INSTRUÇÕES
1.
Ler o
texto “O padeiro”.
2.
Responder
as 5 questões propostas.
3.
Enviar
somente as respostas no email profailtonport@gmail.com
4.
Não
esqueça de colocar nome e turma que você está ( 2 A, 2B ou 2C)
ATIVIDADE 2
O
padeiro
Rubem Braga
Levanto
cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a
porta do apartamento – mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me
lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do pão
dormido”. De resto não é bem uma greve, é um lock-out, greve dos
patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar
seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo.
Está
bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo
café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha
deixar o pão à porta do apartamento, ele apertava a campainha, mas, para não
incomodar os moradores, avisava gritando:
– Não
é ninguém, é o padeiro!
Interroguei-o
uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
“Então
você não é ninguém?”
Ele
abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes
lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada
ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando
quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “não é ninguém,
não senhora, é o padeiro”. Assim ficara sabendo que não era ninguém...
Ele me
contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis
detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos
importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho
noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre
depois de uma passagem pela oficina – e muitas vezes saía já levando na mão um
dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão
saído do forno.
Ah, eu
era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque
no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera
sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam
bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de
humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; “não é ninguém,
é o padeiro!”.
E assobiava pelas escadas.
In: Para gostar de ler, vol I - Crônicas . Carlos Drummond
de Andrade, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos e Rubem Braga. 12 ed. São
Paulo: Ática.1989. p.63-64. Disponível em:<http://www.tvcultura.com.br/aloescola/literatura/cronicas/rubembraga.htm>.
Acesso em: 6 mar. 2009.
Questões
1.
Quais
são as personagens da crônica?
2. Qual é o fato narrado?
3. Em que local ocorre a
narrativa?
4. A crônica é narrada em
dois tempos. Quais?
5.
Que
reflexão essa crônica provoca no leitor?
ATENÇÃO!
Confira as respostas da atividade anterior. NÃO PRECISA ENTREGAR
1)A qual ramo da família indo -
européia pertence a língua portuguesa? Românico
2) A língua portuguesa é a língua
oficial de quantos países? Quais são eles? 8
países.
Portugal, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Brasil,
Angola, Moçambique, Timor-Leste.
3) O latim era falado em que
região da Itália? Qual o nome deste lugar hoje?
O latim era a língua falada na região do Lácio, Itália onde hoje fica
Roma.
4) Quais das línguas abaixo são
originárias do latim? Marque a opção totalmente correta.
a) português, italiano, espanhol e francês.
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