Período de 16 a 20/08 (semana 1) e 23 a 27/08 (semana 2)
TEMA DE ESTUDO DA SEMANA: A COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA
ORIENTAÇÕES DE ESTUDO:
- Assista a relação de aulas do CMSP e realize as tarefas online das mesmas.
1. 16/06 – As relações de poder a partir da conquista europeia – 1ª parte
2. 18/06 – As relações de poder a partir da conquista europeia – 2ª parte
3. 23/06 – Consequências da conquista da América pelos europeus e a resistência dos povos nativos
4. 30/06 – Administração colonial e a atividade econômica na América espanhola
5. 07/07 – Administração colonial e econômica na América Portuguesa
- Leia o texto de apoio que segue, para resolver as questões pertinentes a ele.
COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA - A AMÉRICA ESPANHOLA
INÍCIO DA COLONIZAÇÃO: tomada do território por Cristóvão Colombo a partir de 1492
ÁREA DE DOMINAÇÃO: América, do México ao Chile
DOMINADOR: Reino da Espanha, dirigido à época do “descobrimento” por Fernando de Aragão e Isabel de Castela
DOMINAÇÃO: Seguiu o padrão tradicional do Pacto Colonial
PRINCIPAL ATIVIDADE DE EXPLORAÇÃO: mineração – prata
FORMAS DE EXPLORAÇÃO: servidão coletiva indígena, organizada a partir das práticas da Mita e da Encomienda
Encomienda: sistema de trabalho obrigatório não remunerado, em que os índios eram confiados a um espanhol – o encomendero – que se comprometia a cristianizá-los em troca de seus serviços nas minas.
Mita: sistema que impunha o trabalho obrigatório, durante determinado tempo, a índios escolhidos por sorteio em suas comunidades. Em geral enviados para áreas distantes, recebiam baixos salários e acabavam escravizados por dívidas.
OUTRAS ATIVIDADES ECONÔMICAS: Também se desenvolveram atividades para o abastecimento interno da colônia, tais como a produção de alimentos e o comércio.
Haciendas: fazendas de produção de alimentos
Estâncias: fazendas de criação de animais
Comércio: desde estabelecimentos comerciais nas vilas e cidades para a venda de produtos locais e manufaturados importados da Espanha até atividades comerciais de grande porte envolvendo colônia e metrópole
ADMINISTRAÇÃO COLONIAL: realizada exclusivamente por funcionários espanhóis designados pelo Conselho das Índias, que governavam unidades territoriais chamadas de capitanias e vice-reinos. Os capitães-donatários e os vice-reis cumpriam as funções do poder executivo na colônia. O Conselho das Índias também aprovava ou reprovava os membros escolhidos para participar dos cabildos, instituições locais, que resolviam (a partir das leis espanholas) os conflitos cotidianos, cumprindo as funções do poder judiciário na colônia.
ECONOMIA COLONIAL: minas, haciendas, estâncias e estabelecimentos comerciais eram dirigidos pelos colonos (brancos, descendentes dos espanhóis nascidos na América) com o uso da mão-de-obra de índios e mestiços. Todas as atividades eram autorizadas, organizadas e fiscalizadas pela Casa de Contratação, por intermédio da qual, o governo espanhol manteve controle sobre a produção de riquezas.
SOCIEDADE COLONIAL: na colônia espanhola a sociedade foi dividida em grupos bem distintos:
· Os Chapetones, espanhóis que compunham o Conselho das Índias e a Casa de Contratação, sendo ainda designados para cargos na administração e justiça.
· Os Criollos, colonos brancos, descendentes dos espanhóis, que gerenciavam as diversas atividades econômicas e participavam como membros dos cabildos.
· Os Índios e Mestiços, população nativa e produto da mistura entre índios e espanhóis, que trabalhava em regime de servidão coletiva nas diversas atividades econômicas.
CULTURA: produto da imposição dos colonizadores de sua língua, tradições e religião, com pouca aceitação dos traços culturais dos nativos.
COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA: A AMÉRICA PORTUGUESA
INÍCIO DA COLONIZAÇÃO: 1530, quando o governo português finalmente decide enviar pessoas para governar o território dividindo-o em capitanias hereditárias.
ÁREA DE DOMINAÇÃO: parte do Brasil (delimitada pela linha do Tratado de Tordesilhas)
DOMINADOR: Reino de Portugal
DOMINAÇÃO: Seguiu o padrão tradicional do Pacto Colonial
ATIVIDADES DE EXPLORAÇÃO: produção de artigos tropicais, como cana-de-açúcar, tabaco, arroz e café e mineração de ouro e diamantes. Ao longo do período colonial, também se desenvolveram cultivos para a subsistência, criação de animais e atividades comerciais e artesanais.
FORMAS DE EXPLORAÇÃO: escravidão, em algumas áreas - indígena e nos principais centros econômicos – africana
ADMINISTRAÇÃO COLONIAL: inicialmente, a colônia foi dividida em unidades denominadas capitanias hereditárias. Estas foram entregues a portugueses interessados em explorar a área colonial com recursos próprios. Em função do péssimo desempenho das capitanias, mais tarde, o governo criou o governo geral. Administradores portugueses foram envidados para auxiliar os capitães-donatários na tarefa de explorar os territórios sob sua responsabilidade. Problemas com a administração foram frequentes e as capitanias desapareceram com o tempo, dando lugar aos estados gerais, que centralizaram a administração em Salvador e, depois no Rio de Janeiro. Na prática, a administração era feita por líderes locais, colonos que atuavam a partir das câmaras municipais em vilas e cidades que surgiram às centenas na colônia. Estes colonos eram sempre grandes proprietários de terras e comerciantes, chamados de “homens bons”. Utilizavam as leis portuguesas, mas acabavam tendo poder extremo porque mantinham a segurança com milícias próprias e solucionavam problemas que não interessavam a coroa portuguesa.
ECONOMIA COLONIAL: o Brasil colonial teve dois ciclos econômicos. Entre os séculos XVI e XVII, vigorou o ciclo açucareiro. Na ausência de minérios aparentes, o governo português incentivou a produção de cana-de-açúcar. O açúcar começava a ser utilizado na Europa e seu alto preço compensava os caros investimentos na produção. Entre os séculos XVIII e XIX, com o declínio da atividade açucareira, começa o ciclo minerador, com a exploração de ouro e diamantes. Ao longo do período colonial, o território da colônia se expandiu e ultrapassou a linha de Tordesilhas. A expansão foi movida, sobretudo, pela implementação de outras atividades econômicas. Para abastecer engenhos e áreas de mineração, além de vilas e cidades, parte dos colonos, principalmente os pobres e mestiços, avançaram território adentro para estabelecer fazendas de cultivo de alimentos e criação de gado. A expansão também foi movida pela busca de metais e pedras preciosas. Os rios serviram como estradas e a tomada de territórios no interior levou a conflitos com os nativos. Nos conflitos com índios, alguns foram escravizados pelos colonos, outros reduzidos pelos jesuítas. A colônia cresceu com o estabelecimento de inúmeras vilas e cidades. Com elas surgiu uma rede de comércio interno, que se interligou a portos no litoral, por onde chegavam manufaturados vindos de Portugal, que os colonos eram obrigados a consumir.
Ciclo Açucareiro
· A cana é trazida da Ásia.
· Os portugueses já tinham experiência com seu cultivo e aqui investem em sua produção: exclusiva (monocultura), em grandes propriedades (latifúndios), com mão-de-obra escrava (africana), para o mercado externo (exportação), tendo como eixo econômico o litoral do Nordeste.
· As unidades de produção de açúcar eram denominadas engenhos. Os engenhos eram compostos pelas áreas de plantio, casa grande, senzala, casas de funcionários, capela e pelas instalações responsáveis pela transformação da cana em melaço (moenda, fornalhas, casa de purgar e galpões).
· Os investimentos no plantio eram feitos pelos colonos e na transformação e venda do melaço por investidores holandeses.
· O tráfico de escravos africanos é parte importante da engrenagem do ciclo. Muitos traficantes de escravos africanos de origem portuguesa abandonam a prática e investem os lucros do tráfico comprando terras na colônia. É assim que o tráfico passa às mãos dos ingleses.
· O ciclo entra em declínio quando os holandeses são expulsos da colônia no século XVII, depois de dominar as principais áreas de produção – Pernambuco e Bahia. Os holandeses passam a produzir nas Antilhas e passam a competir com a produção colonial brasileira.
Ciclo Minerador
· A economia colonial estava em crise, quando o governo português (por meio de expedições ao interior chamadas entradas) e colonos paulistas (por meio de expedições ao interior chamadas bandeiras) encontram as primeiras minas de ouro na região de Minas Gerais.
· Nos primeiros anos de exploração trazem muitos conflitos, como a Guerra dos Emboabas. Por isso, o governo português resolve interferir e passa a controlar a atividade mineradora por meio de um órgão denominado Intendência das Minas. A intendência registrava as descobertas, fiscalizava a extração e realizava a cobrança do quinto, imposto de 20% sobre o volume de minério extraído.
· Por causa do alto volume de contrabando, anos mais tarde, a coroa portuguesa cria as Casas de Fundição, instituições onde o ouro extraído deveria ser entregue para o desconto do quinto e a fundição das pepitas em barras com a marca da coroa. Apenas estas barras poderiam ser negociadas. A criação das Casas de Fundição gerou um importante conflito, a Revolta de Vila Rica, violentamente reprimida pelo governo português.
· No século XVIII são encontrados os primeiros diamantes. A alta possibilidade de contrabando das pedras faz o governo português criar a Intendência dos Diamantes e entregar a extração a um único minerador, o contratador. Este poderia extrair com exclusividade as pedras, pagando como imposto 50% do montante extraído a coroa.
· O ciclo entra em declínio no século XVIII, provavelmente pela menor quantidade de minérios no Brasil e intensa exploração. Inconformada, a coroa portuguesa exige um montante de impostos determinado, que em muitas ocasiões não era pago pelos mineradores. Toda vez que isto ocorria, o governo ameaçava os colonos com a derrama, uma forma de pagamento de impostos que impunha a toda a população contribuições até completar o imposto devido. Uma das ameaças de derrama gerou a primeira revolta que cogitou a independência de Portugal – a Conjuração Mineira.
· O ciclo minerador deslocou o eixo econômico da colônia do Nordeste para o Centro-Sul.
Atividades Econômicas Complementares
· Ao longo do período colonial, o território da colônia se expandiu e ultrapassou a linha de Tordesilhas. A expansão foi movida, sobretudo, pela implementação de outras atividades econômicas.
· Para abastecer engenhos e áreas de mineração, além de vilas e cidades, parte dos colonos, principalmente os pobres e mestiços, avançaram território adentro para estabelecer fazendas de cultivo de alimentos e criação de gado.
· A expansão também foi movida pela busca de metais e pedras preciosas.
· Os rios serviram como estradas e a tomada de territórios no interior levou a conflitos com os nativos. Nos conflitos com índios, alguns foram escravizados pelos colonos, outros reduzidos pelos jesuítas.
· A colônia cresceu com o estabelecimento de inúmeras vilas e cidades. Com elas surgiu uma rede de comércio interno, que se interligou a portos no litoral, por onde chegavam manufaturados vindos de Portugal, que os colonos eram obrigados a consumir.
SOCIEDADE COLONIAL: no geral era PATRIARCAL, isto é, o pai (chefe da família) tinha poder de vida e morte sobre parentes, agregados e escravos. Determinava a profissão dos filhos, acertava casamentos para as filhas, determinava as funções da esposa, apadrinhava agregados e impunha o destino aos escravos. Mas houve algumas diferenças entre as sociedades do ciclo açucareiro e minerador.
A Sociedade Açucareira pode ser descrita como:
· Rural. Ficava circunscrita aos engenhos e visitava as vilas e cidades apenas durante eventos políticos e dias de festa religiosa.
· Fechada. Os casamentos eram feitos muitas vezes entre parentes.
· Escravocrata. Praticamente todas as atividades eram desempenhadas por escravos de origem africana.
· Além de senhores e escravos, havia um grupo social intermediário formado por mestiços, que viviam como agregados dos senhores de engenho. Estes viviam da produção de alimentos ou trabalhavam como feitores, capitães-do-mato e na produção de melaço nos engenhos.
· Culturalmente mais ligada às tradições portuguesas e a influência da Igreja Católica.
A Sociedade Açucareira pode ser descrita como:
· Urbana. Vivia em vilas e cidades que se desenvolveram junto às áreas mineradoras.
· Aberta. Nela se observam mais casamentos entre membros de diferentes grupos sociais e étnicos.
· Escravocrata. Praticamente todas as atividades eram desempenhadas por escravos de origem africana.
· Além de mineradores e escravos, havia vários indivíduos que desempenhavam diversas funções urbanas – artesãos, comerciantes, militares, religiosos, etc.
· Mesmo ligada às tradições portuguesas e a influência da Igreja Católica, esta sociedade esteve mais aberta a ideias diversas, entre elas o Iluminismo.
CULTURA: também foi produto da imposição dos colonizadores de sua língua, tradições e religião. Todavia, na América Portuguesa observou-se maior incorporação dos valores e tradições de índios e africanos, assim como maior intensidade da mestiçagem.
OUTROS COLONIZADORES NA AMÉRICA: INGLESES, FRANCESES E HOLANDESES
Holandeses e Franceses
· Ocuparam pequenos trechos da América do Norte, América do Sul e algumas ilhas da América Central.
· Por inúmeras vezes tentaram estabelecer colônias no território da América Portuguesa, de onde foram expulsos, ocupando territórios no extremo norte da América do Sul – as atuais Guiana Francesa e Suriname.
· Após a Guerra dos Sete Anos, com a Inglaterra, os franceses permaneceram com uma pequena colônia no atual Canadá. Ali exploraram, sobretudo, peles de animais abatidos em caça.
· Após a expulsão do nordeste do Brasil, os holandeses ocuparam ilhas na América Central – as atuais Antilhas. Ali passaram a produzir melaço de cana-de-açúcar.
· Franceses e Holandeses atuaram seguindo a receita do tradicional Pacto Colonial.
Ingleses
· Ocuparam um pequeno trecho na costa leste dos atuais EUA, onde fundaram as Treze Colônias.
· Parte das treze colônias seguiu o tradicional Pacto Colonial, produzindo algodão e tabaco, fornecidos à coroa inglesa. Algumas colônias ao norte, entretanto estabeleceram outros parâmetros de colonização.
· Houve pouco controle do governo inglês sobre tais colônias até meados do século XVIII, quando a Guerra dos Sete Anos provocou alterações na política colonial.
· Até este período, as colônias inglesas fizeram self-governament e não estavam proibidas de produzir suas próprias manufaturas, professar religiões diversas da oficial na Inglaterra, nem precisavam seguir integralmente as tradições inglesas. O território estava aberto e recebia imigrantes de diferentes países da Europa.
ATIVIDADES - Semana Não Presencial
1. Apresente as áreas de dominação e a data de início da mesma, em relação a América, por parte de Portugal e Espanha.
2. Indique as atividades econômicas a que se dedicaram os colonizadores:
a) Espanhóis
b) Portugueses
c) Ingleses
d) Franceses
e) Holandeses
3. Aponte as diferenças no uso de mão-de-obra por portugueses e espanhóis em suas colônias americanas no curso da colonização.
4. Por que podemos dizer que Portugal e Espanha apresentaram a mesma característica na condução da Cultura, em seus territórios coloniais?
5. Sobre a exploração da colônia brasileira, o que se pode dizer sobre as atividades complementares a produção de cana e extração de ouro?
6. Explique como era a sociedade brasileira no período colonial, indicando as diferenças entre a sociedade açucareira e mineradora.
7. Por que ingleses, franceses e holandeses chegaram a América, para fins de colonização, depois de portugueses e espanhóis?
8. Que área da América foi ocupada pelos ingleses? Como ela foi inicialmente gerenciada?
9. Por que podemos dizer que as tentativas de colonização de franceses e holandeses na América os colocaram em pé de guerra com os portugueses?
10. Explique a afirmação que segue: “Ainda que em datas diferentes, com métodos diferentes e explorando diferentes riquezas, todos os europeus que pisaram na América no chamado Período Colonialista, utilizaram como instrumento de dominação o Pacto Colonial.”
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DATA DE ENTREGA: até 27/08
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