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terça-feira, 28 de setembro de 2021

7º ANOS A e B - HISTÓRIA - Professora Cristiane - POSTAGEM 1 - 4º Bimestre

POSTAGEM 1

27/09 a 01/10

04/10 a 08/10

BRASIL COLONIAL – O CICLO AÇUCAREIRO E AS REVOLTAS NATIVISTAS

 

O CICLO AÇUCAREIRO

            O Ciclo do Açúcar foi um período da história do Brasil Colonial compreendido entre meados do século XVI e meados do XVIII. Neste período, a produção de açúcar, voltada para a exportação, nos engenhos do Nordeste brasileiro foi a principal atividade econômica. Ela garantia a consolidação da política do chamado “Pacto Colonial”.

 O início do ciclo

            As primeiras mudas de cana-de-açúcar chegaram ao território brasileiro pelas mãos de Martim Afonso de Souza. Sua expedição tinha a função de dar início à colonização do território brasileiro, ação desejada pela coroa portuguesa como forma de proteger o litoral do Brasil das invasões estrangeiras.

            Neste contexto, Martim Afonso de Souza deu início a produção de açúcar no Brasil em 1533, através da instalação do primeiro ENGENHO da colônia, na cidade de São Vicente (localizada no atual litoral do estado de São Paulo) – o engenho de São Jorge dos Erasmos.

 

A produção açucareira

            Um dos melhores relatos sobre a produção açucareira e o fabrico do açúcar foi escrito pelo jesuíta italiano Giovanni Antônio (1649-1716), o qual morando no Brasil passou a adotar o nome de André João Antonil. Em 1711 ele publicou em Lisboa seu livro, CULTURA E OPULÊNCIA NO BRASIL POR SUAS DROGAS E MINAS. Neste livro ele comenta de forma detalhada a realidade do cultivo da cana, a estrutura do engenho e o fabrico do açúcar, tendo como base os engenhos baianos nos fins do século XVII e idos do XVIII. O livro original possui mais de 200 páginas e trata também da produção do tabaco, da mineração do ouro e da pecuária. 

            A produção do açúcar seguia uma lógica de funcionamento nos engenhos coloniais. Existiam dois tipos principais de engenho: os movidos ou deslocados por força animal – chamados TRAPICHES e os engenhos movidos por força hidráulica, ou seja, pela força da água – chamados REAIS. Para o funcionamento dos engenhos, seguia-se uma lógica própria: as instalações das construções eram interligadas para realizar as diferentes etapas de produção e processamento do açúcar:

Ø  plantio, colheita, corte e transporte (feito em barcas e carros de boi),

Ø  moagem,

Ø  cozimento,

Ø  purga e branqueamento,

Ø  secagem e desenforme,

Ø  exportação.

 

Principais características do período açucareiro

Ø  economia do açúcar foi responsável pela consolidação da colonização, através da ocupação de parte da costa brasileira.

Ø  O engenho foi a principal unidade de produção de açúcar no Brasil Colonial.

Ø  Uso de mão-de-obra escrava, de origem africana, no plantio e colheita da cana-de-açúcar, assim como nas várias etapas de produção do açúcar. Os escravos, principalmente mulheres, também foram usadas na execução de atividades domésticas.

Ø  Prevalência das grandes propriedades rurais (latifúndios) no Nordeste brasileiro, com forte concentração de terra.

Ø  Sociedade patriarcal, com poderes político, econômico e social concentrados nas mãos dos senhores de engenho.

Ø  Sociedade estática e estratificada dividida em: Aristocracia rural (senhores de engenho); homens livres (comerciantes, artesãos, funcionários públicos, feitores, etc.) e escravos (maioria da população do período).

Ø  Tráfico negreiro como outra importante atividade lucrativa, principalmente para os comerciantes e coroa portuguesa.

 

Crise do Ciclo do Açúcar

            economia açucareira começou a entrar em crise na segunda metade do século XVII, com a expulsão dos holandeses do nordeste brasileiro.

            Empreendedores holandeses foram para a região das Antilhas. Lá iniciaram a produção de açúcar com sua larga experiência e se tornaram um forte concorrente, pois vendiam o produto mais barato na Europa, além de controlarem o transporte e comércio do mesmo.

            A crise se acentuou ainda mais em meados do século XVIII, período em que a economia brasileira passou a se voltar para o ouro da região das Minas Gerais. A região Sudeste passou a atrair investimentos, a capital foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro e o Ciclo do Açúcar chegou ao fim.

 

Curiosidades

v  Os territórios dos atuais estados da Bahia e Pernambuco foram os locais de maior concentração de engenhos de açúcar no Brasil Colonial. Logo, foram as regiões que apresentaram maior produção e exportação do produto.

v  No começo do Ciclo do Açúcar (segunda metade do século XVI), muitos senhores de engenho utilizaram mão-de-obra indígena na produção açucareira. Porém, com forte oposição dos padres jesuítas, esta opção foi deixada de lado em favor da mão-de-obra escrava africana.

v  Ao contrário da atualidade, o açúcar do período colonial era caracterizado pela presença de muitas impurezas. Ele era consumido, principalmente, em formato de pequenos torrões. Era um produto muito desejado na Europa, porém, em função do seu alto preço, era consumido somente pelos membros da elite.

 

AS REVOLTAS NATIVISTAS

            As revoltas nativistas foram aquelas que tiveram como causa principal o descontentamento dos colonos brasileiros com as medidas tomadas pela coroa portuguesa. Elas contestavam o Pacto Colonial, especialmente impostos e privilégios dos portugueses em detrimento aqueles nascidos na América, mas ainda não falavam em independência. Ocorreram entre o final do século XVII e início do XVIII e, a maior parte delas foi reprimida com violência pela coroa portuguesa, como forma manter seu domínio sobre a colônia brasileira.

 

Principais causas

- Monopólio português do comércio de mercadorias.

- Preços elevados cobrados pelos produtos comercializados pelos portugueses.

- Medidas da metrópole que favoreciam os portugueses, principalmente os comerciantes.

- Conflitos culturais, políticos e comerciais entre colonos e portugueses.

- Altos impostos cobrados pela coroa portuguesa, principalmente sobre a extração de ouro realizada pelos colonos brasileiros.

- Exploração colonial praticada por Portugal. 

- Rígido controle, através de leis, imposto pela metrópole sobre o Brasil.

            Entre as principais Revoltas Nativistas estão: a Revolta de Beckman, a Guerra dos Emboabas, a Guerra dos Mascates e a Revolta de Filipe dos Santos ou de Vila Rica pe a resistência de escravos no Quilombo de Palmares.

 

- Responda as questões abaixo, em seu CADERNO:

1. Quando e como se inicia a produção açucareira no Brasil Colonial?

2. Em que áreas do Brasil Colonial a produção açucareira predominou?

3. Que tipo de mão-de-obra foi utilizada na produção açucareira?

4. Onde o açúcar do Brasil Colonial era produzido? Descreva as etapas da produção.

5. Como era a sociedade colonial do período açucareiro?

6. Qual foi o papel dos Holandeses na produção açucareira no Brasil Colonial?

7. Por que o Tráfico de Escravos africanos ganhou importância com o ciclo açucareiro?

8. Por que a economia açucareira começou a declinar a partir do século XVII?

9. Explique o que foram as chamadas Revoltas “Nativistas”, ocorridas no Brasil Colonial.

10. Faça a ATIVIDADE 7 – letras a, b, c – pág. 142 – CURRÍCULO EM AÇÃO – Volume 3

 

PARA ENTREGA – Avaliação Contínua 1 – 2,5

Escolha UMA Revolta Nativista – Revolta dos Beckman, Guerra dos Mascates, Revolta de Vila Rica ou Guerra dos Emboabas, pesquise e produza uma Ficha Técnica com as seguintes informações: Nome da revolta, Local onde ocorreu, Período em que ocorreu, Lideranças, Motivações, Principais Acontecimentos e Resultados.

Instruções Gerais:

- O trabalho deve ser MANUSCRITO A CANETA ou DIGITADO.

- Montar a Ficha Técnica é obrigatório. Não serve texto corrido.

- Faça uma capa com sua identificação, identificação da disciplina e professora (HISTÓRIA – Professora Cristiane), título (BRASIL COLONIAL – REVOLTAS NATIVISTAS) e uma imagem (item optativo)

- Não esqueça de citar suas Fontes de Pesquisa

 

OBS.:

Copie todas as perguntas em seu caderno a CANETA e responda a LÁPIS. Os alunos que estão no PRESENCIAL deverão apresentar a tarefa em sua semana de aula.

Os alunos que estão ONLINE deverão enviar a tarefa pelo LINK que segue abaixo, que é o mesmo do formulário do GOOGLE SALA DE AULA.

A AVALIAÇÃO CONTÍNUA 1 deve ser entregue em sala – pelos alunos que estão no PRESENCIAL ou enviada por e-mail (cristianedantas@prof.educacao.sp.gov.br) ou pelo Google Sala de Aula – pelos alunos que estão ONLINE.

https://docs.google.com/forms/d/1-m_2AcgbJM7b3eZPDlC3aWXgeuQp69CF2KCqKNBAGOw/edit 

https://docs.google.com/forms/d/18hhUMsFxOmrXxBbBDaJlabYS6Ba1VHXbC-CtObrb1zw/edit 

 

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