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segunda-feira, 27 de abril de 2020

PLANO DE AULA NÃO PRESENCIAL - GEOGRAFIA - 9º ANO - PROF. CLÁUDIO

Plano de aula não presencial - E E Rodrigues Alves



A Crise do Socialismo no Leste Europeu 

A crise do socialismo do leste europeu seria motivada pela insatisfação dos governos com a política empreendida pela União Soviética. 



O Muro de Berlim construído em 1961 tinha como objetivo dividir a Alemanha em duas novas repúblicas, uma liderada pelos Estados Unidos e a outra comandada pela União Soviética. 

A obra se tornou o principal símbolo do antagonismo entre capitalismo e socialismo durante a Guerra Fria. Sua derrubada em 1989 representou o colapso do regime socialista nos países do leste europeu. 
Contexto Histórico 

O desenvolvimento industrial iniciado no século XVIII pela Inglaterra provocaria intensas transformações na configuração das sociedades. A intensificação da produção estimularia o crescimento das cidades e o aumento do êxodo rural de trabalhadores em busca de uma oportunidade profissional nas indústrias em expansão. O capitalismo se firmou como modelo econômico orientador das novas relações de trabalho, o surgimento de uma nova classe social, o proletário também seria uma das consequências da revolução industrial. O Capitalismo pode ser definido como um sistema socioeconômico que defende a liberdade comercial, a propriedade privada, a obtenção de lucro e o acúmulo de capital. Esse modelo se intensificaria ainda mais no século XIX, o crescimento industrial geraria um aumento da classe proletária, a péssima condição de vida do trabalhador levaria ao surgimento de correntes ideológicas que condenariam o estilo adotado pelo capitalismo. Segundo essas correntes, a busca desenfreada pelo lucro massacrava o trabalhador e intensificava a luta de classes. 

Nesse contexto, Karl Marx e Friedrich Engels, iniciam no século XIX uma profunda análise da sociedade instituída pelo capitalismo, a partir desse estudo eles criam uma doutrina política conhecida como Socialismo Científico ou Marxismo. De acordo com essa nova corrente ideológica, o capitalismo é responsável pelo aumento das desigualdades entre as classes sociais e a alternativa para o fim dessas distinções seria a adoção do socialismo como modelo socioeconômico e político para a transformação da sociedade. 

O Socialismo idealizado por Marx e Engels seria concretizado após uma revolução liderada pelo proletariado em que estes governariam em função do povo. A primeira medida seria acabar com a propriedade privada e coletivizar a terra e os meios de produção. A implantação do comunismo segundo esses teóricos seria capaz de eliminar as lutas de classes e as desigualdades sociais. Teoricamente o Socialismo Científico representava um modelo bastante atrativo a serem seguidos, muitos países o adotaram como regime político, econômico e social, porém a forma como ele foi implantado não foi capaz de sanar os problemas sociais, pelo contrário ele foi responsável pela intensificação das desigualdades e da crise econômica. O socialismo ganharia destaque ao final da Segunda Guerra Mundial com a vitória da União Soviética no conflito. Desde a Revolução Russa de 1917, os países integrantes da nação soviética adotaram o socialismo, com o desfecho da Guerra, a nova potência entraria em uma disputa com os Estados Unidos pela hegemonia mundial. Os países do leste europeu devastados com os conflitos durante a Segunda Guerra Mundial não possuíam força política e econômica para se reconstruírem, a União Soviética oferece ajudada a esses países aumentando assim a sua influência na região. Um por um os países do leste europeu foram se aliando aos soviéticos e implanto o regime socialista. URSS, Alemanha Oriental, Polônia, Tchecoslováquia, Romênia, Hungria e Bulgária faziam parte do grupo de aliado da potência soviética. 
Crise do Socialismo 

A crise do socialismo do leste europeu seria motivada pela insatisfação dos governos com a política empreendida pela União Soviética. A grande potência socialista não foi capaz de retirar esses países da crise, isso demonstrou que a aliança dos soviéticos com os integrantes do leste europeu não passou de uma estratégia para aumentar o seu domínio na região e conquistar mais aliados capazes de auxiliá-los em caso de uma guerra contra os Estados Unidos. O descontentamento atingiria também a Alemanha, que ao final da Segunda Guerra foi dividida em Alemanha Ocidental e Alemanha Oriental, respectivamente comandadas pelos governos norte-americanos e soviéticos. Enquanto a Alemanha Ocidental apresentava um grande crescimento econômico estimulado pela política liberal dos Estados Unidos, a Alemanha Oriental permanecia estagnada, o que estimulava a migração dos alemães para o lado ocidental. A intensa fuga para a Alemanha Ocidental ocasionou na construção do Muro de Berlim em 1961. Eficiente na política de evitar a passagem para o lado ocidental, o Muro se transformou no maior símbolo da divisão entre capitalismo e socialismo. 

Alguns fatores que intensificaram a crise no leste europeu: 
Forte centralização do Estado; 
Ditadura estabelecida por um partido único: o Partido Comunista; 
Denúncias de casos de corrupção envolvendo o alto escalão do Partido Comunista da União Soviética; 
Falta de investimentos nas indústrias de bens de consumo, o que gerava a falta de produtos básicos para a sobrevivência da população, a União Soviética se preocupava excessivamente com a indústria bélica; 
Insatisfação popular com o governo soviético; 
Diminuição da atividade agropecuária e industrial; 
Desemprego. 

A ascensão de Mikhail Gorbatchev em 1985 ao governo da União Soviética seria fundamental para a transformação da história do socialismo no leste europeu. Gorbachev apresentou uma série de propostas de reformas políticas em todas as esferas do governo que visavam não só o desenvolvimento econômico, mas também social da União Soviética. O novo líder comunista surpreendeu ao demonstrar ao mundo o desejo de um alinhamento político com as demais nações, inclusive com os Estados Unidos. Outro fator que merece destaque nesse governo é a suspensão dos testes nucleares e da Corrida Armamentista. O lançamento em 1986 dos programas conhecidos como glasnost e perestroika contribuiria para o aceleramento do fim do socialismo. A glasnost representava uma tentativa de seguir uma política transparente capaz de acabar com a corrupção de conceder mais liberdade política e individual. A perestroika era um plano econômico que diminuía a interferência do Estado nas relações comerciais e estimulava a adoção do liberalismo político. As reformas promovidas por Gorbachev estimularam muitos países a romper relações com o governo soviético, aos poucos a União Soviética foi se desintegrando. A crise do socialismo no leste europeu provocou o fim do regime na Alemanha Oriental, com o consentimento dos Estados Unidos e do presidente soviético, os alemães iniciaram a derrubada do Muro de Berlim em 1989. A junção desses fatos provocou a decadência do socialismo e a passagem gradual para o modelo capitalista. 

Lorena Castro Alves 

Questão para desenvolver: 

Baseando-se no texto acima: produza uma análise crítica dos motivos que levaram à Ascenção e à Queda do Socialismo.

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