Plano
de aula não presencial EE
Rodrigues Alves |
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Professor: Cláudio |
Disciplina: Geografia |
Classes: 8º s A/B |
Data: 23 a 27 de novembro |
Objetivo da aula: Discutir a questão das desigualdades
sociais na América Latina. |
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Habilidade da aula: (EF08GE20B) Analisar
as desigualdades sociais e econômicas de países e grupos de países da América
e da África, relacionar com as pressões sobre a natureza e a apropriação de
suas riquezas e discutir as consequências para as populações desses países e
impactos para biodiversidade. |
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Conteúdo da aula: Por que
a América Latina é a 'região mais desigual do planeta'
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Roteiro da atividade: A partir da leitura do texto responda: quais
são as principais causas e consequências das desigualdades na América Latina? |
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Informações adicionais sobre a elaboração e entrega das
atividades: Se possível, pesquisar mais sobre o assunto na internet. Vídeos complementares na página do facebook Virtua professor
Claudio - @claudioteacher |
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Data da entrega:30 de novembro |
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E-mail onde o aluno deverá entregar a atividade: claudiogoncalves@professor.educacao.sp.gov.br |
Por que a
América Latina é a 'região mais desigual do planeta'
Quem mora
em Paraisópolis, uma das maiores favelas de São Paulo, vive em média 10 anos
menos do que os moradores do Morumbi
A América Latina é tão desigual que uma
mulher em um bairro pobre de Santiago, capital do Chile, nasce com uma
expectativa de vida 18 anos menor que outra de uma área rica da mesma cidade,
segundo um estudo.
Em São Paulo, essa lógica também ocorre. Quem mora em Paraisópolis, uma
das maiores favelas da cidade, vive em média 10 anos menos do que os moradores
do Morumbi, bairro rico ao lado da comunidade, de acordo com o Mapa da Desigualdade,
da ONG Rede Nossa São Paulo, que compila dados públicos.
A grande disparidade latino-americana também envolve a cor da pele ou a
etnia: em comparação com os brancos, os negros e indígenas têm mais
possibilidades de ser pobres e menos de concluírem a escola ou conseguirem um
emprego formal.
A América Latina foi apontada como a região do mundo com a maior
desigualdade de renda no relatório de desenvolvimento humano de
2019 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), lançado em
dezembro.
Os 10% mais ricos da
América Latina concentram uma parcela maior da renda do que qualquer outra
região (37%), afirmou o relatório. E vice-versa: os 40% mais pobres recebem a
menor fatia (13%). Muitos têm apontado essa desigualdade como uma das
explicações para a onda de protestos que varreu recentemente alguns países da
América Latina, como Chile, Peru e Bolívia. Apesar dos avanços econômicos e
sociais nos primeiros anos deste século, a América Latina ainda é "a
região mais desigual do planeta", alertou a Comissão Econômica para a
América Latina e o Caribe (Cepal) em várias ocasiões. A questão, então, é por
que esse cenário ainda continua.
A resposta, segundo historiadores, economistas e sociólogos, começa
alguns séculos atrás.
"Pode-se dizer que o passado colonial criou as condições para a
desigualdade", diz à Joseph Stiglitz, Prêmio Nobel de Economia, à BBC News
Mundo, serviço de notícias em espanhol da BBC.
Uma
história antiga
Segundo Stiglitz, a exploração dos colonizadores semeou a desigualdade
na América Latina, bem como a distribuição desigual de terras nas economias
agrárias contribuiu para "a criação de algumas famílias muito ricas e
muitas famílias muito pobres".
Em vários países da América Latina, assim como nos Estados Unidos, um
grande elemento racial desempenhou um papel em pelo menos uma dimensão da
desigualdade", diz o ex-economista-chefe do Banco Mundial e atual
professor da Universidade de Columbia, em Nova York.
E isso parece longe de ser apenas uma questão do passado.
Na América Latina, a
incidência de pobreza é ainda maior nas áreas rurais, e entre indígenas e
negros, afirmou a Cepal em relatório de 2019 sobre o cenário social da região.
De acordo com o documento, embora tenha havido uma leve redução recente, a taxa
de pobreza dos indígenas em 2018 foi de 49%, o dobro do registrado para a
população não indígena nem negra. E a taxa de extrema pobreza alcançou o triplo
(18%).
No México, os indígenas representam aproximadamente 15% da população, e
quase três quartos deles vivem na pobreza. Um estudo da organização Oxfam
indicou, em agosto, que 43% dos indivíduos que falam um idioma nativo não
concluíram o ensino fundamental, e apenas 10% têm trabalho formal ou é
empregador.
Círculo
vicioso
Existem outros fatores por
trás do abismo social na América Latina, que carrega a reputação de região
"mais desigual" desde os anos 1980. Hoje, a região também é uma das
mais urbanizadas do mundo. As rápidas migrações da população rural para as
cidades, porém, ocorreram no último meio século de maneira desordenada. Em
muitas áreas de expansão das cidades, o Estado não foi eficiente em promover
serviços públicos como educação ou saúde. Um estudo publicado pela revista The
Lancet em dezembro descobriu grandes diferenças na expectativa de vida nas
cidades da América Latina. E essas lacunas dependem, por exemplo, do bairro
onde as pessoas moram: se ele for mais pobre, a tendência é de que seus
moradores vivam menos do que os habitantes de regiões mais ricas. Em Santiago,
as mulheres mais pobres vivem quase 20 anos a menos que as mais ricas. Na
Cidade do México, os homens de bairros mais pobres morrem 11 anos antes que os
mais ricos.
Stiglitz, que escreveu
vários livros sobre desigualdade, observa "um círculo vicioso" na
região. "Um alto nível de desigualdade econômica cria sistemas políticos
que ajudam a perpetuar essa economia", explica. "Então esses sistemas
não investem muito em educação, por exemplo."
Ele também afirma que economias baseadas em recursos naturais, como as
da América Latina, tendem a ser caracterizadas pela desigualdade. "A
riqueza do continente vem da renda associada aos recursos naturais",
explica. "E, na sociedade, há uma briga por quem recebe a renda."
No entanto, outros países ricos em recursos naturais, como a Noruega ou
a Austrália, escapam dos grandes problemas da desigualdade latino-americana.
A chave nesses casos, dizem os especialistas, é ter instituições que
permitam um gerenciamento mais eficiente das receitas para impulsionar o
desenvolvimento. E isso também é escasso na América Latina.
Atividade
A partir da leitura do texto responda: quais
são as principais causas e consequências das desigualdades na América Latina?
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