Plano de aula não presencial
EE Rodrigues Alves
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Professor: Cláudio
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Disciplina: Geografia
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Classes: 9os A B C D
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Data: 08 a 12 de junho
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Objetivo da aula: Analisar a
questão das minorias étnicas e a questão da multiculturalidade.
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Habilidade da aula:
(EF09GE03) Identificar
diferentes manifestações culturais de minorias étnicas como forma de
compreender a multiplicidade cultural na escala mundial, defendendo o
princípio do respeito às diferenças.
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Conteúdo da aula: Minorias sociais
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Roteiro da atividade:
Produzir uma análise crítica sobre a
questão das minorias no Brasil e no mundo.
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Informações adicionais sobre a
elaboração e entrega das atividades: Vídeos complementares na página do
facebook Virtua professor Claudio - @claudioteacher
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Data da entrega:15 de Junho.
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E mail onde o aluno deverá
entregar a atividade:
claudiogoncalves@professor.educacao.sp.gov.br
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Minorias sociais
O conceito de minoria social diz
respeito, nas ciências sociais, a uma parcela da população que se encontra, de
algum modo, marginalizada, ou seja, excluída do processo de
socialização. São grupos que, em geral, são compostos por um número
grande de pessoas (na maioria das vezes, são a maioria absoluta em números),
mas que são excluídos por questões relativas à classe social, ao
gênero, à orientação sexual, à origem étnica, ao porte de necessidades
especiais, entre outras razões.
Grupos de minorias
As sociedades capitalistas contemporâneas tendem a
desenvolver certos padrões elitistas de
categorizar o que é “normal”. Há um padrão de vida vendido como o melhor, além
de haver um padrão de comportamento socialmente considerado como a norma. Isso
é chamado de normatização. As minorias são setores
sociais que fogem das diversas normatizações impostas e, por mais contraditório
que pareça, elas são a maioria em números absolutos. O capitalismo vende a ideia de
que quem não atende à classificação normativa do sistema não tem valor, é um
ser reduzido. O interessante é que os padrões normativos servem como modo de se
manter a hegemonia das classes dominantes. O padrão
normativo de excelência nesse sistema é mantido por pessoas brancas, com altos
resquícios de um sistema misógino, de classe média para a alta, heterossexuais,
consideradas produtivas, etc.
Os grupos
minoritários, nesta seara de padrões normativos, são vários. Há uma busca pela
representatividade desses grupos no cenário de dominação. Veja abaixo uma
listagem de alguns desses grupos.
Minorias étnicas
As etnias que fogem da denominação padronizada geralmente
levam uma vida afastada do protagonismo dos sistemas de poder,
sejam eles políticos, sejam intelectuais ou financeiros. As hegemonias étnicas
do poder, apesar de serem difundidas com o crescimento do capitalismo,
estabeleceram-se primeiramente no mundo moderno com o deslocamento
intercontinental dos europeus e a consequente colonização de outros territórios
para fora da Europa. Os europeus trataram de dominar os territórios e, com
isso, utilizar a forma de dominação ideológica racista:
colocar o outro (a etnia diferente da branca) como inferior.
Aqui no
Brasil, podemos destacar, principalmente, as minorias étnicas negras e
indígenas.
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Indígenas
Os indígenas são minorias étnicas no Brasil e nas Américas
Habitantes históricos do Brasil pré-colonial, os índios
eram os donos da terra que habitamos hoje. Os portugueses
chegaram aqui e, para explorar as riquezas da terra, começaram um longo e
intenso processo de dizimação das etnias indígenas. Hoje os índios
são minoria absoluta em números e também uma minoria social.
Os índios não têm mais condições materiais de manter o seu
modo de vida tradicional (baseado na vida tribal e na subsistência por meio da
caça e da pesca). A sociedade cresceu e empurrou sobre os índios que ainda
resistem nas aldeias o modo de vida que chamam “civilizado”. Nesse processo,
muitos indígenas e descendentes (mestiços ou não) foram assimilados na cultura
branca. Porém, essa minoria étnica continua distante dos espaços
de poder.
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Negros
Os negros, originários do continente africano,
foram levados para todo o mundo entre os séculos XVI e XIX para serem
escravizados. Isso deixou sequelas na formação das sociedades em todos os continentes fora da África (o racismo, a discriminação e a
marginalização da população negra) e deixou a miséria provocada pela
dominação e pelo colonialismo dentro do continente
europeu. Isso, claro, provocou a construção de sociedades que deixaram os
negros à margem dos mecanismos de poder.
Minorias nacionais
Minorias nacionais são grupos minoritários que
se desenvolvem, muitas vezes em razão da etnia, dentro de sistemas
políticos estatais que excluem certos grupos. Podemos considerar que os
indígenas brasileiros são uma espécie de minoria étnica que se desenvolveu à
margem, mas não são uma minoria nacional. Assim como os judeus eram na Europa
antes do nazismo (com resquícios, ainda são), as minorias
nacionais são povos relegados ao descaso dos Estados por não serem
reconhecidos como cidadãos daquele Estado.
As minorias nacionais compartilham etnia, cultura, religião e costumes de um determinado local.
Os povos ciganos são
minorias nacionais em alguns países europeus, assim como os povos bascos são
minorias na Itália, na Espanha e na França. Como ocorreu com os já
mencionados judeus, as minorias nacionais são compostas por povos que
não se encaixam na cultura de um país e não são reconhecidos como parte da
cultura e daquela nação enquanto cidadãos civis de maneira integral. Os bascos
e os judeus (antes da criação do Estado de Israel para os judeus) são
nacionalidades sem país, sem território.
A criação do Estado de Israel, curiosamente empenhada para resolver o
problema dos judeus, criou uma nova minoria nacional: os palestinos, que
vivem em Israel (e já viviam lá antes) e não são incluídos na formulação daquele
país.
População de baixa renda
Em todo o mundo, sobretudo nos países capitalistas, mas não
inexistente nos países socialistas, a população de baixa
renda representa grande parte das minorias sociais. No caso do Brasil,
as pessoas que vivem com baixa renda e, nos piores e mais numerosos casos, na
miséria absoluta (pessoas abaixo da linha da pobreza) são maioria
em números. A política e os espaços de poder são pensados no mundo
todo para os ricos. Por menores que sejam as desigualdades sociais em um lugar ou em outro, sempre haverá pobreza
enquanto houver a manutenção dos sistemas econômicos tais como estão.
As massas de populações pobres vivem mal no mundo todo, em especial nos países em desenvolvimento. Passam fome,
não têm acesso à alimentação digna e necessária para a manutenção da vida
saudável, não têm acesso ao saneamento básico, não têm acesso à cultura e à
educação. Além do problema atual relacionado à pobreza, há um problema
de manutenção da pobreza. Aos pobres não são dadas chances reais de
superarem sua condição de vida, a não ser por raras exceções ou por um esforço
realmente descomunal daqueles que se encontram na situação miserável.
É
relativamente fácil para um filho da classe média ou alta, com boa alimentação
e com um bom ensino de base ter sucesso profissional e financeiro. Para um
filho da classe baixa que não tem alimentação adequada, que não tem saneamento
básico em casa, que compartilha uma casa pequena, quente e apertada com o
restante da família e que não tem acesso a uma boa educação de base e à
cultura, a tarefa de ter sucesso financeiro torna-se um trabalho quase
inalcançável.
Aparentemente,
as melhores maneiras de se resolver a miséria são os programas de transferência
de renda para resolver o problema emergente da fome e da moradia, além do
investimento em infraestrutura básica (saneamento) e, em especial (e em longo
prazo), o investimento em educação pública e de qualidade.
Minorias sociais e a luta por direitos
Tanto quanto há exclusão social – por classe
social, cor, gênero ou sexualidade –, também há reação a essa exclusão.
É nesse sentido que surgem e se inserem os movimentos sociais, importantes ferramentas de luta contra a
exclusão e a favor da distribuição do poder entre todas as pessoas. No caso dos negros,
por exemplo, temos históricos movimentos sociais que lutaram contra o racismo e a favor da inserção da população negra
nos sistemas de poder no Brasil. Inicialmente, tínhamos no século XIX o movimento
abolicionista brasileiro, que envolvia negros, pardos e brancos
defensores do fim total da escravidão do país.
No século XX, surgiram outros movimentos e
coletivos que visavam ao fim do racismo e à inserção do negro no mundo com
igualdade de oportunidades. A lei antirracismo e a lei de cotas são
exemplos de importantes conquistas desses movimentos no Brasil contemporâneo.
Falando da questão de gênero,
a mulher historicamente foi excluída dos cenários de poder no mundo durante
muito tempo (e ainda nos dias atuais, em menor escala em muitos países, mas
ainda existente). Um movimento social histórico na luta contra a misoginia e a
favor da igualdade de gênero foi o movimento feminista. Existem, no
entanto, vários movimentos feministas de diferentes épocas ou até coexistindo
nos mesmos momentos históricos. Essas diferenças nos movimentos levam em conta
outros aspectos que representam o conceito de minoria em outras situações, como
classe social e etnia.
Os primeiros ideais feministas
insurgiram contra a opressão misógina do patriarcalismo na passagem do século
XVIII para o XIX e resultaram no primeiro grande movimento na passagem do
século XIX para o século XX. Tratava-se do movimento sufragista,
que visava garantir o direito ao voto e à participação feminina no ambiente
político. O movimento foi se transformando e se ramificando, surgindo, no
século XX, uma leva que reivindicava o direito à liberdade sexual e ramos que
defendem causas específicas, como a das mulheres negras.
Em relação às questões de exclusão
econômica e social, temos movimentos sociais que lutam contra a
desigualdade e contra a miséria. Um exemplo desse tipo de movimento no Brasil é
o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e o Movimento
dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que lutam pela reforma agrária e pela
garantia de moradia a todos.
Atividade
Produzir uma
análise crítica sobre a questão das minorias no Brasil e no mundo.
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