Plano
de aula não presencial EE
Rodrigues Alves |
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Professor: Cláudio |
Disciplina: Eletiva – Geografia do Futebol |
Classes:6º B |
Data: 09 a 13 de novembro. |
Objetivo da aula: Compreender a questão do preconceito em
relação ao futebol feminino. |
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Habilidade da aula: Ser capaz de
compreender e respeitar a inclusão da mulher na prática do futebol. |
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Conteúdo
da aula: Opinião: futebol feminino pede respeito. Mas é preciso mais
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Roteiro da
atividade: A partir da
leitura do artigo responda: quais os principais obstáculos enfrentados pelas
mulheres na prática do futebol? |
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Informações adicionais sobre a elaboração e entrega das
atividades: Vídeos complementares na página do facebook Virtua
professor Claudio - @claudioteacher |
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Data da entrega: 16 de novembro. |
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E mail onde o aluno deverá entregar a atividade: claudiogoncalves@professor.educacao.sp.gov.br |
Opinião: futebol feminino pede respeito. Mas é preciso mais
O Corinthians fez campanha contra o preconceito no esporte.
Mas atletas ainda sofrem com condições inadequadas de trabalho
Dia de jogo na Arena Corinthians. Não parecia. O
metrô não estava nem perto de lotado. Poucas camisas do Corinthians nos trens
da linha vermelha, com ponto final no estádio em Itaquera, na Zona Leste de São
Paulo. No entorno da arena que recebeu a
abertura da Copa do Mundo de 2014, poucos torcedores – a maioria meninas e
mulheres em grupos. Em alguns pontos, o
número de policiais era maior que o de pessoas indo ao jogo. Ao fim da partida,
o sistema de som anunciou público: quase 4.000 pessoas, menos de 15% da média
do time – em 2018. Os dados não estão errados. Esse foi o quadro do pontapé
inicial para a campanha no Campeonato Brasileiro de futebol feminino – vitória
corintiana por 4 a 1 sobre o São Francisco do Conde, da Bahia, no último dia
25. Mas além do resultado, ocorreu outro fato de peso no estádio. As meninas
que defendem o Corinthians neste ano, depois do fim da parceria com o Audax,
foram as estrelas de uma ação contra o preconceito no futebol feminino. Depois
de emplacar a campanha, no Dia Internacional da Mulher, #RespeitaAsMinas, em
movimento conjunto com o projeto “Não é não”, que luta contra o assédio em
espaços públicos, agora o mote é outra hashtag, a #CaleOPreconceito: as atletas
entraram em campo com frases de cunho machista estampadas na camisa. No lugar
no patrocinador máster, espaço nobre no centro da camisa, por exemplo, veio
escrito “Mulher é na cozinha e não jogando futebol”. O objetivo é fazer com que empresas cubram
essas frases com suas marcas e briguem com o machismo no esporte – e de quebra
ajudem o time feminino a se tornar autossustentável. É preciso mais gente
comprando essa briga. Poucos clubes, e acanhadamente, lançam campanhas. A CBF, que
também organiza as competições nacionais femininas, não tem uma iniciativa
exclusiva para tratar do preconceito e do machismo contra as mulheres. A
entidade afirma que não existe nenhuma ação prevista para o Campeonato
Brasileiro Feminino – mas fez duas campanhas contra qualquer tipo de
preconceito. Apesar de poucos se levantarem efetivamente contra a
discriminação, o Regulamento de Licença dos Clubes de 2017 da CBF trouxe uma
mudança que vai auxiliar no desenvolvimento da modalidade. Todos os clubes da Série A do Campeonato
Brasileiro masculino têm de montar seus times femininos ainda este ano. O São Francisco do Conde, por exemplo,
utilizará o uniforme do Bahia a partir da segunda rodada do Brasileiro
Feminino, por uma parceria feita entre os clubes – algo aceito pelo
documento. Na Expedição Vozes do
Futebol, viagem a dez cidades do Brasil que trouxe grandes histórias do
esporte, dois times do Campeonato Goiano, o Clube Jaó e o Campineira, admitiram
que tratavam de acordo com clubes da cidade, da Série B. Os times da segunda
divisão têm até o ano que vem para montar o departamento feminino. O jogo entre
Corinthians e São Francisco do Conde e todas as outras sete partidas da
primeira rodada da competição não foram televisionados – uma webtv, em parceria
com a CBF, exibiu duas partidas: uma da primeira e uma da segunda divisão,
apenas com som ambiente, sem narração, sem comentários e sem reportagem de
campo. O Corinthians mostrou seu jogo pelo canal no YouTube do clube, com
equipe de transmissão e a ex-jogadora da seleção brasileira Milene Domingues
nos comentários. O SporTV, canal
esportivo da Globo, vai transmitir os confrontos da segunda fase do Brasileiro
Feminino. A seleção brasileira foi heptacampeã recentemente da Copa América,
garantiu a primeira vaga do Brasil na Olimpíada de Tóquio 2020 e carimbou o
passaporte para a Copa do Mundo na França no ano que vem. Tudo isso com Marta,
Cristiane e Formiga, essa última aos 40 anos, fazendo parte do time. Além da
CBF, que exibiu os últimos três jogos pelas suas redes sociais, nenhum canal
transmitiu. As ações pelo esporte e contra o preconceito trazem à discussão
questões que devem ser amplamente combatidas. Mas não são as únicas. A
Expedição Vozes do Futebol mostrou iniciativas fantásticas com apenas o mínimo
das condições necessárias. Em Fortaleza, no Ceará, Francisco
Chagas toca o projeto social Associação Menina Olímpica há doze anos
e acabou de conseguir uma parceria com o Ceará e terá condições adequadas para
trabalhar, com remuneração para comissão técnica e atletas. Claudir
Oliveira, zagueiro campeão brasileiro pelo Bahia em 1988, fundou o Juventude
Esportiva em Vitória da Conquista, equipe que disputa o campeonato baiano
feminino e mantém as portas abertas com alguns patrocínios pontuais, mas ainda
não consegue remunerar suas atletas. O futebol feminino precisa de espaço
adequado para treinar, uniformes do tamanho certo – não sobras do material do
time masculino – e salários para que possam se dedicar à vida de atleta de alto
rendimento. A reivindicação não é receber cifras como do futebol masculino – a
luta é pelo básico: profissionalismo e respeito.
Atividade
A partir da leitura
do artigo responda: quais os principais obstáculos enfrentados pelas mulheres
na prática do futebol?
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