilizantes e agrotóxicos, irrigação excessiva e a poluição causada pelo uso na indústria, na mineração ou para fins energéticos.

A degradação está também associada à pobreza e à dificuldade de acesso a terras e aos recursos hídricos. Os agricultores pobres têm menos acesso à terra e à água, cultivam solos empobrecidos e muito vulneráveis à degradação. No mundo, 40% das terras mais degradadas ficam em áreas com altos índices de pobreza.

As mudanças climáticas como fator de risco para a degradação dos solos na ALC

As mudanças climáticas alteram o comportamento das chuvas e temperaturas e há projeções para a região de alterações relevantes nos ecossistemas agrários como são atualmente conhecidos. Na ALC, as mudanças nos padrões de precipitação, temperaturas máximas, mínimas e médias afetarão o desempenho das lavouras de alimentos básicos, como o trigo, arroz e feijão, gerando pressão sobre as áreas não agrícolas para transformá-las em áreas para a produção de alimentos. Tal fato junto com o crescimento projetado da população mundial e a correspondente demanda por alimentos, fazem das mudanças climáticas um risco adicional para a degradação do solo e da água, devido à expansão das áreas de cultivo e da intensificação da produção. Por exemplo, espera-se que em meados do século haja uma substituição gradual da floresta tropical por savanas no leste da Amazônia, e no semiárido a vegetação deverá ser substituída por vegetação de áreas áridas, devido ao aumento da temperatura e diminuição da água no solo.

Atividade

A partir da leitura do texto responda: como a agricultura e as mudanças climáticas afetam os recursos hídricos e os solos na América Latina?

 

 

 

 

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