Plano de aula não presencial
EE Rodrigues Alves
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Professor: Cláudio
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Disciplina: Geografia
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Classes: 8º s A/B
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Data: 22 a 26 de junho
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Objetivo da aula: Compreender as
relações do Brasil com as corporações e os organismos internacionais.
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Habilidade da aula:
(EF08GE05)
Aplicar os conceitos de Estado, nação, território, governo e país e analisar
os conflitos e tensões na contemporaneidade, com destaque para as situações
geopolíticas na América e na África e suas múltiplas regionalizações a partir
do pós-guerra.
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Conteúdo da aula: Corporações
e organismos internacionais e do Brasil na ordem econômica mundial.
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Roteiro da atividade:
Faça uma análise crítica
sobre a política externa brasileira e de suas relações com a África e a
América Latina.
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Informações adicionais sobre a
elaboração e entrega das atividades: Se possível, pesquisar mais sobre o
assunto na internet.
Vídeos complementares na página do
facebook Virtua professor Claudio - @claudioteacher
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Data da entrega:29 de Junho
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E mail onde o aluno deverá
entregar a atividade:
claudiogoncalves@professor.educacao.sp.gov.br
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Corporações e organismos internacionais e do Brasil na ordem
econômica mundial.
As relações
internacionais do Brasil são fundamentadas no artigo 4.º da Constituição Federal de 1988, que determina, no relacionamento do Brasil com outros países e organismos multilaterais, os princípios da não-intervenção, da autodeterminação dos povos, da cooperação internacional e da solução pacífica de conflitos. Ainda segundo a Constituição Federal de 1988,
a política externa é de competência privativa do Poder Executivo federal, cabendo ao Legislativo federal as tarefas de aprovação de tratados internacionais e dos embaixadores designados pelo Presidente da República. O Ministério das Relações Exteriores (MRE), também conhecido como Itamaraty, é o órgão do poder executivo responsável pelo assessoramento do
Presidente da República na formulação, desempenho e acompanhamento das relações
do Brasil com outros países e organismos internacionais. A atuação do Itamaraty
cobre as vertentes política, comercial, econômica, financeira, cultural e
consular das relações externas, áreas nas quais exerce as tarefas clássicas
da diplomacia: representar, informar e negociar. As
prioridades da política externa são estabelecidas pelo Presidente da República.
Anualmente, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, geralmente no mês de setembro, o Presidente
da República, ou o Ministro das Relações Exteriores, faz um discurso onde são
apresentados, ou reiterados, os temas de maior relevância para o governo brasileiro. Ao longo das últimas duas décadas, o Brasil tem dado ênfase à integração regional (em que se destacam dois processos
basilares, o do Mercosul e o da ex-Comunidade Sul-Americana de Nações, atual Unasul); às negociações
de comércio exterior em plano multilateral (Rodada de Doha, Organização Mundial de Comércio, solução de contenciosos em áreas específicas,
como algodão, açúcar, gasolina, exportação de aviões); à expansão da presença brasileira na África, Ásia, Caribe e Leste Europeu, por meio da abertura de novas representações
diplomáticas (nos últimos seis anos foram instaladas Embaixadas em 18 países); à reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, cujo formato e composição o governo
brasileiro considera anacrônicos e injustos (o Brasil deseja ser incluído,
juntamente com a Índia, Japão e Alemanha, no grupo de países com assento permanente no
Conselho, atualmente limitado a cinco: Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido).
Política externa
A política externa do Brasil reflete a posição do país como potência emergente, detentor de amplo território, de economia
pujante (sétima maior do mundo, em 2012), de vastos recursos naturais e
grande população e biodiversidade. Por tais características, a presença do país
tem sido recorrente nas negociações de acordos internacionais relativos a temas
como desenvolvimento sustentável, comércio internacional (Rodada de Doha), combate à pobreza e reforma de instituições multilaterais
como Nações Unidas e Fundo Monetário Internacional, entre outros. A política externa brasileira
tem sido geralmente baseada nos princípios do multilateralismo, na pacífica solução de controvérsias e na
não-intervenção nos assuntos de outros países. O Brasil se engaja na
diplomacia multilateral por meio da Organização dos Estados Americanos (OEA) e das Nações Unidas, e tem aumentado seus laços com os países em
desenvolvimento da África e da Ásia. O país foi líder de uma força multinacional
de estabilização da ONU no Haiti, a MINUSTAH. Em vez de perseguir prerrogativas
unilaterais, a política externa brasileira tende a enfatizar a integração
regional, primeiro através do Mercado Comum do Sul (Mercosul) e, mais recentemente, da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL). O Brasil também está empenhado
na cooperação com outras nações de língua portuguesa, através de acordos e colaborações com o
resto do mundo lusófono, em vários domínios que incluem a cooperação
militar, ajuda financeira e o intercâmbio cultural. Isto é feito no âmbito
da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), por exemplo. Por fim, o Brasil
também está fortemente empenhado no desenvolvimento e na restauração da paz
no Timor-Leste, onde o país tem uma influência muito
poderosa. Os empreendimentos políticos,
empresariais e militares do Brasil são complementados pela política comercial
do país. No Brasil, o Ministério das Relações Exteriores continua a dominar a política comercial,
fazendo com que os interesses comerciais brasileiros possam ser usados, às
vezes, no objetivo maior da política externa do país, ou seja, aumentar a
influência do Brasil na América Latina e no mundo. Por exemplo, a
celebração de acordos comerciais significativos com países desenvolvidos (como os Estados Unidos e a União Europeia) provavelmente seria benéfica para os
interesses econômicos de longo prazo do Brasil, no entanto, o governo brasileiro tem priorizado seu papel de liderança
dentro dos laços comerciais do Mercosul e ampliado sua presença econômica em
países da África, Ásia e Oriente Médio.
Relações por região
África
As relações entre o Brasil e os países africanos não estão restritas ao campo comercial e
econômico, abrangem também laços históricos e culturais, uma vez que sofreram
o imperialismo europeu: colonialismo e neocolonialismo. Mais de 60% da ajuda ao desenvolvimento do
Brasil vai para a África. O Brasil integra algumas organizações internacionais juntamente com países africanos. Entre
elas, destaca-se a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que reúne, entre outros países lusófonos, o Brasil, Cabo Verde, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe. Mais de 80% da ajuda ao desenvolvimento do
Brasil para a África vai para os cinco países africanos de língua portuguesa. Além dessa, há a Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul, integrada por países banhados pelo Oceano Atlântico em sua porção meridional. O Brasil também dá mais ajuda ao
desenvolvimento a esses países na costa do Atlântico. A União Latina, semelhante à CPLP, abrange também a Costa do Marfim, Senegal e outros países do mundo de línguas neolatinas. Apesar das viagens recentes presidenciais
brasileiras ao continente, as relações comerciais são pequenas na
parcela total de negócios e elas estão concentradas na Nigéria, Angola e África do Sul e nas empresas Vale e a Petrobras. No
campo agrícola, o Brasil tem investido na produção africana através da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) com o objetivo de ter o mercado africano aberto às indústrias brasileiras que atuam na área agrícola, como a maquinaria, agroquímica e de infraestrutura logística. Ajuda ao desenvolvimento brasileiro é
concentrado principalmente no sector agrícola na maioria dos países da África
Sub-Sahariana. Projetos de aproximação
também são desenvolvidos no campo cultural-acadêmico, um exemplo recente é o Projeto Brasil-África
do Instituto de Estudos Brasileiros da
Universidade de São Paulo (IEB-USP), que pretende disponibilizar
eletronicamente seus textos sobre as relações entre África e Brasil até o fim
de 2010. Cerca de metade da ajuda do Brasil para a África é dedicada ao setor
da educação, principalmente para o ensino secundário e pós-secundário. No
entanto, a maior parte desta ajuda está concentrada nos países de língua
portuguesa, membros da CPLP. No resto da África Subsaharaiana, o Brasil
gasta mais apoio à agricultura. Em 27 de
abril de 2010, o Brasil e a República Centro-Africana estabeleceram relações diplomáticas. Esse
foi o último dos Estados africanos a relacionar-se com o Brasil.
América Latina
Durante a última década, o Brasil
estabeleceu-se claramente como uma potência regional. O país tem sido tradicionalmente um
líder na comunidade interamericana e desempenhou um papel importante nos
esforços de segurança coletiva, bem como na cooperação econômica no hemisfério ocidental. A política externa brasileira apóia os
esforços de integração econômica e política a fim de reforçar relações
duradouras com seus vizinhos. O Brasil é um membro fundador da Organização dos Estados Americanos (OEA) e do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (Tratado do Rio). O país deu
prioridade à expansão das relações com seus vizinhos sul-americanos e
fortaleceu os organismos regionais, como a Associação Latino-Americana de Integração (ALADI), a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e do Mercado Comum do Sul (Mercosul). Embora a integração seja
o objetivo principal dessas organizações, elas também servem como fóruns onde o
Brasil pode exercer a sua liderança regional e desenvolver um consenso em torno
de suas posições sobre questões regionais e globais. Ao promover a
integração através de organizações como o Mercosul e a Unasul, Brasil tem sido
capaz de solidificar seu papel como potência regional. Além de consolidar
o seu poder na América do Sul, o Brasil tem procurado expandir a sua
influência para toda a região, aumentando o seu envolvimento no Caribe e na América Central. Brasil
regularmente oferece créditos de exportação e bolsas universitárias aos seus vizinhos latino-americanos. Nos últimos anos, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES) concedeu US$ 5 bilhões em
empréstimos a países da região. O Brasil tem também cada vez mais
aumentado a ajuda financeira e assistência técnica a nações latino-americanas.
Entre 2005 e 2009, Cuba, Haiti e Honduras foram os três principais beneficiários da
ajuda brasileira, recebendo mais de US$ 50 milhões anuais.
Atividade
Faça uma análise crítica sobre a política
externa brasileira e de suas relações com a África e a América Latina.
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