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segunda-feira, 18 de maio de 2020

Plano de aula não presencial - Geografia - Profº Claudio

Plano de aula não presencial
EE Rodrigues Alves
Professor: Cláudio
Disciplina: Geografia
Classes: 1os C e D (EJA)
Data:18 a 22 de maio
Objetivo da aula: Analisar as teorias sobre o formato da Terra.
Habilidade da aula: Compreender o porquê da formulação das teorias sobre a formato da Terra.
Conteúdo da aula: A forma da Terra/ Terraplanismo e as Teorias conspiratórias.
Roteiro da atividade:
Ler os dois textos com atenção e produzir uma análise crítica comparando as duas teorias.

Informações adicionais sobre a elaboração e entrega das atividades:

Data da entrega:25 de maio
E mail onde o aluno deverá entregar a atividade:
claudiogoncalves@professor.educacao.sp.gov.br

A forma da Terra

A Terra é o terceiro planeta do sistema solar, tendo como referência o Sol. Somente nela

é possível encontrar água no estado líquido, sendo que mais de 70% de sua superfície é

coberta por essa substância. Outra característica peculiar da Terra é que, até o momento,

é o único planeta que abriga seres vivos. Durante muitos anos, a forma da Terra foi

motivo de debates e elaboração de teorias. Na Antiguidade, alguns estudiosos

acreditavam que esse planeta era plano, no entanto, muitos sábios já afirmavam que a

Terra apresentava formato “arredondado”. O aprimoramento das técnicas cartográficas e

o desenvolvimento tecnológico foram de fundamental importância para esclarecer tal

fato. Com a utilização de instrumentos altamente avançados, como, por exemplo, os

satélites artificiais e as sondas espaciais, foi possível estabelecer que a Terra possui

cerca de 510 milhões de quilômetros quadrados. Outra importante confirmação refere-se

à sua forma: um geoide, com leve achatamento nos polos. De acordo com a União

Astronômica Internacional (UAI) e a União de Geodésia e Geofísica Internacional

(UGGI), esse achatamento é pequeno, visto que o diâmetro da Terra no sentido da linha

do Equador é de 12.756 quilômetros, enquanto entre os polos Norte e Sul é de 12.714

quilômetros, ou seja, uma diferença de apenas 42 quilômetros.




A superfície terrestre é irregular, característica que impossibilita a sua representação no

plano (papel) sem que haja deformações. Seu formato está em constante modificação,

consequência das ações erosivas, dos vulcões, do movimento das placas tectônicas, dos

ventos, das chuvas, do homem, etc. A Terra continua sendo alvo de muita curiosidade

do ser humano, que busca desenvolver novos métodos para aperfeiçoar sua

caracterização. Nesse sentido, altos investimentos são direcionados com o intuito de

reduzir as distorções durante a representação desse planeta.




TERRAPLANISMO E AS TEORIAS CONSPIRATÓRIAS

Agora, se há tantas evidências que comprovam a esfericidade da Terra, o que faz tantas

pessoas duvidarem? E por que o movimento tem crescido a despeito dos fatos?

Podemos dizer que o movimento terraplanista pode ser explicado como sendo um

movimento baseado em teorias conspiratórias. O movimento terraplanista tem muitos

aspectos que podemos enquadrar como um comportamento padrão de seguidores de

outras teorias conspiratórias. Normalmente, seus defensores tomam várias evidencias

contrárias à tese da Terra plana (como, por exemplo, fotos da Terra que revelam a forma

esférica) como sendo fabricadas por uma conspiração a favor da Terra redonda,

orquestrada pela Nasa e outras agências governamentais. Terraplanistas frequentemente

alegam que fotos do globo são alteradas por programas de edição de imagem;

dispositivos de GPS seriam fixos para fazerem os pilotos de avião pensarem que estão

voando em linhas em torno de uma esfera, quando, na verdade, estariam voando em

círculos acima de um disco, etc. O motivo que faria os governantes não revelarem a

verdade da Terra plana não é muito claro, mesmo para os próprios terraplanistas.

Alguns defendem que seria mais barato forjar um programa espacial falso, do que, de

fato, fazer um. A psicóloga Karen Douglas aponta que toda teoria da conspiração

compartilha uma base comum. Ela apresenta uma teoria alternativa sobre um tema ou

evento importante e constrói uma explicação vaga de como alguém está acobertando a

suposta “verdade” dos eventos. Uma das características marcantes, diz ela, é explicar

um grande evento, mas sem se ater aos detalhes. Muito do poder destes grupos

conspiratórios está no fato de serem vagos. Na verdade, podemos encontrar uma série

de aspectos psicológicos que podem colaborar para que uma pessoa reproduza este tipo

de comportamento conspiratório. Um deles, por exemplo, é o chamado “viés de

confirmação”. De acordo com isto, nós temos uma tendência a procurar informações

que confirmem nossas crenças pré-existentes, e ignorar informações que as contradizem

(algo que pode ser facilmente constatado quando analisamos discussões sobre futebol

ou sobre política nas redes sociais). Outro aspecto pode ser evolutivo. Nossa espécie

evoluiu fazendo uso de várias estratégias, como, por exemplo, se organizar em grupos.

Isto provavelmente auxiliou a própria preservação da vida. Como resultado disto, as

pessoas teriam um desejo natural de buscar a sensação de pertencer a um grupo. Ou

seja, nós teríamos uma tendência a participarmos de grupos, pois no passado isto nos

deu uma maior chance de sobrevivência. Este aspecto de comunidade pode ser

facilmente encontrado nos movimentos terraplanistas. Os terraplanistas estão sempre

prontos para receber novos adeptos. Uma vez que alguém se filia a algum grupo

terraplanista, este acaba encontrando um forte senso de aceitação e pertencimento, como

se finalmente ela fizesse parte de um grupo que a entende. Se junta a isto um forte senso


de lealdade e proteção do grupo. As individualidades acabem se diluindo em torno de

uma verdade coletiva. Mais um ponto psicológico deste movimento diz respeito à

confiança. Confiança parece andar de mãos dadas com “ter razão”. Os terraplanistas

podem sentir a mesma necessidade ao espalhar sua visão de mundo para o maior

número de pessoas possível, aumentando assim a confiança não só no grupo, mas em si

próprio. Em alguns contextos, participar de uma comunidade pode significar a sua

própria identidade. É importante lembrar, no entanto, que os terraplanistas não se

enquadram completamente na imagem geral de teorias conspiratórias. Em sua grande

maioria, os terraplanistas se concentram especialmente na forma da Terra e acabam não

compactuando com outras crenças também duvidosas, como óvnis, fantasmas, forças

paranormais, etc., o que dá a eles um caráter peculiar.


Atividade

Ler os dois textos com atenção e produzir uma análise

crítica comparando as duas teorias.

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