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sexta-feira, 19 de junho de 2020

Plano de aula não presencial
EE Rodrigues Alves
Professor: Cláudio
Disciplina: Geografia
Classes: 8º s A/B
Data: 22 a 26 de junho
Objetivo da aula: Compreender as relações do Brasil com as corporações e os organismos internacionais.
Habilidade da aula:  
(EF08GE05) Aplicar os conceitos de Estado, nação, território, governo e país e analisar os conflitos e tensões na contemporaneidade, com destaque para as situações geopolíticas na América e na África e suas múltiplas regionalizações a partir do pós-guerra.
Conteúdo da aula:  Corporações e organismos internacionais e do Brasil na ordem econômica mundial.
Roteiro da atividade:
Faça uma análise crítica sobre a política externa brasileira e de suas relações com a África e a América Latina.
Informações adicionais sobre a elaboração e entrega das atividades: Se possível, pesquisar mais sobre o assunto na internet.
Vídeos complementares na página do facebook Virtua professor Claudio - @claudioteacher
Data da entrega:29 de Junho
E mail onde o aluno deverá entregar a atividade:
claudiogoncalves@professor.educacao.sp.gov.br



Corporações e organismos internacionais e do Brasil na ordem econômica mundial.

As relações internacionais do Brasil são fundamentadas no artigo 4.º da Constituição Federal de 1988, que determina, no relacionamento do Brasil com outros países e organismos multilaterais, os princípios da não-intervenção, da autodeterminação dos povos, da cooperação internacional e da solução pacífica de conflitos. Ainda segundo a Constituição Federal de 1988, a política externa é de competência privativa do Poder Executivo federal, cabendo ao Legislativo federal as tarefas de aprovação de tratados internacionais e dos embaixadores designados pelo Presidente da República. O Ministério das Relações Exteriores (MRE), também conhecido como Itamaraty, é o órgão do poder executivo responsável pelo assessoramento do Presidente da República na formulação, desempenho e acompanhamento das relações do Brasil com outros países e organismos internacionais. A atuação do Itamaraty cobre as vertentes política, comercial, econômica, financeira, cultural e consular das relações externas, áreas nas quais exerce as tarefas clássicas da diplomacia: representar, informar e negociar. As prioridades da política externa são estabelecidas pelo Presidente da República. Anualmente, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, geralmente no mês de setembro, o Presidente da República, ou o Ministro das Relações Exteriores, faz um discurso onde são apresentados, ou reiterados, os temas de maior relevância para o governo brasileiro. Ao longo das últimas duas décadas, o Brasil tem dado ênfase à integração regional (em que se destacam dois processos basilares, o do Mercosul e o da ex-Comunidade Sul-Americana de Nações, atual Unasul); às negociações de comércio exterior em plano multilateral (Rodada de DohaOrganização Mundial de Comércio, solução de contenciosos em áreas específicas, como algodãoaçúcargasolinaexportação de aviões); à expansão da presença brasileira na ÁfricaÁsiaCaribe e Leste Europeu, por meio da abertura de novas representações diplomáticas (nos últimos seis anos foram instaladas Embaixadas em 18 países); à reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, cujo formato e composição o governo brasileiro considera anacrônicos e injustos (o Brasil deseja ser incluído, juntamente com a ÍndiaJapão e Alemanha, no grupo de países com assento permanente no Conselho, atualmente limitado a cinco: Estados UnidosRússiaChinaFrança e Reino Unido).

Política externa


A política externa do Brasil reflete a posição do país como potência emergente, detentor de amplo território, de economia pujante (sétima maior do mundo, em 2012), de vastos recursos naturais e grande população e biodiversidade. Por tais características, a presença do país tem sido recorrente nas negociações de acordos internacionais relativos a temas como desenvolvimento sustentávelcomércio internacional (Rodada de Doha), combate à pobreza e reforma de instituições multilaterais como Nações Unidas e Fundo Monetário Internacional, entre outros. A política externa brasileira tem sido geralmente baseada nos princípios do multilateralismo, na pacífica solução de controvérsias e na não-intervenção nos assuntos de outros países. O Brasil se engaja na diplomacia multilateral por meio da Organização dos Estados Americanos (OEA) e das Nações Unidas, e tem aumentado seus laços com os países em desenvolvimento da África e da Ásia. O país foi líder de uma força multinacional de estabilização da ONU no Haiti, a MINUSTAH. Em vez de perseguir prerrogativas unilaterais, a política externa brasileira tende a enfatizar a integração regional, primeiro através do Mercado Comum do Sul (Mercosul) e, mais recentemente, da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL). O Brasil também está empenhado na cooperação com outras nações de língua portuguesa, através de acordos e colaborações com o resto do mundo lusófono, em vários domínios que incluem a cooperação militar, ajuda financeira e o intercâmbio cultural. Isto é feito no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), por exemplo. Por fim, o Brasil também está fortemente empenhado no desenvolvimento e na restauração da paz no Timor-Leste, onde o país tem uma influência muito poderosa.  Os empreendimentos políticos, empresariais e militares do Brasil são complementados pela política comercial do país. No Brasil, o Ministério das Relações Exteriores continua a dominar a política comercial, fazendo com que os interesses comerciais brasileiros possam ser usados, às vezes, no objetivo maior da política externa do país, ou seja, aumentar a influência do Brasil na América Latina e no mundo. Por exemplo, a celebração de acordos comerciais significativos com países desenvolvidos (como os Estados Unidos e a União Europeia) provavelmente seria benéfica para os interesses econômicos de longo prazo do Brasil, no entanto, o governo brasileiro tem priorizado seu papel de liderança dentro dos laços comerciais do Mercosul e ampliado sua presença econômica em países da ÁfricaÁsia e Oriente Médio.

Relações por região


África


As relações entre o Brasil e os países africanos não estão restritas ao campo comercial e econômico, abrangem também laços históricos e culturais, uma vez que sofreram o imperialismo europeucolonialismo e neocolonialismo. Mais de 60% da ajuda ao desenvolvimento do Brasil vai para a África. O Brasil integra algumas organizações internacionais juntamente com países africanos. Entre elas, destaca-se a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que reúne, entre outros países lusófonos, o Brasil, Cabo VerdeAngolaMoçambiqueGuiné-Bissau e São Tomé e Príncipe. Mais de 80% da ajuda ao desenvolvimento do Brasil para a África vai para os cinco países africanos de língua portuguesa. Além dessa, há a Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul, integrada por países banhados pelo Oceano Atlântico em sua porção meridional. O Brasil também dá mais ajuda ao desenvolvimento a esses países na costa do Atlântico. A União Latina, semelhante à CPLP, abrange também a Costa do MarfimSenegal e outros países do mundo de línguas neolatinas. Apesar das viagens recentes presidenciais brasileiras ao continente, as relações comerciais são pequenas na parcela total de negócios e elas estão concentradas na Nigéria, Angola e África do Sul e nas empresas Vale e a Petrobras.  No campo agrícola, o Brasil tem investido na produção africana através da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) com o objetivo de ter o mercado africano aberto às indústrias brasileiras que atuam na área agrícola, como a maquinaria, agroquímica e de infraestrutura logística. Ajuda ao desenvolvimento brasileiro é concentrado principalmente no sector agrícola na maioria dos países da África Sub-Sahariana.  Projetos de aproximação também são desenvolvidos no campo cultural-acadêmico, um exemplo recente é o Projeto Brasil-África do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (IEB-USP), que pretende disponibilizar eletronicamente seus textos sobre as relações entre África e Brasil até o fim de 2010. Cerca de metade da ajuda do Brasil para a África é dedicada ao setor da educação, principalmente para o ensino secundário e pós-secundário. No entanto, a maior parte desta ajuda está concentrada nos países de língua portuguesa, membros da CPLP. No resto da África Subsaharaiana, o Brasil gasta mais apoio à agricultura.  Em 27 de abril de 2010, o Brasil e a República Centro-Africana estabeleceram relações diplomáticas. Esse foi o último dos Estados africanos a relacionar-se com o Brasil.

América Latina

Durante a última década, o Brasil estabeleceu-se claramente como uma potência regional. O país tem sido tradicionalmente um líder na comunidade interamericana e desempenhou um papel importante nos esforços de segurança coletiva, bem como na cooperação econômica no hemisfério ocidental. A política externa brasileira apóia os esforços de integração econômica e política a fim de reforçar relações duradouras com seus vizinhos. O Brasil é um membro fundador da Organização dos Estados Americanos (OEA) e do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (Tratado do Rio). O país deu prioridade à expansão das relações com seus vizinhos sul-americanos e fortaleceu os organismos regionais, como a Associação Latino-Americana de Integração (ALADI), a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e do Mercado Comum do Sul (Mercosul). Embora a integração seja o objetivo principal dessas organizações, elas também servem como fóruns onde o Brasil pode exercer a sua liderança regional e desenvolver um consenso em torno de suas posições sobre questões regionais e globais. Ao promover a integração através de organizações como o Mercosul e a Unasul, Brasil tem sido capaz de solidificar seu papel como potência regional. Além de consolidar o seu poder na América do Sul, o Brasil tem procurado expandir a sua influência para toda a região, aumentando o seu envolvimento no Caribe e na América Central.  Brasil regularmente oferece créditos de exportação e bolsas universitárias aos seus vizinhos latino-americanos. Nos últimos anos, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) concedeu US$ 5 bilhões em empréstimos a países da região. O Brasil tem também cada vez mais aumentado a ajuda financeira e assistência técnica a nações latino-americanas. Entre 2005 e 2009, CubaHaiti e Honduras foram os três principais beneficiários da ajuda brasileira, recebendo mais de US$ 50 milhões anuais.

Atividade
Faça uma análise crítica sobre a política externa brasileira e de suas relações com a África e a América Latina.


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