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quinta-feira, 24 de setembro de 2020

 

Plano de aula não presencial

EE Rodrigues Alves

Professor: Cláudio

Disciplina: Geografia

Classes: 1os E e F (EJA)

Data: 28 de Setembro a 02 de outubro.

Objetivo da aula: Compreender os principais conflitos dentro do contexto global.

Habilidade da aula: Aplicar o conceito de ordem mundial considerando as diferentes formas de poder entre as nações

Conteúdo da aula: Conflitos étnicos  (recuperação de conteúdo)

 

Roteiro da atividade:

Faça uma análise sobre as causas e consequências dos conflitos descritos no texto.

Informações adicionais sobre a elaboração e entrega das atividades:

Vídeos complementares na página do facebook Virtua professor Claudio - @claudioteacher

 

Data da entrega:05 de outubro.

E mail onde o aluno deverá entregar a atividade:

claudiogoncalves@professor.educacao.sp.gov.br

 

Conflitos étnicos

Um resumo dos principais conflitos étnicos e separatistas do mundo.

 

As divisões territoriais dos Estados-nações na grande maioria das vezes aconteceram de acordo com as ordens de poder de cada nação ou civilização. Dessa forma, o estabelecimento das fronteiras quase nunca representou a diversidade étnica das mais diversas regiões do mundo. Como herança, existem no mundo inúmeros conflitos étnicos e separatistas, que visam à emancipação ou independência de alguns povos, ou a disputa de um mesmo território por duas ou mais nações.

Conflitos na Irlanda do Norte

 

O conflito na Irlanda do Norte se estende desde o século XX, quando a população da Irlanda iniciou inúmeros protestos contra a dominação do Reino Unido sobre o país. Com isso, a ilha foi dividida em Irlanda e Irlanda do Norte, a segunda ainda sob o domínio britânico. Na Irlanda do Norte, a maioria protestante (58%) da população se manifesta em apoio à integração do país à Grã-Bretanha, enquanto a minoria católica defende a independência e a integração com a Irlanda (onde os católicos formam ampla maioria). Com isso, muitos conflitos, protestos e atentados dos dois lados aconteceram – com destaque para a organização terrorista católica IRA (Irish Republican Army – Exército Republicano Irlandês). Em 1999, foi assinado um acordo no qual o IRA aceitou depor as suas armas. Nesse acordo, a Irlanda do Norte continuou pertencendo ao Reino Unido, entretanto, seria montado no país um governo autônomo no qual os católicos teriam direito a voz.

Espanha: catalães e bascos

 

A Espanha apresenta duas grandes nações, além dos espanhóis, dispostas em seu território: os catalães e os bascos. Ambas desejam a formação de seus respectivos Estados Nacionais, com a diferença de que, entre os bascos, existem ações e programas separatistas mais radicais. A estratégia catalã é tentar através da via institucional a conquista de sua independência e a criação do País da Catalunha. Entretanto, em 2010, o Tribunal Constitucional da Espanha rejeitou oficialmente o reconhecimento da Catalunha como uma nação, negando ações judiciais que solicitavam a preferência do uso do catalão em detrimento do espanhol nos órgãos públicos da região. Caso tal reconhecimento tivesse sido firmado, o movimento pela emancipação dos catalães poderia ganhar maior força.

Entre os bascos foi criada, em 1975, em busca da independência, a organização terrorista ETA (sigla em basco que significa Pátria Basca e Liberdade). Essa organização teve o intuito inicial de combater o ditador espanhol Francisco Franco que realizou uma violenta repressão sobre os bascos.

Após a redemocratização do país, os bascos conseguiram certa autonomia política na região, mas sem deixarem de pertencerem ao território espanhol. Com isso, mesmo sem o apoio da população, o ETA prosseguiu com a realização de duros e violentos atentados. Em 2007, finalmente resolveram depor as suas armas.

Ruanda e Burundi: hútus x tútsis

 

Os territórios dos países Ruanda e Burundi são palco de uma sangrenta luta entre Hútus e Tútsis, duas etnias africanas que lutam pelo controle territorial desses dois países. Ambos os territórios, após a partilha da África, formavam um único país, denominado Ruanda-Urundi, que pertencia à Alemanha. Após a derrota dos alemães na Primeira Guerra Mundial, a partir de 1919, o país passou a pertencer à Bélgica. Os belgas então escolheram a minoria tútsi (15% da população) para governar o país, subjugando a maioria hútu. Em 1959, após inúmeros protestos dos hútus, houve uma separação entre Ruanda e Burundi. Em 1961, Ruanda conseguiu a sua independência e passou a ser uma República administrada, dessa vez, pelos hútus. Os tútsis, perseguidos, exilaram-se nos países vizinhos, inclusive em Burundi, que também conseguira sua independência. Ao longo dos anos, os conflitos entre Ruanda e Burundi e entre hútus e tútsis até hoje se mantêm, com sucessivas tréguas e retomadas de embates, acarretando em uma grande quantidade de mortes na região.

Conflito de Darfur, Sudão.

 

Darfur é uma região localizada na porção Oeste do Sudão, país do continente africano. Nesse local ocorre, desde 2003, uma dura guerra civil entre povos islâmicos e não islâmicos. O governo sudanês vem apoiado o grupo miliciano árabe denominado Janjaweed, que vem perseguindo e aniquilando os povos não arabizados ou árabes não mulçumanos, que lideram uma resistência armada. Apesar do Conflito de Darfur ter iniciado em 2003, o Sudão – que é, atualmente, o maior país da África – sofre com as sucessivas guerras civis desde 1956, quando conseguiu sua independência junto ao Reino Unido. Em 2006, o Conselho de Segurança da ONU enviou tropas para a intervenção sobre o conflito e impôs sérias sanções sobre o governo sudanês a fim de coibir o comércio e a proliferação de armas no país. Entretanto, o Sudão continua fornecendo armas para os Janjaweed e a guerra civil – a terceira da história do país – parece estar longe de terminar.

Conflitos na região da Caxemira: Índia x Paquistão

 

A Caxemira é uma região montanhosa localizada ao norte da Índia e a Nordeste do Paquistão e tem sido alvo de disputas entre Índia, China e Paquistão desde 1947, após o fim da dominação colonial imposta pelo Reino Unido. Ao final da dominação colonial britânica, o vasto território das Índias Britânicas dividiu-se entre Índia e Paquistão, porém a região da Caxemira, de maioria islâmica, mas com governo hindu, ficou sem um rumo certo. Com isso, decidiu-se que a região formaria um território autônomo, o que provocou uma série de rebeliões da maioria muçulmana sobre o governo hindu. O governo, então, solicitou apoio à Índia, que passou a intervir militarmente na região. Em resposta, o Paquistão também enviou tropas em apoio aos muçulmanos. O conflito teve um fim com o estabelecimento de uma divisão territorial em duas zonas, uma paquistanesa, outra indiana. Porém, os conflitos ainda perduram e a região atualmente é ocupada pelos dois países e também pela China, que vê na região uma posição estratégica para ter acesso ao Tibete e a Sinkiang, localidades sob o domínio chinês.

Os Curdos

 

Os Curdos são atualmente conhecidos por formarem a maior nação sem pátria do mundo. Trata-se de uma etnia composta por mais de 40 milhões de pessoas que habitam regiões do Iraque, Irã, Síria e Turquia. Os curdos sofrem duras repressões dos países onde habitam. No Iraque, a ditatura de Saddam Hussein executou milhares de curdos. Na Turquia, eles também sofrem muitas repressões do Governo, que teme a perda de seu território. A independência e criação de um Estado Curdo – o Curdistão, como reivindicam os curdos – é muito improvável, uma vez que o território do novo país ocuparia todo o centro-sul da Turquia e partes da Síria e do Iraque, uma região extremamente estratégica por conter as nascentes dos rios Tigres e Eufrates, que abastecem boa parte do Oriente Médio.

Atividade

Faça uma análise sobre as causas e consequências dos conflitos descritos no texto.

 

 

 

 

 

 

 

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