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sexta-feira, 12 de março de 2021

 

 

Plano de aula não presencial

EE Rodrigues Alves

Professor: ANA PAULA

Disciplina: HISTÓRIA

Classes: 2º ANO A, B, C

Data MARÇO 2021

Objetivo da aula: Identificar a Idade Média como conceito característico da Europa Ocidental. Compreender a participação dos povos germânicos na desintegração do Império Romano. Entender as principais características do feudalismo.

Habilidade da aula:

- Identificar e analisar diferentes formas de contato, adaptação ou exclusão entre as populações em diferentes tempos.

Caracterizar e comparar as dinâmicas de abastecimento e as formas de organização do trabalho e da vida social em diferentes sociedades com destaque para as relações entre senhores e servos.

Conteúdo da aula:  A Idade Média – Sua formação e os  aspectos sociais, políticos econômicos e culturais,

Roteiro da atividade: Ler o texto “INTRODUÇÃO A IDADE MÉDIA”, e responder as perguntas do exercício. _____________________________________________________

 

INTRODUÇÃO A IDADE MÉDIA

Os estudos da Idade Média geralmente se referem à História da Europa, em particular à parte Ocidental. Mas não pode generalizar os aspectos históricos de uma região para o restante do planeta, pois cada lugar tem suas especificidades, sua história.

Além disso, nessa época que passaremos a estudar, o mundo não estava interligado como hoje, os contatos entre os povos e as regiões eram muito precários e, em alguns casos, inexistentes.

O período da Idade Média foi tradicionalmente delimitado com ênfase em eventos políticos. Nesses termos, ele teria se iniciado com a desintegração do Império Romano do Ocidente, no século V (476 d. C.), e terminado com o fim do Império Romano do Oriente, com a Queda de Constantinopla, no século XV (1453 d.C.), também chamado de Império Bizantino e pela chegada dos europeus à América.

Entre esses marcos, passaram-se cerca de mil anos. Foi um tempo em que os europeus viveram, em sua maioria no campo, restritos a propriedades que buscavam sua autossuficiência.

A sociedade – muito diferente daquela do Império Romano – era rigidamente hierarquizada- dividida em estamentos (classes sociais) e marcada pela fé em Deus e pelo controle da Igreja católica, sem dúvida a instituição mais poderosa de toda a Idade Média. O poder político era descentralizado, isto é, estava nas mãos de inúmeros senhores da terra.

Por todas essas características, muitos estudiosos acabaram chamando esse momento de Idade das Trevas. Eles acreditavam que o mundo medieval tinha soterrado o conhecimento produzido pelos gregos e romanos. O estudo dos fenômenos naturais e das relações sociais por meio da observação, por exemplo, teria sido substituído pelo misticismo religioso.

O certo é que durante esses mil anos a sociedade europeia construiu grande parte de seus valores culturais, que iriam se espalhar por todo o mundo a partir do século XV, com as Grandes navegações. Valores que são, até hoje, plenamente perceptíveis.

A origem do mundo feudal

Durante séculos, o Império Romano dominou grande parte da Europa. Uma poderosa estrutura administrativa, com exércitos e estradas que interligavam todo o território, possibilitou aos romanos impor as populações dessa parte do continente seu domínio, seu modo de vida e seus costumes.

A partir do século III, esse cenário começaria a se alterar. Com dificuldades para proteger as fronteiras, o Império Romano passou a ser invadido por diversos povos, sobretudo os de origem germânica, como os anglos, os saxões, os francos, os lombardos, os suevos, os burgúndios, os vândalos e os ostrogodos.

No século IV, os hunos, que habitavam a Ásia central, invadiram a Europa e tornaram essa situação mais grave. Esses guerreiros passaram a percorrer os territórios ocupados pelos povos germânicos, obrigando-os a procurar refúgio dentro das fronteiras romanas.

As invasões e os saques a cidades tornaram-se então constantes. Muitas famílias passaram a procurar o campo, considerando mais seguro. Com isso teve início um processo de ruralização em toda a Europa ocidental.

Com o passar dos anos, as propriedades rurais tornaram-se mais protegidas. Transformadas em núcleos fortificados, elas estavam sob a administração de um proprietário com poderes quase absolutos sobre as terras e seus habitantes.

O poder centralizado do Império Romano começava, assim, a se fragmentar. Em 476, os hérulos, povo de origem germânica, invadiram Roma e, comandados por Odoacro, depuseram o imperador Rômulo Augústulo. Foi o passo final para a desagregação do Império Romano do Ocidente.

Em seu lugar, com o tempo, surgiram diversos reinos independentes. No interior deles, iria se formar a sociedade feudal, a partir da mistura de valores e costumes romanos com os dos povos invasores. As principais características dessa nova sociedade seriam a ruralização, o poder fragmentado e a forte religiosidade.

Dividindo o mundo feudal

Muitos estudiosos costumam dividir a história da sociedade feudal em dois momentos distintos: a Alta Idade Média e a baixa Idade Média. O primeiro momento, entre o século V e o IX, é o de consolidação do mundo feudal, quando se formam os reinos e se cristaliza a organização social. No momento seguinte, entre os séculos X e XV, a sociedade feudal começa a dar sinais de mudanças, com o fortalecimento das cidades e do comércio.

A palavra feudo é de origem germânica e seu significado está associado ao direito que alguém possui sobre um bem, geralmente sobre a terra.

O feudo era a unidade de produção do mundo medieval e onde acontecia a maior parte das relações sociais. O senhor do feudo possuía, além da terra, riquezas em espécie e tinha direito de cobrar impostos e taxas em seu território.

O feudo era cedido por um poderoso senhor a um nobre em troca de obrigações e serviços. Quem concedia a terra era o suserano (Sr. Feudal) e quem a recebia era o vassaloO vassalo, por sua vez, podia ceder parte das terras recebidas a outro nobre, passando a ser, ao mesmo tempo, vassalo do primeiro senhor e suserano do segundo.

O vassalo, ao receber a terra, jurava fidelidade a seu senhor. Esse juramento era uma espécie de ritual que envolvia honra e poder: o vassalo se ajoelhava diante do suserano, colocava sua mão na dele e prometia ser-lhe leal e servi-lo na guerra.

Os suseranos (também chamados de senhores feudais) e os vassalos estavam ligados por diversas obrigações: o vassalo devia serviço militar a seu suserano, e este proteção a seu vassalo. Pode-se dizer que não havia quem não fosse vassalo de outro.

Na sociedade medieval, o rei não cumpria a função de chefe de Estado. Apesar de seu papel simbólico, ele tinha poderes apenas em seu próprio feudo. Sua vantagem era não dever obrigações de vassalo, dentro de seu reino, a outro senhor.

A economia feudal

A economia feudal baseava-se principalmente na agricultura. Existiam moedas na Idade Média, porém eram pouco utilizadas. As trocas de produtos e mercadorias eram comuns na economia feudal. O feudo era a base econômica deste período, pois quem tinha a terra possuía mais poder. O artesanato também era praticado na Idade Média. A produção era baixa, pois as técnicas de trabalho agrícola eram extremamente rudimentares. O arado puxado por bois era muito utilizado na agricultura.

A sociedade medieval

A sociedade medieval era hierarquizada; a mobilidade social era praticamente inexistente. Alguns historiadores costumam dividir essa sociedade em três ordens: a do clero; a dos Susseranos, guerreiros e a dos camponeses.

Ao clero cabia cuidar da salvação espiritual de todos; aos guerreiros, zelar pela segurança; e aos servos, executar o trabalho nos feudos.

No mundo medieval, a posição social dos indivíduos era definida pela posse ou propriedade da terra, principal expressão de riqueza daquele período.

O Senhor feudal tinha a posse legal da terra, o poder político, militar, jurídico e até mesmo religioso, se fosse um padre, bispo ou abade. Os servos não tinham a propriedade da terra e estavam presos a ela por uma série de obrigações devidas ao senhor e à igreja. Embora não pudessem ser vendidos, como se fazia com os escravos no Mundo Antigo, não podiam abandonar a terra sem a permissão do senhor.

Educação, artes e cultura

A educação era para poucos, pois só os filhos dos nobres estudavam. Marcada pela influência da Igreja, ensinava-se o latim, doutrinas religiosas e táticas de guerras. Grande parte da população medieval era analfabeta e não tinha acesso aos livros.

A arte medieval também era fortemente marcada pela religiosidade da época. As pinturas retratavam passagens da Bíblia e ensinamentos religiosos. As pinturas medievais e os vitrais das igrejas eram formas de ensinar à população um pouco mais sobre a religião.

Podemos dizer que, em geral, a cultura medieval foi fortemente influenciada pela religião. Na arquitetura destacou-se a construção de castelos, igrejas e catedrais.

A Igreja no período medieval

A Igreja católica surgiu durante o Império Romano, mas foi durante a Idade Média que se consolidou como a mais importante instituição da Europa ocidental. Naquela época, não havia quem duvidasse da existência de Deus: ser católico era tão natural quanto o ato de respirar.

A partir do século XV, os europeus levariam sua cultura para diversas regiões do mundo. Dentre esses valores, estava o catolicismo. Foi assim, por exemplo, que o Brasil se tornou a maior nação católica do mundo.

Principal poder espiritual e temporal na Europa durante a Idade Média, a Igreja Católica, além de ser a única instituição com ramificações em todas as regiões e lugarejos, possuía muitas terras e riquezas e era obedecida e temida pela quase totalidade dos habitantes.

Sabe-se que a Igreja chegou a possuir mais de um terço de todas as terras da Europa Ocidental. As origens desta acumulação de bens materiais ainda hoje causam polêmicas entre os historiadores.

O poder da Igreja era tão grande nessa época que aqueles que enfrentavam seu poder eram chamados de hereges ou infiéis. Herege é uma palavra de origem grega, que significa “aquele que escolhe”, mas na Idade Média passou a denominar a pessoa ou o grupo que defendia doutrina contrária à Igreja ou discordava dos seus dogmas, das suas verdades.



Uma das penalidades aplicadas pela Igreja aos hereges era a morte na fogueira.

Para enfrentar os hereges e consolidar seu poder na sociedade, a Igreja Católica instituiu o Tribunal do Santo Ofício que perseguia os hereges e aqueles que tinham comportamentos e preferências contrários aos seus ensinamentos morais e disciplinares.

BIBLIOGRAFIA – FONTES

 

http://www.sohistoria.com.br

 

http://www.stoodi.com.br



               

EXERCÍCIO

 

 Após ler o texto “INTRODUÇÃO A IDADE MÉDIA“ responda as seguintes questôes:

 

 

01. O termo Idade Média se aplica à história de todos os povos do mundo no período que se estende do século V ao XV?

02. Explique com as suas palavras as principais características econômicas, políticas e sociais do feudalismo.

03. Justifique a afirmação: “A sociedade feudal nasceu da fusão da cultura romana com a cultura germânica”.

04. Explique com as suas palavras de onde se originaram o poder e a riqueza da Igreja Católica durante a Idade Média.

05. A educação alcançava todas as pessoas? O que era ensinado nas escolas na Idade Média?

06. Na nossa sociedade, pode acontecer de um assalariado, depois de muitos anos de trabalho duro, tornar-se dono de uma pequena empresa. Na sociedade feudal isto também era possível?.

 

Informações adicionais sobre a elaboração e entrega das atividades:

1-DEVEM SER ENVIADAS AS PERGUNTAS E RESPOSTAS DO EXERCÍCIO

2-NO EXERCÍCIO DEVE CONSTAR SEU NOME, NÚMERO E TURMA.

3- ENVIAR DUVIDAS PARA O EMAIL

ana.historia.ra@gmail.com

Data máxima da entrega: 31/03/2021

E mail onde o aluno deverá entregar a atividade:

ana.historia.ra@gmail.com

 

 

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