Plano de aula não presencial
EE Rodrigues Alves
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Professor:
Ailton
Carlos Santos
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Disciplina:
Língua
Portuguesa
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Classes:
2º M
A,B e C
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Data:
08 a 12
de junho
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Objetivo
da aula: Conceituar
o gênero argumentativo artigo de opinião valorizando as relações entre esse
gênero e o mundo do trabalho
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Habilidade
da aula: Reconhecer diferentes elementos que estruturam o texto argumentativo
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Conteúdo
da aula: Artigo de opinião – contexto de produção
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Roteiro
da atividade:
Assistir as aulas propostas no Centro de Mídias (app e TV)
Leitura do artigo de opinião “Drogas e o discurso proibitivo”.
Responder as questões relacionadas ao texto.
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Informações
adicionais sobre a elaboração e entrega das atividades:
Você pode copiar a atividade no caderno, responder, tirar uma
foto e enviar por email ou
Você pode responder no arquivo word e enviar para o email.
Não esqueça de identificar a atividade com nome completo,
número e termo
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Data
da entrega: até 19 de junho de 2020
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E
mail onde o aluno deverá entregar a atividade:
proailtonsantos@hotmail.com
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EE RODRIGUES ALVES
NOME___________________________________________nº______2ºM______
Artigo:
Drogas
e o discurso proibitivo
Cezar
Bueno
O
endurecimento atual das políticas antidrogas busca fundamentação moral e
política no passado recente. Desde o início do século XIX, nos EUA, as
instituições oficiais e setores da sociedade civil, tendo à frente a supremacia
dos homens brancos, desconfiavam dos hábitos exóticos das minorias que vinham
da África e do Oriente Médio fazer concorrência no mercado de trabalho norte-americano,
impulsionado pelo rápido desenvolvimento do capitalismo industrial. A entrada
de grupos humanos, com usos e costumes considerados exóticos, não demorou cais
na mira do etiquetamento penal nos EUA. Os negros foram tachados como consumidores
de cocaína; os chineses como viciados em ópio; os irlandeses como gambás humanos
movidos a álcool; os mexicanos e outros hispânicos como indolentes, libidinosos
e fumadores de maconha. Os usos e costumes desses grupos marginais, envolvidos
com o uso de substâncias que alteram o estado de funcionamento da mente,
entravam em confronto com as exigências econômicas, os interesses políticos e
os valores morais cultuados na América do Norte.
A influência
histórica das políticas proibicionistas arquitetadas pelo governo norte-americano
contaminou uma pluralidade de saberes. Hoje, sociólogos, assistentes sociais,
promotores, juízes e técnicos sociais dão a entender que a miséria das drogas
parece superar, em termos de propensão à prática de atos anti-sociais graves,
as misérias materiais produzidas pelo capitalismo selvagem.
Discursos
oficiais e acadêmicos costumam fazer associações mecânicas entre o consumo de
drogas e a prática de atos infracionais violentos. Uma leitura ingênua e
superficial acerca das drogas supõe fazer acreditar que o perigo social do
crime e da violência exclui, por exemplo, os jovens filhos drogados e medicalizados
da classe média e recai sobre os ombros dos jovens miseráveis e brutalizados das
periferias.
Sabe-se,
no entanto, que não é possível fazer uma associação mecânica entre o consumo de
drogas e a prática de agressões físicas violentas. Muitos adolescentes, filhos
da classe média brasileira e de outros países, divertem-se nas festas rave,
consomem álcool ou substâncias entorpecentes, porém, raramente ocupam o
noticiário na mídia registrando tragédias e mortes prematuras.
Faltam
debates mais amplos e atualizados acerca das drogas. A insistência na
formulação de políticas legislativas demagógicas e penalizadoras contribuem
para rotular, por antecipação, milhares de jovens e famílias que habitam os
cinturões urbanos das senzalas urbanas. O debate e as possíveis soluções para enfrentar
a escala da produção, da distribuição e do consumo de drogas devem ocupar o centro
dos debates políticos e acadêmicos sem rótulos ou ideologias políticas preestabelecidas.
As saídas eficazes para enfrentar o aumento do consumo de drogas já não podem
ignorar os interesses econômicos e apelos culturais que tornam o mercado ilegal
das drogas atraente e promissor.
CEZAR
BUENO é professor de Sociologia na Unifil e na PUC-PR, campus
Londrina.
Texto
extraído do jornal Folha de Londrina de 19/08/2007.
1 – O
papel social assumido influencia no posicionamento do autor? De que forma?
2 –
Qual o posicionamento do autor sobre o tema abordado?
3 –
Qual argumento mais convincente, na sua opinião, que o autor utiliza?
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