Plano
de aula não presencial EE
Rodrigues Alves |
|
Professor: Cláudio |
Disciplina: Geografia |
Classes: 8º s A/B |
Data: 09 a 13 de novembro |
Objetivo da aula: Compreender a questão da gestão,
distribuição e utilização dos recursos hídricos na América Latina relacionada
ao desenvolvimento dos solos agrícolas. |
|
Habilidade da aula: (EF08GE15) Analisar a importância dos principais
recursos hídricos da América Latina e discutir os desafios relacionados à
gestão e comercialização da água. |
|
Conteúdo da aula: A preservação do solo e da água na América Latina e no
Caribe
|
|
Roteiro da atividade: A partir da leitura do texto responda: como a
agricultura e as mudanças climáticas afetam os recursos hídricos e os solos
na América Latina? |
|
Informações adicionais sobre a elaboração e entrega das atividades:
Se possível, pesquisar mais sobre o assunto na internet. Vídeos complementares na página do facebook Virtua professor
Claudio - @claudioteacher |
|
Data da entrega:16 de novembro |
|
E-mail onde o aluno deverá entregar a atividade: claudiogoncalves@professor.educacao.sp.gov.br |
A preservação do solo e da água na América Latina e no
Caribe
Recursos básicos de segurança alimentar e
serviços ecossistêmicos
O solo e a água são recursos estratégicos que
contribuem para a segurança alimentar e a geração de serviços ecossistêmicos. A
Assembleia Geral das Nações Unidas declarou 2015 como o Ano Internacional de
Solos, para destacar a importância deste recurso.
O solo é a camada superior da terra, fina e
vulnerável. É composto por partículas minerais, matéria orgânica,
microrganismos, água e ar. Os processos de formação do solo são muito lentos e
necessitam de longos períodos. Em planícies de climas temperados são necessários
100 anos para formar 1-2 cm do solo. Como a regeneração do solo é um processo
lento, deve-se considerar o solo como um recurso não renovável. Na América
Latina e no Caribe (ALC) há uma grande variedade de solos, desde os muito
produtivos até os pouco férteis.
A América Latina e o Caribe dispõem de muitos
recursos hídricos. As duas regiões englobam 15% do território do planeta e 10%
da população mundial. Essa parcela da população recebe 29% da precipitação do
mundo. Porém, a distribuição espacial e temporal das chuvas é desigual: tanto
os lugares mais secos, quanto os mais úmidos do planeta estão na região, por
isso a disponibilidade de água para os vários usos pode variar
consideravelmente entre os países e em regiões distintas do mesmo país.
Solos e águas em risco
O uso da terra
A América Latina e o Caribe têm as maiores
reservas de terras cultiváveis no mundo. Cerca de 47% da região ainda estão
cobertos de florestas, mas esse número diminui rapidamente por conta da
expansão das terras agrícolas. Ao longo dos últimos 50 anos (1961-2011), a área
agrícola na região aumentou significativamente: de 561 milhões para 741 milhões
de hectares. A maior expansão ocorreu na América do Sul: de 441 milhões para
607 milhões de hectares.
Mas esse aumento de produção trouxe também a
degradação do solo e das águas, a redução da biodiversidade e o desmatamento,
seguindo uma lógica de mercado que ameaça não só a qualidade e a
disponibilidade dos recursos naturais, mas também os meios de subsistência dos
mais vulneráveis.
O uso da água
O manejo do solo pode impactar
significativamente a quantidade e a qualidade da água disponível em uma bacia
hidrográfica. As alterações no equilíbrio hidrológico são frutos do
desmatamento, das mudanças no uso do solo e da cobertura vegetal, da exploração
excessiva dos aquíferos e da drenagem dos corpos d'água naturais. Nas últimas
três décadas, a extração de água foi duplicada na ALC, em um ritmo bem acima da
média mundial. Nesta região, a agricultura e em particular a agricultura
irrigada usa mais água, respondendo por 70% da extração desse recurso, seguida
de 20% de uso doméstico e 10% usados pelo setor industrial. Vale a pena
mencionar aqui que o solo é um excelente reservatório de água, o que confirma a
importância do manejo integral do solo e da água.
Degradação e
poluição do solo e da água
A degradação (física, química e biológica) do
solo fica evidenciada pela redução da cobertura vegetal, diminuição da
fertilidade e poluição do solo e da água. Como consequência há um empobrecimento
das culturas. No mundo, 14% da degradação ocorre na ALC, sendo mais grave na
Mesoamérica onde afeta 26% das terras. Na América do Sul a degradação afeta 14%
das terras. As principais causas da degradação são a erosão pela água, o uso
intensivo de agrotóxicos e o desmatamento. Na ALC quatro países têm mais de 40%
de seu território degradado e 14 países têm entre 20% e 40 % do território
nacional degradado.
Na região os dois problemas básicos
associados aos recursos hídricos são: diminuição da disponibilidade da água e
perda de qualidade. A diminuição da quantidade de água (degradação
quantitativa) ocorre quando há alterações no equilíbrio hídrico e usa-se mais
água do que há disponível. A perda de qualidade (poluição) acontece quando as
propriedades da água são prejudicadas pelo entorno e microrganismos. A perda
ocorre pela falta de tratamento de águas residuais, uso excessivo de
fertilizantes e agrotóxicos, irrigação excessiva e a poluição causada pelo uso
na indústria, na mineração ou para fins energéticos.
A degradação está também associada à pobreza
e à dificuldade de acesso a terras e aos recursos hídricos. Os agricultores
pobres têm menos acesso à terra e à água, cultivam solos empobrecidos e muito
vulneráveis à degradação. No mundo, 40% das terras mais degradadas ficam em
áreas com altos índices de pobreza.
As mudanças
climáticas como fator de risco para a degradação dos solos na ALC
As mudanças climáticas alteram o
comportamento das chuvas e temperaturas e há projeções para a região de alterações
relevantes nos ecossistemas agrários como são atualmente conhecidos. Na ALC, as
mudanças nos padrões de precipitação, temperaturas máximas, mínimas e médias
afetarão o desempenho das lavouras de alimentos básicos, como o trigo, arroz e
feijão, gerando pressão sobre as áreas não agrícolas para transformá-las em
áreas para a produção de alimentos. Tal fato junto com o crescimento projetado
da população mundial e a correspondente demanda por alimentos, fazem das
mudanças climáticas um risco adicional para a degradação do solo e da água,
devido à expansão das áreas de cultivo e da intensificação da produção. Por
exemplo, espera-se que em meados do século haja uma substituição gradual da
floresta tropical por savanas no leste da Amazônia, e no semiárido a vegetação
deverá ser substituída por vegetação de áreas áridas, devido ao aumento da
temperatura e diminuição da água no solo.
Atividade
A partir da leitura do texto responda: como a
agricultura e as mudanças climáticas afetam os recursos hídricos e os solos na
América Latina?
Nenhum comentário:
Postar um comentário