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segunda-feira, 18 de maio de 2020

Plano de aula não presencial - Eletiva - Prof. Cláudio

Plano de aula não presencial
EE Rodrigues Alves
Professor: Cláudio
Disciplina: Eletiva – Geografia do Futebol
Classes:6º B
Data: 18 a 22 de maio
Objetivo da aula: Compreender como o futebol está presente nas diferentes manifestações artísticas.
Habilidade da aula: Ser capaz de compreender que o futebol está presente também nas várias manifestações artísticas muitas vezes se assemelhando as mesmas.

Conteúdo da aula: O futebol imita a arte.

Roteiro da atividade:

Fazer um breve comentário sobre a presença do futebol nas diferentes manifestações artísticas a partir da leitura do artigo.

Informações adicionais sobre a elaboração e entrega das atividades:

Data da entrega: 25 de maio
E mail onde o aluno deverá entregar a atividade:
claudiogoncalves@professor.educacao.sp.gov.br

O futebol imita a arte









MARCO SANTANA - DA REDAÇÃO

FOTO: REPRODUÇÃO
O domínio da técnica e a sensibilidade permitiram ao fotógrafo Eugênio Sávio captar a imagem
mais bela desta Copa do Mundo - pelo menos até o momento. É o registro do momento exato

em que o jogador Paulinho arremata a bola para fazer o primeiro gol do Brasil contra a Sérvia,
na quarta-feira (27). A ponta de uma chuteira na bola, a da outra no gramado, como se num
movimento de balé. São cenas como esta que deixam ainda mais evidente as semelhanças entre
o esporte e as artes. E as características em comum ficam mais visíveis ainda quando é o futebol
de uma Copa do Mundo. Cinco profissionais do mundo das artes ajudam a entender melhor esta
relação. Confira:
Teatro
Não é raro uma partida de futebol ser tratada como espetáculo, tal qual uma apresentação
teatral. Equipe é chamada de elenco. O craque do jogo, de protagonista. Jogadas são ensaiadas.
A atriz e diretora Renata Zanetha ressalta que as semelhanças são inúmeras. "O futebol e o
teatro são muito parecidos, no que tange a os dois serem jogos, dependem do jogo entre os
atores. Precisam ser generosos entre si, trabalhar em torno de um único objetivo, que é fazer o
espetáculo, da melhor forma possível, naquele momento. Ambos dependem muito do treino.
Mas, como se diz, tanto no futebol quanto no teatro, treino é treino e jogo é jogo. Quando o ator
entra em cena e o atleta entra em campo, precisam de todos os poros deles e toda a
concentração, e da interação com a plateia, para que tudo isso possa resultar em um gol. E esta
entrega é que faz o grande espetáculo", declara. A postura teatral está presente dentro das quatro
linhas: na comemoração do gol e na simulação de dor após a falta recebido. “Mas o público
percebe quando o atleta ‘força’ aquele sofrimentos todo, sabe que não é verdade”, diz Zanetha.
Dança
Acompanhar uma partida de futebol também significa presenciar uma intensa coreografia, que
vai mudando conforme as orientações táticas do treinador. Talvez até mais complexa, já que se
trata da interação de dois grupos (equipes) distintos, que interagem entre si sem ensaio prévio. A
disputa de uma bola também se assemelham a um bailar. "Os jogadores realizam coreografias
dignas de um grande espetáculo de dança", afirma a coreógrafa Renata Pacheto, diretora do
premiado Balé da Cidade de Santos. Ele chama a atenção para outros aspectos comum entre
bailarinos e jogadores: dedicação aos treinamentos, com rotina intensa de ensaios; treinamentos
físicos vigorosos para "aguentar o tranco"; e a imprescindível necessidade de se trabalhar em
conjunto. "A arte do futebol faz com que nós, bailarinos, nos aproximemos cada vez mais do
nosso país. Com certeza, todas nós nos vimos como o Paulinho, alçando um longo e lindo
Grand jete", completa.















Música

Quando um time está entrosado, se diz que ele está "tocando como uma orquestra". E a
comparação não é exagerada, como atesta o maestro da Orquestra Sinfônica de Santos, Luiz
Gustavo Petri. "Ambos exigem um trabalho em grupo, de confiança um no outro, de
liderança". E, assim como na música, cada equipe pode atuar em ritmos e estilos diferentes: de
uma maneira mais vibrante ou mesmo agressiva como uma banda de metal rock ou de modo
mais suave e concatenado como uma orquestra de música erudita. E, no palco ou no gramado,
sempre há espaço para os improvisos. "Não exatamente em uma orquestra, mas em um grupo de
jazz", diz Petri. Como na música, um desempenho individual pode fazer a diferença. "A
habilidade e o talento pessoal, seja de um jogador ou músico, em um momento solo, fazem toda
a diferença".

Poesia

O futebol por si é inspirador para produzir versos. A poetisa Regina Alonso relaciona uma série
de similaridades entre o esporte e este tipo de produção literária. "Como a poesia, o futebol tem
ritmo, harmonia, beleza, métrica", argumenta. "Os passes do futebol são como versos, que vão
construindo a obra artística". Ela faz uma comparação digna de uma boa poetisa: o Tik-Taka,
estilo de toque rápido de bola concebido pelos espanhóis, seria um Haikai, tipo de poema criado
pelos japoneses, que se caracteriza por ter apenas três versos, que somam 17 sílabas. "Ambos
são rápidos, curtos, precisos e bonitos". Para Regina Alonso, uma jogada de futebol tem a
mesma estrutura de um belo poema.  "Envolve o corpo e o espírito, vai construindo versos
dançantes e leva sempre à expectativa de um grand finalle. O gol é o verso final". A poetisa
acrescenta o futebol é uma obra coletiva, produzida não apenas pelos jogadores, mas também a
torcida e todas as pessoas que estão à sua volta.

Artes plásticas

Se a jogada foi bela, fala-se que foi uma "pintura". O artista plástico Paulo Consentino, que se
inspira no futebol para produzir boa parte de suas obras, acredita que futebol e arte são
indissociáveis. "Têm tudo a ver. As formas, a intensidade das cores, a beleza gráfica, a
plasticidade. Ambos transmitem emoção", pondera. Ele destaca a importância dos jogadores,
sendo possível relacionar as características da personalidade e estilo de jogo de cada um com
uma vertente artística.  Segundo ele, podemos falar de jogadores renascentistas, surrealistas,
concretos ou de pop art, por exemplo. Por representarem renovação e liberdade, Pelé e Messi

seriam do estilo Renascentista; pelo estilo ousado e inovador, Neymar, um popart no melhor
estilo Andy Warhol; jogadores discretos mas precisos, como Rivaldo e Dida, concretistas; o
bósnio Ibrahimovic, autor de jogadas inusitadas; brasileiro naturalizado português Pepe, que se
caracteriza por jogadas mais vigorosas, um gótico. "Mas tudo isso é muito subjetivo, depende
do olho de quem vê", pondera Consentino.

O momento certo

Minutos após ser postada em uma rede social, a imagem do gol de Paulinho captada pelo
fotógrafo Eugênio Sávio viralizou e foi compartilhada milhões de vezes. Ela é resultado do
talento do profissional, que já cobriu seis copas do mundo, e uma dose de acaso. Sávio só ficou
sabendo que fotografaria a partida 55 minutos antes de seu início e, em vez de ficar no campo,
decidiu posicionar-se na tribuna de imprensa -que oferece um ângulo de cima para baixo. Horas
após fazer o registro e experimentar a alegria pelo sucesso da foto, o fotógrafo teve uma notícia
triste: o falecimento do pai.

Atividade

Fazer um breve comentário sobre a presença do futebol
nas diferentes manifestações artísticas a partir da leitura do
artigo.

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