Plano
de aula não presencial EE
Rodrigues Alves |
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Professor: Cláudio |
Disciplina: Eletiva – Geografia da Música |
Classes: 8º B |
Data: 13 a 16 de outubro. |
Objetivo da aula: Perceber a importância da música nas
manifestações de ordem politica e cultural. |
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Habilidade da aula: Compreender a música enquanto manifestação
política e cultural nos diferentes contextos históricos. |
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Conteúdo da aula: Música
de protesto
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Roteiro da atividade: Faça uma pequena análise sobre a utilização da música como forma de
protesto. |
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Informações adicionais sobre a elaboração e entrega das
atividades: Vídeos complementares na página do facebook Virtua professor
Claudio - @claudioteacher |
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Data da entrega: 19 de outubro. |
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E mail onde o aluno deverá entregar a atividade: claudiogoncalves@professor.educacao.sp.gov.br |
Música de Protesto
A
música para a maioria das pessoas é uma forma de expressar sentimentos,
desejos, frustrações, conceito que não está muito longe da realidade, pois
durante muito tempo a música foi utilizada como forma de “abrir os olhos da
humanidade” para as questões que afligiam o mundo, como a guerra, a
discriminação, a opressão, etc. Para muitos músicos, a canção não deve falar de
coisas banais, mas sim, explorar letras na tentativa de mudar a realidade cruel
em que grande parte do mundo vive, é buscar através da música a liberdade para
a humanidade. A música com referência ideológica existe há muito tempo, mas foi
a partir da década de 1960 que a música, como forma de protesto, ganhou
popularidade, em especial com as bandas britânicas Beatles e Rolling Stones,
com a expressividade do rock. Levantando diversas questões como, por exemplo,
discussões em favor da liberdade de expressão, pelo fim das guerras e do
desarmamento nuclear, idealizando um mundo de “paz e amor”, com músicas como;
“Revolution” (Beatles) e “We Love You” (Rolling Stones). Durante a Guerra do
Vietnã, outras bandas entraram na onda de protestos. Em 1964, no Brasil, a repressão
e a censura instauradas pelo regime militar deram origem a movimentos musicais
que viam na música uma forma de criticar o governo e de chamar a população para
lutar contra a ditadura. Os grandes nomes desse período foram Gilberto Gil,
Caetano Veloso, Chico Buarque, Geraldo Vandré, entre outros. Usando na letra de
suas músicas metáforas e ambiguidades, títulos como: “É Proibido Proibir”, “Que
as Crianças Cantem Livres” e “Para Não Dizer que Não Falei das Flores” fizeram
sucesso na época e até hoje ainda fazem.
Foram diversas as canções que falavam
da maneira insana que o regime controlava e tratava a população. Já nos anos
70, surgiu o famoso movimento punk rock, representados por bandas como o The
Ramones, Sex Pistols e The Clash, esses faziam criticas à Guerra Fria, ao
nacionalismo e à monarquia britânica.
Nesse
mesmo período surgiu o reggae, na Jamaica, que trazia em suas letras mensagens
de protesto e conscientização quanto aos problemas da época. Nos anos 80 e 90,
surgiram as principais referências musicais da atualidade. Uma das principais
bandas foi a irlandesesa U2, fazendo sucesso com a música “Sunday Bloody
Sunday”, letra que trazia o desabafo e a indignação dos cantores contra a
intolerância religiosa entre protestantes e católicos que resultou na morte de
dezenas de pessoas, fato ocorrido em 1972, em Derry, na Irlanda do Norte. Além
do U2, muitas outras bandas se engajaram em causas humanitárias e
ambientalistas como, por exemplo, a banda australiana Midnight Oil. Já no
Brasil os anos 80 marcaram o surgimento dos principais nomes do rock nacional,
em especial as bandas nascidas em Brasília e São Paulo como Legião Urbana,
Plebe Rude, Paralamas do Sucesso, Capital Inicial e Titãs. Cada uma trazendo
seu próprio estilo e suas indignações contra os problemas e a enganação da
sociedade. Na música “Geração Coca-Cola” do grupo Legião Urbana, é possível ver
a indignação contra a soberania norte-americana sobre o Brasil e os demais
países:
(Composição:
Renato Russo/ Fê Lemos)
“Quando nascemos fomos programados
A receber o que
vocês
Nos empurraram com
os enlatados
Dos U.S.A., de
nove as seis.
Desde pequenos nós
comemos lixo
Comercial e
industrial
Mas agora chegou
nossa vez
Vamos cuspir de
volta o lixo em cima de vocês
Somos os filhos da
revolução
Somos burgueses sem
religião
Somos o futuro da
nação
Geração Coca-Cola
Depois de 20 anos
na escola
Não é difícil
aprender
Todas as manhas do
seu jogo sujo
Não é assim que
tem que ser
Vamos fazer nosso
dever de casa
E aí então vocês
vão ver
Suas crianças derrubando
reis
Fazer comédia no
cinema com as suas leis
Somos os filhos da
revolução
Somos burgueses
sem religião
Somos o futuro da
nação
Geração Coca-Cola
Geração Coca-Cola
Geração Coca-Cola
Geração Coca-Cola
E
foi com esse tipo de letra que essas bandas fizeram e ainda fazem sucesso entre
os jovens. Onde todos têm o sonho de fazer a revolução, de mudar a realidade do
mundo. Hoje, existem muitos grupos de ref
erência
mundial, que fazem sucesso com suas letras de protesto, como a estadunidense
Green Day com a música “American Idiot” (Idiota Americano) que manifesta sua
oposição à presença militar dos EUA no Iraq
ue:
“Não quero ser um idiota americano.
Uma nação governada
pela mídia.
Informações da
idade da histeria.
Está chamando um
idiota americano.
Bem-vindo a um
novo tipo de tensão.
Por toda a
“alien-nação”,
Onde tudo não é
feito para ser certo.
A televisão sonha
com amanhã.
Nós não somos o
que pretendemos seguir.
E isso é o
suficiente para discutir.”
Essas bandas atuais e de caráter
revolucionário demonstram o quanto a música ainda é um forte instrumento de
manifestação contra o avanço do desenvolvimento desordenado no planeta,
autoritarismo e intolerância. A música de protesto há muito tempo deixou de ser
exclusiva de alguns grupos, ultrapassando a esfera do rock e atingindo outros
estilos, hoje o Rap é um dos ritmos mais conceituados da atualidade,
apresentando letras de protesto contra as desigualdades sociais, raciais e
religiosas.
Atividade
Faça uma pequena análise
sobre a utilização da música como forma de protesto.
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