Plano de aula não presencial
EE Rodrigues Alves
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Professor: Cláudio
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Disciplina: Eletiva – Geografia do
Futebol
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Classes:6º B
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Data: 13 a 17 de julho
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Objetivo da aula: Compreender o
processo de seleção de jogadores nas categorias de base dos clubes do Futebol.
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Habilidade da aula: Fazer
com que os alunos compreendam como ocorre o processo de seleção do jogador de
futebol e o que é necessário para seguir na carreira futebolística.
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Conteúdo
da aula: A
evolução das peneiras: o processo seletivo do jogador de futebol
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Roteiro da atividade: Desenvolva um
pequeno texto demonstrando como você agiria se tivesse que participar de uma
peneira de futebol.
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Informações adicionais sobre a
elaboração e entrega das atividades:
Vídeos complementares na página do facebook
Virtua professor Claudio - @claudioteacher
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Data da entrega: 20 de julho
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E mail onde o aluno deverá
entregar a atividade:
claudiogoncalves@professor.educacao.sp.gov.br
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A
evolução das peneiras: o processo seletivo do jogador de futebol
Eduardo Barros
Ainda como
colunista semanal, no final de 2009, o Dr. Alcides Scaglia propôs que a
detecção de potenciais jogadores inteligentes deve ser o grande objetivo num
processo de avaliação de atletas. Nesta oportunidade, mencionou que atributos
físicos e habilidade com bolas nos pés devem ser menos importantes que a
capacidade de entendimento de jogo e de aprendizagem do padrão organizacional
sistêmico dos jogos. A coluna desta semana apresentará breves informações sobre
procedimentos de análise na captação de atletas, buscando contribuir com o
esboço outrora proposto. O sonho de se tornar jogador de futebol alimenta a
vida de milhões de crianças e adolescentes do nosso país. Na busca do sonho, o
primeiro passo de muitos é ser aprovado em uma peneira de um clube de futebol.
É neste ambiente que, dia após dia, expressões costumeiras são ditas, ouvidas e
propagadas (muitas vezes erroneamente) acerca das “peneiras”, dos “peneirados”
e de quem as organiza.
“De mil, vira um!”
“Em vinte minutos dá pra ver se o jogador é bom!”
“Tenho olho clínico para observar jogador”
“Só pelo jeito de andar, dá pra ver que não leva jeito.”
“Ele é bom zagueiro, mas é muito baixo.”
“Jogador igual a você eu já tenho no elenco, então, pra você ficar, teria que ser melhor do que os que estão aqui.”
“Em vinte minutos dá pra ver se o jogador é bom!”
“Tenho olho clínico para observar jogador”
“Só pelo jeito de andar, dá pra ver que não leva jeito.”
“Ele é bom zagueiro, mas é muito baixo.”
“Jogador igual a você eu já tenho no elenco, então, pra você ficar, teria que ser melhor do que os que estão aqui.”
Com processos de captação devidamente
elaborados e co-relacionados com uma boa formação, num futuro próximo, as
frases poderão ser as seguintes:
“De mil, viram cinquenta!”
“Em cinco sessões de treino dá pra ver se o jogador é bom!”
“Tenho olho clínico para observar jogador, mas os olhares de mais alguns profissionais (outros técnicos, adjuntos, psicólogo) podem me auxiliar.”
“Anda todo desengonçado, mas joga bem”.
“Ele é bom zagueiro mesmo sendo baixo.”
“Jogador igual a você eu já tenho no elenco, então, te darei oportunidade para evoluir, pois você está chegando agora.”
“Em cinco sessões de treino dá pra ver se o jogador é bom!”
“Tenho olho clínico para observar jogador, mas os olhares de mais alguns profissionais (outros técnicos, adjuntos, psicólogo) podem me auxiliar.”
“Anda todo desengonçado, mas joga bem”.
“Ele é bom zagueiro mesmo sendo baixo.”
“Jogador igual a você eu já tenho no elenco, então, te darei oportunidade para evoluir, pois você está chegando agora.”
Os procedimentos de análise têm uma
estrutura semelhante, porém, possuem algumas especificações de acordo com as
faixas etárias correspondentes a cada categoria, que estão subdivididas em: (1)
Transição Esportiva, (2) final da Transição e inicio da Especialização e (3)
Especialização.
Categorias de Transição Esportiva – 11 e 12 anos
No processo de avaliação desta faixa
etária, não deve haver preocupação exclusiva com a definição de função dos
jogadores, principalmente em ambiente formal. A estruturação de espaço no campo
de aproximadamente 100m x 68m não permite uma boa aplicação de qualquer que
seja a posição. Quanto ao tempo de avaliação, deve-se permitir a realização de
pelo menos seis sessões de treino, entre duas e três semanas, para possibilitar
assimilação dos conteúdos vivenciados nos diferentes tipos de jogos. A análise
das características do jogador deve compreender o potencial de execução de
atitudes predominantemente defensivas, ofensivas ou ambas, pois, compreendendo
as características do jogador (táticas, técnicas, físicas e emocionais),
facilita posterior definição de suas regras de ação. O predomínio de jogos deve
ter dimensão e número de jogadores reduzidos. A relação com menos jogadores
exige um menor nível de complexidade, o que facilita a interpretação e leitura
de jogo dos praticantes. Alguns jogos elaborados devem fugir significativamente
a lógica do jogo de futebol. Para isso, retirada de alvos, aumento de alvos,
utilização de perna/braço não dominantes, pontuação por número de passes,
desarmes, são ferramentas que devem ser amplamente exploradas.
Alguns jogos elaborados devem
assemelhar-se à lógica do jogo de futebol. É para tal prática que eles estão
sendo avaliados. A intervenção do treinador deve ser constante com o intuito de
elevar a compreensão do jogo praticado. A ação centrada à bola é comportamento
padrão desta faixa etária, logo, desconstruir um jogo anárquico é função do
treinador. Classificar e perceber a evolução da manifestação das Competências
Essenciais (relação com a bola, estruturação do espaço e comunicação na ação)
do jogo, pelo jogador, em ambientes não formais. Como destaque na análise
destas competências, qualifica-se a eficiência do passe em situação de jogo,
por ser fundamento predominante do futebol, o posicionamento sem bola em função
das referências do jogo (alvo, tamanho de campo, bola, companheiros e
adversários) além do acerto e da antecipação nas tomadas de decisão.
Após aprovação no processo seletivo,
realizar inserção no grupo de jogadores, disponibilizando tempo hábil para
adaptação. Uma reunião com os pais pode ser realizada para apresentação da
filosofia de trabalho de clube.
Final da Transição Esportiva e início da Especialização – 13 e 14 anos
No processo de avaliação desta faixa
etária, deve haver preocupação com o cumprimento de uma posição específica pelo
jogador, sobretudo em ambiente formal. É necessário avaliar o nível de
aplicação inicial de conteúdos ofensivos, defensivos e de transições.
Quanto ao tempo de avaliação, a
realização de pelo menos oito sessões de treino, entre duas e três semanas,
para permitir assimilação dos conteúdos. A análise das características do
jogador deve compreender o potencial de realização de mais de uma posição,
identificando versatilidade. Caso não demonstre tais características, observar
potencial de se tornar especialista da posição que desempenha. Deve haver um
equilíbrio de jogos com dimensão e jogadores reduzidos e em ambiente formal.
Poucos jogos elaborados devem fugir significativamente a lógica do jogo de
futebol. Alguns jogos elaborados devem assemelhar-se a lógica do jogo de
futebol. Para isso, a estrutura gol a atacar e a defender deve ser mantida. Alguns
jogos elaborados devem ter relação com o Modelo de Jogo pretendido/praticado
pelo treinador. A ideia de jogo do treinador deve estar presente em algumas
atividades por meio de conteúdos tático-estratégicos ofensivos, defensivos e de
transição relativos aos comportamentos de sua equipe.
A intervenção do treinador deve ser
constante com o intuito de elevar a compreensão do jogo praticado e reduzida
nas situações em ambiente formal para observar a transferência da aprendizagem.
Em relação às Competências Essenciais, a análise é equivalente à categoria
anterior. Após aprovação no processo seletivo, realizar inserção no grupo de
jogadores, disponibilizando tempo hábil para adaptação. Uma entrevista com pais
deve ser realizada para apresentação da filosofia de trabalho de clube, além de
uma anamnese com membros da comissão técnica para identificar histórico de
treino, lesões, hábitos alimentares e comportamentais.
Especialização – 15, 16 e 17 anos
Nesta faixa etária, o processo de
avaliação deve observar quem é competente no exercício de uma posição. Em
relação ao tempo de avaliação, cinco sessões de treino, correspondente a uma
semana, são suficientes para definir a aprovação do jogador e inserção no
elenco. Inicialmente, um questionário pode ser realizado com o intuito de
descobrir em quais plataformas de jogo o avaliado já jogou e quais são as
regras de ação que o mesmo entende como designadas a sua posição. Ter o
conhecimento teórico (intuitivo e/ou adquirido) de suas funções no jogo
permitirá comparação com o desempenho circunscrito ao jogo. No passo seguinte,
caberá ao treinador formar diferentes equipes e solicitar regras de ação
específicas para cada jogador. Com esta faixa etária, espera-se uma alta
capacidade de interpretação e aplicação das informações da comissão técnica. No
jogo formal, conforme mencionado na faixa etária anterior, a qualidade das
ações ofensivas, defensivas e de transições também devem ser identificadas. Jogos
que forem realizados com dimensão e espaços reduzidos devem, posteriormente,
ter suas regras transportadas para aplicação em ambiente formal de jogo. O
ambiente formal é o predominante na realização das atividades. Nenhum jogo
elaborado deve fugir significativamente a lógica do jogo de futebol e todos os
jogos aplicados devem ter relação direta com o Modelo de Jogo
pretendido/praticado pelo treinador. Nesta faixa etária, ao menos quatro anos
de formação já se passaram e bom desempenho de jogo prévio é imprescindível
para aprovação no processo seletivo. Cada sessão de treino pode ter como
macro-objetivo os diferentes momentos de jogo, o que permitirá um mapeamento
detalhado do nível de aplicação de conteúdos possuídos por cada jogador. A
abordagem e intervenção do treinador devem ser pontuais, principalmente quando
as regras de ação desempenhadas forem diferentes das solicitadas pela comissão.
O tempo restante de formação para
atletas aprovados nesta faixa etária é bastante reduzido, logo, ampla discussão
interdisciplinar sobre um atleta que desperte interesse deve ser proposta para
estimar seu potencial de formação integral, aliado ao perfil desejado pelo
clube. Nesta discussão, devem participar psicóloga, nutricionista,
fisiologista, treinadores e adjuntos, para comporem a decisão final e
apresentarem o resultado à diretoria que, ao analisar o relatório do atleta
avaliado, decide o investimento.
As populares “peneiras” precisam
evoluir. Potenciais grandes jogadores de futebol se perdem no imenso território
brasileiro devido à escassez de verdadeiros “olhos clínicos” para atletas
inteligentes. Avaliar um atleta de 12 anos é diferente de avaliar um atleta com
16, já no final do período de formação. Trinta minutos de coletivo não pode ser
a atividade proposta para ambos. E, para finalizar, a obviedade e a certeza de
que as melhores escolhas, lembrando que aliadas a uma boa formação, serão
fundamentais para a sustentabilidade das categorias de base do clube. Foi assim
com Sneijder, no Ajax, Cristiano Ronaldo, no Sporting, Neymar, no Santos, e
Puyol, no Barcelona. Por falar em Barcelona, dos atletas aprovados em avaliações
do clube catalão (por seletivas, observações e captações na Espanha e em todo o
mundo) e que passam a residir no La Masía, 10% debutam na equipe
principal. Equipe que decidirá o título da Uefa Champions League com um número significativo
de jogadores “pratas da casa”.
É a prova que de 1000, “viram” mais
que um!
Atividade
Desenvolva um
pequeno texto demonstrando como você agiria se tivesse que participar de uma
peneira de futebol.
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