EE Rodrigues
Alves
|
|
Professor:
RENATO SAIFI
|
Disciplina:
SOCIOLOGIA
|
Classes:
2º ANO A, B, C
|
Data:
12 a 27 de MAIO
|
Objetivo
da aula: Dinâmica de grupo social na pandemia.
|
|
Habilidade da aula:
- Comparar, diferenciar, agrupar as sociedades
-
Classificar atitudes, ações, fatos e valores
-
Desenvolver a comparação e observação crítica
|
|
Conteúdo
da aula: Pandemia e dinâmica social
|
|
Roteiro
da atividade: Ler o
texto " O COVID E AS DESIGUALDADES
BRASILEIRAS" e responder as perguntas do exercício.
O COVID E AS DESIGUALDADES BRASILEIRAS
Duas grandes áreas têm dado o tom do debate sobre o COVID-19: a saúde
e a economia. A pandemia é, sem dúvida, uma questão seríssima para a saúde
pública e seus impactos econômicos são profundos. Por isso, qualquer
discussão consequente sobre a pandemia precisa passar por essas áreas.
Contudo, há uma outra área que também precisa de atenção nesse momento e vem
sendo negligenciada: a assistência social.
Nos últimos dias, a ideia de que o novo vírus igualou a todos se
transformou em lugar comum. A afirmação tem algo de justificável, pois ele
afeta potencialmente a todos os humanos, tornados mais vulneráveis por serem
humanos. No entanto, o vírus não se espalha em tábula rasa. Do mesmo modo
que, em termos médicos, há “grupos de risco”, seus efeitos variam conforme
países, regiões, condições sociais… O COVID-19 afeta desigualmente os
desiguais.
Tomemos como exemplo a recomendação de saúde mais recorrente: lavar as
mãos frequentemente. Simples assim! Mas é simples apenas para uma parcela da
população. No Brasil, o acesso ao saneamento básico é um privilégio. Por
aqui, milhões não têm acesso à água de qualidade, de modo que, enquanto para
parte da população basta mudar um pouco seus hábitos, outra não pode comprar
sabão, não tem água em casa ou sequer tem casa.
Outra recomendação frequente é evitar aglomerações. Diante dela, as
compras online passaram a ser uma opção de abastecimento para muitas
famílias, especialmente em grandes cidades. Mas isso só é possível para quem
dispõe de cartão de crédito ou débito, de acesso a algum dispositivo
eletrônico conectado à internet, e têm familiaridade com sites ou
aplicativos. Mas há muitas pessoas que não têm todas (ou quaisquer) dessas
condições garantidas. Elas não possuem pacote de dados suficiente, não contam
com limite disponível no cartão, estão endividadas ou simplesmente estão fora
do sistema bancário. Para todas elas, resta ir aos mercados, expondo-se à
contaminação e tornando-se agentes potenciais de transmissão ao retornarem
para suas casas e comunidades. A dificuldade de se manter uma distância
segura entre indivíduos também é a realidade de pessoas que vivem em espaços
exíguos e precários, como favelas, cortiços, ocupações ou palafitas.
Além do fato de algumas das recomendações “básicas” não serem tão
simples quando não se tem o “básico”, algumas das medidas indicadas por
especialistas em saúde pública no mundo todo – que, ressaltamos, são
fundamentais – podem levar ao surgimento de novas dificuldades ou ao
acirramento de problemas já bem conhecidos pela assistência social.
Por exemplo, o fechamento de serviços que fazem parte da Proteção
Social Básica, como os Centros para Crianças e Adolescentes (CCAs), os Centro
para Juventude (CJ), e aqueles voltados para idosos, tende a acontecer em
todo o país para diminuir a contaminação. Adequada do ponto de vista da
saúde, a medida gerará um aumento no tempo de confinamento das famílias. Com
o passar dos dias, semanas ou mesmo meses, a tensão nos lares deve aumentar
em função do convívio intensificado, mas também da apreensão relativa à
provável perda de trabalho e renda, em especial no que tange a pessoas em
situação de maior vulnerabilidade. Essa tensão pode levar ao aumento da
violência contra mulheres, idosos, crianças e adolescentes. Ainda, com a
suspensão das aulas nas escolas, perdemos importantes aliados – profissionais
da educação – na identificação de casos de crianças violentadas.
Já o fechamento dos centros de idosos e as restrições de visitas a
esse grupo, ainda que seja a medida sanitariamente mais recomendável, pode
aumentar a solidão. Embora afete parcela expressiva da população,
principalmente em grandes centros urbanos, a solidão afeta ainda mais os
idosos. Tema pouco discutido no Brasil, ele tem sido concebido como um dos
maiores desafios de saúde pública dos nossos tempos. Em 2018, o Reino Unido
criou inclusive uma estratégia para lidar com isso. Uma das medidas implementadas
foi a “prescrição social”, ou seja, a indicação médica de que os pacientes
realizassem atividades e trabalhos comunitários, com apoio personalizado,
visando melhorar sua saúde e bem-estar. Diante da pandemia viral, a indicação
é o oposto disso, e o isolamento social pode agravar os casos de solidão.
Em um país com tantas desigualdades como o nosso, que assiste
recentemente o aumento da pobreza e da extrema pobreza, apontado pelo IBGE, a
chegada do COVID-19 tem um efeito enorme em toda a sociedade, mas os mais
vulneráveis estão ainda mais expostos. As preocupações acerca dos impactos do
vírus sobre os trabalhadores informais e desempregados têm, muito
pertinentemente, povoado o debate público. Mas é preciso estarmos atentos a
outros grupos em extrema vulnerabilidade. Além dos apontados até aqui, há
imigrantes, refugiados, dependentes químicos, pessoas em situação de rua e
pessoas com deficiências, para citarmos alguns, que precisam cotidianamente
da assistência social. Mais do que nunca, nesse momento de crise, os serviços
e equipamentos da assistência precisam estar ativos para garantir proteção e
efetivação dos direitos sociais para TODA a nossa sociedade.
Se por um lado, para assegurar a vida, as necessárias medidas
sanitárias podem implicar na deterioração das condições de vida,
especialmente dos que não têm uma rede de apoio sustentada, por outro, muitas
estratégias e ações solidárias surgiram nas últimas semanas no sentido de
amenizar as dificuldades do isolamento. Atividades para crianças e idosos foram
disseminadas pelas redes sociais, voluntários se ofereceram para fazer
compras para quem faz parte de “grupos de risco”, atendimentos psicológicos
gratuitos online foram oferecidos, e momentos de interação de vizinhos pelas
varandas circularam por todo o mundo… Mas para lidar com as situações mais
complexas, é urgente repensarmos e ampliarmos de maneira radical a rede de
proteção social no Brasil, com a participação de famílias, comunidades,
organizações da sociedade civil, empresas privadas e governos.
Enquanto alguns equipamentos precisaram ou precisarão ser fechados e
alguns serviços interrompidos, milhares de profissionais da assistência
social e tambem da saude, seguem com a sua rotina, agora necessariamente
intensificada. Assumem o risco do não isolamento para atuar nos serviços de
alta complexidade, protegendo e acolhendo as pessoas em situação de rua,
idosos, mulheres, crianças e adolescentes vítimas de violência…
Assim, as mobilizações para fortalecer o SUS e minimizar os impactos
econômicos são cruciais. Mas também é fundamental o fortalecimento do Sistema
Único de Assistência Social (SUAS). São tarefas desafiadoras, mas não
excludentes. Precisamos de mais máscaras, respiradores e UTIs, assim como
temos que assegurar renda diante do agravamento das dificuldades econômicas
de grande parte da população, mas também é preciso garantir e intensificar a
proteção social brasileira para salvar vidas. Agora e no pós Covid-19.
Burgos,Fernando. Covid 19
Desigualdade Brasileiras. O Estado de Sâo Paulo.
EXERCÍCIO
Após ler o texto acima
, responda as seguintes questôes:
1) Para evitar a
contaminação ou transmissao do virus COVID 18, os orgãos de saude recomendam
lavar as mãos com frequencia com agua e sabão ou o uso de alcool gel .
Explique por que nem todos brasileiros tem condição de adotar essas recomendações
.
2) Muitas pessoas durante a pandemia, fazem compra on line do que
necessitam para alimentação,para evitar aglomeração .
DIga o que é necessario
para fazer pagamento de compras on line , e diga qual são as alternativas
para quem não tem condiçções de fazer compras on line durante a pandemia.
3) s idosos são um dos
grupos de maior risco na pandemia, então devem estar sob isolamento mais rigido, o que pode levar a
uma maior solidão .
Qual foi a ação do Reino Unido em 2018 , para lidar com a
solidão dos idosos ?
4) Qual grupo de
profissionais deixam o isolamento, arriscando a vida, para cuidar das pessoas
?
|
|
Informações
adicionais sobre a elaboração e entrega das atividades: DEVEM SER
ENVIADAS AS PERGUNTAS E RESPOSTAS DO EXERCICIO - NÃO ESQUEÇAM DE COLOCAR NOME, NÚMERO E SÉRIE NAS ATIVIDADES
|
|
Data
da entrega: 27/05/2020
|
|
E
mail onde o aluno deverá entregar a atividade: renato.sociologiara@gmail.com
|
Total de visualizações de página
Páginas
segunda-feira, 11 de maio de 2020
PROFESSOR RENATO - SOCIOLOGIA - 2º ANO A, B, C
Assinar:
Postar comentários (Atom)
-
Plano de aula não presencial EE Rodrigues Alves Professor: MARTA REGINA ROCHA Disciplina: PORTUGUÊS ...
-
Plano de aula não presencial EE Rodrigues Alves Professor: MONICA TIBE B I Disciplina: Eletiva- Cul Turismo Classes: 8º e 9º ANOS Data...
-
Plano de aula não presencial EE Rodrigues Alves Professor: FABIANA X.R.DOMINGUES Disciplina: ARTE Classes: 9ºA...
-
-
PROJETO DE VIDA 9º ano - ENSINO FUNDAMENTAL Professora Amélia Natalina Constante Garcia - 2021 Responda em seu Diário de Bordo Questão 1 ...
-
-
PLANO DE AULA DE ARTE Estamos vivendo um período de aulas e ações diferentes das que conhecíamos. As aulas presenciais agora são substit...
-
Plano de aula não presencial EE Rodrigues Alves Professor: Cláudio Disciplina: Geografia ...
-
ATIVIDADE DE BIOLOGIA - 2° BIMESTRE 1°M A, B e C / 2°M A, B e C / 3°M A e B PROF. ALCIDES 1) Nossa casa, nosso lixo. Com...
-
Plano de aula não presencial EE Rodrigues Alves Professor: RENATO SAIFI Disciplina: SOCIOLOGI...
Nenhum comentário:
Postar um comentário