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Nossa História

Escola Estadual Rodrigues Alves


A Escola Estadual Rodrigues Alves é uma escola pública que foi fundada em 1909, dez anos antes da inauguração do prédio onde se localiza atualmente, projetado pelo arquiteto brasileiro Francisco Ramos de Azevedo, em 1909. 
A escola, que leva o nome do quinto presidente do Brasil, Rodrigues Alves, que governou de 1902 a 1906 e morreu no ano da abertura da escola, no dia 16 de janeiro, é atualmente a única instituição de ensino da rede pública da Avenida Paulista, no número 227, na capital de São Paulo, Brasil, a uma distância aproximada de 300 metros da Estação Brigadeiro, da Linha 2 do Metrô de São Paulo.
Além disso, o prédio passou a ser um patrimônio histórico a partir do processo de tombamento realizado pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico).

O prédio, de utilização institucional e propriedade do Governo do Estado de São Paulo, abriga a escola que era conhecida antigamente como Grupo Escolar da Avenida Paulista ou Grupo Escolar Rodrigues Alves, assim como eram conhecidas outras escolas no começo do século XX.

Dentro da rede estadual, a instituição abriga o maior número de estudantes transgêneros que usam nome social, sendo eles em 28 dentre o total geral. O professor Donizete Hernandes Leme é o diretor da escola.

HISTÓRIA

O primeiro nome foi Escolas Reunidas da Avenida Paulista, depois passou, então, a se chamar Grupo Escolar Rodrigues Alves e atualmente é conhecida por Escola Estadual Rodrigues Alves. Através do decreto nº 248, do dia 26 de julho de 1894, que aprovou o Regimento Interno das escolas públicas, criou-se um novo modelo de escolas, os grupos escolares.

“Artigo 81 - Nos lugares em que, em virtude de densidade da população, houver mais de uma escola no raio fixado para a obrigatoriedade, o Conselho Superior poderá fazê-las funcionar em um só prédio para esse fim construído ou adaptado.

§ 19. Tais escolas terão a denominação de Grupos Escolares com a sua respectiva designação numérica em cada localidade.
§ 29. Por deliberação do Conselho os Grupos Escolares poderão ter denominações especiais, em homenagem aos cidadãos que por ventura concorram com donativos importantes para o desenvolvimento da educação popular, principalmente no que se refere reunião das escolas.
Artigo 82 - Cada Grupo Escolar poderá comportar a lotação de 4 a 10 escolas isoladas no máximo e será regido por tantos professores quantos forem os grupos de 40 alunos e pelos adjuntos que forem necessários à diretoria
§ 19. Podem funcionar no mesmo edifício escolas do sexo masculino e do feminino, havendo completa separação de sexos.
§ 29. Nos “grupos escolares”, os alunos serão distribuídos em 4 classes para cada sexo, correspondentes ao 1, 2, 3 e 4 anos do curso preliminar".”

Móvel antigo da Escola Estadual Rodrigues Alves.
O prédio não era próprio, e ficava na esquina da Avenida Paulista com a Rua Pamplona, em um espaço alugado onde o governo era quem pagava o valor ao proprietário. Para resolver esse problema, mudou-se posteriormente para o endereço atual, esquina da Avenida Paulista com a Rua Teixeira da Silva, em 1919.
Além disso, de acordo com informações do livro do processo de tombamento histórico, o Grupo Escolar da Avenida funcionava das 08h00 ao 12h00 e de 12h30 às 16h30, educando todos os dias cerca de 200 alunos, de acordo com informações do livro do processo de tombamento histórico. Atualmente, a escola tem 2 600 alunos.

A escola é composta por dois prédios, o prédio antigo e o novo, ambos com dois pavimentos, este último com uma quadra de esportes. O prédio tombado tem pisos e escadas de madeira, portas grandes de madeiras com vidros, vitrais coloridos e alguns móveis antigos espalhados pela escola, como um piano.

Em 1932, a escola abriu as portas para proteger crianças e soldados da Revolução Constitucionalista de 1932 debaixo de seu teto.

Já em 1960, com a supervisão da AACD (Associação de Assistência à Criança Defeituosa), abriu-se quatro classes especiais destinadas à crianças com deficiência física.

Em 1983, houve um reforma na lateral da Escola Estadual Rodrigues Alves, foi construído um pequeno espaço para zeladoria, mas cuja aceitação não se deu pelo CONDEPHAAT, o qual pediu a demolição da pequena área. A justificativa foi que a construção prejudicaria, de acordo com documentos do processo de tombamento, “sensivelmente a realização de (...) obras de recuperação do citado edifício”, porém reconhecendo que se houvesse necessidade, a ampliação da zeladoria deveria seguir os caminhos da recuperação.

Entre julho de 2003 a 2005, aconteceu a restauração do prédio que foi patrocinada pelo Banco Real, atualmente pertencente ao Banco Santander, trocaram-se as janelas, instalações elétricas e hidráulicas, grades e a pintura. O investimento foi de 5 milhões de reais. Aqui, mais uma curiosidade: as tintas tiveram que ser importadas da Itália, pois não havia no Brasil cores que se aproximavam do amarelo original. Ademais, a restauração foi gerenciada pela empresa especializada em restauração FormArte, a qual inclusive realizou um projeto de recuperação da memória da escola com um programa de educação patrimonial.

ARQUITETURA


Com a vinda da família real para a colônia em 1808, inicia-se uma nova fase na arquitetura brasileira. Assim, também da Europa vieram as influências para a arquitetura do neoclassicismo em sua segunda fase, cuja notoriedade se dá no Brasil com a Missão Artística Francesa, que fundou no Rio de Janeiro a Escola de Artes e Ofícios, posteriormente conhecida como Academia Imperial de Belas Artes. Junto com a família real, a Missão Artística Francesa e o neoclassicismo, vieram artistas como Jean-Baptiste Debret, pintor, desenhista e professor francês que morou no Brasil durante quinze anos. A primeira fase é caracterizada por seguir as leis da proporcionalidade, clareza, razão, disciplina e equilíbrio.

No prédio da Escola Estadual Rodrigues Alves podemos encontrar então vestígios da arquitetura neoclássica urbana. A parede pintada com a cor amarela está dentro das características do neoclassicismo. A entrada com a porta em formato de arco pleno, a parede frontal com detalhes salientes e a presença de vidro coloridos em algumas partes do prédio também fazem parte desse arranjo neoclássico.

Mas é no ecletismo arquitetônico que o prédio encontra suas raízes. De acordo com os documentos do processo de tombamento, “foi o neoclássico popularizado como reflexo das lições dos arquitetos dos nos primeiros anos da Escola Nacional de Belas Artes (...). Foi o neoclássico tentado com a mão de obra imigrante em São Paulo antes mesmo do surgimento de obras significativas”. Ornamentação profusa, platibanda decorada, pinhas, compoteiras, janelas em arco, medalhões, rustificação perfazem a linguagem eclética em busca do neoclassicismo. Também perfazem a busca pelo antigo espírito clássico, a harmonia entre as partes justapostas, a composição arquitetônica a partir de regras, a proporcionalidade, o volume definido, a simetria, o frontão triangular com o tímpano decorado, a platibanda lisa, ornamentada ou vazada, pilastras retangulares, e a combinação entre arcos e colunas.

Por fim, como já dito, incluiu a nova concepção de espaço urbano da Europa, com áreas largas, com aberturas para aeração e ordenação de plantas. Sendo assim, as oligarquias cafeeiras, agora com suas construções e o próprio Estado construindo escolas, hospitais e afins nessa mesma lógica, a cidade de São Paulo ganhava regiões com ares de bulevares europeus.


Uma obra com traços parecidos e que também seguiu em suas construções as mesmas influências do neoclassicismo é a Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro idealizada por José Domingos Monteiro, um arquiteto português, ou então o Teatro de Santa Isabel, situado na Praça da República, em Recife, Pernambuco. O Grupo Escolar Pedro II, em Perdizes, o Grupo Escolar Marechal Deodoro, no Bom Retiro e o Grupo Escolar Marechal Floriano, na Vila Mariana, além de terem a mesma planta da Escola Estadual Rodrigues Alves, todas foram inauguradas na mesma data.

TOMBAMENTO




O edifício da Escola Estadual Rodrigues Alves foi tombado através da Resolução CONPRESP 05/91, do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo, sem mudanças nos documentos e estudos originais. 


Por meio desse processo, a municipalidade paulistana autenticou os tombamentos feitos pelo CONDEPHAAT. Sendo assim, o processo de tombamento do prédio da Escola Estadual Rodrigues Alves foi realizado CONDEPHAAT, o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico, um órgão da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, e terminou no dia 9 de junho de 1982, registrado pelo número 22106.

No documento com os registros do processo de tombamento está escrito que “qualquer intervenção em termos de modificação, reforma ou destruição, deverá ser precedida de autorização do CONDEPHAAT”. Sendo assim, qualquer modificação no prédio só pode acontecer, desde 1982 com autorização do CONDEPHAAT. Atualmente, o estado é considerado satisfatório pelo órgão.

De acordo com os documentos de tombamento, o estudo do processo envolveu necessariamente três vertentes de estudo: por ser uma escola pública, implicou nos estudos das condições econômico-sociais da política educacional que deu nascente à escola. Também procurou-se entender o edifício de acordo com os outros edifícios de outras escolas públicas construídas na mesma época. Além da relação do prédio com o espaço urbano ao redor.

Como produto disso se chegou a três pontos de estudo: o panorama geral do ensino público em São Paulo da Primeira República, o ensino elementar no Brasil e sua disseminação, desde os jesuítas à República, e os grupos escolares. Todos já pontuados acima.

Por fim, o edifício foi tombado como patrimônio histórico por apresentar relevância histórica e arquitetônica. De acordo com os documentos disponibilizados pelo CONDEPHAAT, “a importância do Grupo Escolar Rodrigues Alves na história do Estado de São Paulo é inegável. Sendo um dos poucos remanescentes da Primeira Fase da Avenida Paulista, implantando ao lado das residências de cafeicultores enriquecidos, é ainda exemplo marcante das construções escolares do início da implantação da rede oficial de ensino estadual. Nesse sentido, sua preservação mais do que plenamente justificável é necessária”.


GALERIA

Fachada da Escola Estadual Rodrigues Alves, em São Paulo (SP), Brasil.

Foto: Prof. Nilton - Ago/2020

Foto: Prof. Nilton - Nov/2019

                                           Foto: Prof. Nilton - Nov/2019                                                Foto: Prof. Nilton - Ago/2020

Entrada da Escola Estadual Rodrigues Alves, em São Paulo (SP), Brasil.


                                                                        Foto: Prof. Nilton - Ago/2020

Escada direita da Escola Estadual Rodrigues Alves, em São Paulo (SP), Brasil.

Foto: Prof. Nilton - 2019
Escada esquerda da Escola Estadual Rodrigues Alves, em São Paulo (SP), Brasil.











Corredor da Escola Estadual Rodrigues Alves, em São Paulo (SP), Brasil.

Foto: Prof. Nilton - 2019
Área externa da Escola Estadual Rodrigues Alves, em São Paulo (SP), Brasil.





Sala dos Professores da Escola Estadual Rodrigues Alves, em São Paulo (SP), Brasil.



Laboratório da Escola Estadual Rodrigues Alves, em São Paulo (SP), Brasil.




Biblioteca da Escola Estadual Rodrigues Alves, em São Paulo (SP), Brasil.



Coordenação Pedagógica da Escola Estadual Rodrigues Alves, em São Paulo (SP), Brasil.


Acesso as Salas de Aula da Escola Estadual Rodrigues Alves, em São Paulo (SP), Brasil.



                                  Foto: Prof. Nilton - 2019

Foto: Prof. Nilton - 2019

                             Foto: Prof. Nilton - 2019

                            Foto: Prof. Nilton - 2019
Foto: Prof. Nilton - 2019
Salas de Aula da Escola Estadual Rodrigues Alves, em São Paulo (SP), Brasil.

Foto: Prof. Nilton - 2019

                          Foto: Prof. Nilton - 2019

Teatro da Escola Estadual Rodrigues Alves, em São Paulo (SP), Brasil.



Estação do Metro Brigadeiro, acesso a Escola Estadual Rodrigues Alves, em São Paulo (SP), Brasil.


                      Foto: Prof. Nilton - Ago/2020                           Foto: Prof. Nilton - Ago/2020





Fonte: Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

<https://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_Estadual_Rodrigues_Alves#Hist%C3%B3ria>

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